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"As lágrimas que vêm depois do Batismo são maiores do que o próprio Batismo, embora possa ser precipitado dizê-lo. O batismo lava os males que antes estavam dentro de nós, enquanto os pecados cometidos após o batismo são lavados pelas lágrimas. O Batismo recebido por nós quando crianças, todos nós profanamos, mas nós o limpamos novamente com nossas lágrimas." + São João Clímaco, A Escada Divina, Degrau VII.

Uma vez que o ser é encontrado em todas as coisas como comum a todos para além das condições peculiares de cada, devemos indicar causas individuais para condições e qualidades individuais, mas uma causa comum a todos para o Ser, que é o único comum a todos. A causa comum a todas coisas é Deus propriamente. Deus, portanto, é realmente a causa do ser, mas outras causas fora de Deus contam para uma coisa ser isto ou aquilo e ter tal ou tal qualidade. Por isso você tem de Deus unicamente que você é, do homem que você é homem, e do fogo que você é aquecido. - Marsílio Ficino

"O respeito por todas as religiões, por mais falsas e perversas que sejam, não passa da negação orgulhosa do respeito devido à Verdade. Para amar sinceramente o verdadeiro e o bem, é necessário não ter nenhuma simpatia pelo erro e pelo mal. Para amar verdadeiramente o pecador e contribuir para a sua salvação, é preciso detestar o mal que há nele." - Pe. Garrigou Lagrange

"Um movimento natural destinado para algum fim é destinado para esse fim e não para outro, por nenhum outro motivo senão por alguma disposição de sua natureza através da qual se concorda com tal fim e não com outro, e por causa desse acordo o ama e, por causa disso, também pode atingir o que ama. Por exemplo, o ar, concordando em leveza com a concavidade do fogo (ou seja, com a parte externa da esfera do fogo), se esforça através da leveza e é movido em direção a essa concavidade. Pela leveza, mais uma vez, pode atingir essa concavidade e descansar nela após alcançá-la. Portanto, o desejo humano voltado para Deus pode algum dia ser suprido. Por que quem o implantou em nossas almas senão o mesmo Deus a quem procuramos? Como Ele é o único autor das espécies, Ele implanta seus apetites peculiares nas espécies. Porque todo apetite natural é derivado da causa primeira das coisas a partir da primeira coisa boa e desejável." - Marsílio Ficino, Teologia Platônica, livro XIV

Caravaggio, João Batista (João no Deserto), por volta de 1604.

Nem mesmo as abelhas são iconoclastas. “A abelha é mais honrada do que outros animais não porque ela trabalha, mas porque ela trabalha para os outros.” - São João Crisóstomo

O homem precisa da oração para se manter espiritualmente saudável. Mas a oração só pode surgir de uma Fé viva. Por outro lado, e isso completa o círculo, a Fé só pode permanecer viva quando nutrida pela oração. Portanto, a oração não é apenas uma atividade que alguém pode praticar ou abandonar sem que a Fé seja afetada. É a expressão mais fundamental da Fé, ou seja, comunhão com Deus, em quem nossa Fé está centrada. Pode haver momentos em que a oração vacila, mas, a longo prazo, a fé sem oração é impossível - assim como a vida é impossível sem a respiração. - Romano Guardini, a oração na prática, p. 7

Albrecht Dürer, Os Quatro Apóstolos, 1526.

Quando Cristo é representado num ícone, é como se ele estivesse sendo descrito nas Escrituras, e nossa audição nunca se satisfaz com o som dele; nossos olhos nunca podem se fartar de vê-lo, porque estamos ouvindo e vendo Deus que se fez homem; o eterno que apareceu na terra como uma criança; aquele que sustenta o universo bebendo leite de sua mãe; aquele que não pode ser contido sendo contido em seus braços; aquele que está além da divindade e ainda se tornou homem; a Profundidade da Sabedoria imersa na água do batismo, fazendo as coisas que são próprias tanto de Deus quanto do homem, embora esteja além de toda essência e ser; o Senhor da glória pregado na cruz; a vida do mundo sepultada e ressuscitada; ele que o universo não pode conter assumido para o céu como homem. - São Teodoro, o Estudita

A magnanimidade normalmente é conhecida pelos nomes "grandeza de alma" e "nobreza de caráter". O magnânimo é um espírito seleto, refinado, superior. Não é invejoso ou rival de ninguém, nem se sente humilhado pelo bem dos outros. É calmo, tranquilo, não se entrega a muitos negócios e assuntos ao mesmo tempo, mas a poucos, porém grandes e esplêndidos. É verdadeiro, sincero, amigo fiel e fala pouco. Nunca mente, sempre diz o que sente, sem preocupar-se com a opinião dos outros. Não é excessivamente admirador de homens, coisas ou acontecimentos. Admira somente a virtude, a nobreza, a grandiosidade, o sublime, e nada mais. Não se lembra das injúrias recebidas: esquece-as facilmente. Não se alegra muito com os aplausos, nem se entristece com o vitupério. Não se queixa das coisas que lhe faltam, nem as pede a ninguém. Cultiva a arte e a ciência, mas sobretudo as virtudes. — Pe. Antonio Royo Marín O.P., Teología de la Perfección Cristiana, p.III, Lib. II, cap. 2, art. 6., 4.I (435).