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Raphael Machado

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01
O Mundo Vota pelo Reconhecimento da Palestina - Mas Por Que o Mundo é Impotente para Parar Israel? Hoje a Assembleia Geral da ONU votou majoritariamente pelo reconhecimento da Palestina como Estado soberano, o que, porém, ainda não representa o alcance do objetivo de reparação do erro histórico da ausência desse Estado entre o rol das nações. É que a decisão final cabe ao Conselho de Segurança da ONU, que conta com os EUA entre seus membros; país que, há décadas, tem se comportado como "golem" do sionismo nas relações internacionais. A Palestina, que até então era apenas "observador da ONU", recebe agora alguns direitos adicionais, estando impossibilitada apenas de votar na Assembleia Geral e de indicar membro para os assentos temporários do Conselho de Segurança. A votação, naturalmente, é uma "censura" pela invasão de Rafah, região de Gaza que acumula mais de 1 milhão de civis palestinos, espremidos e com poucos suprimentos. A invasão tem como finalidade avançar com a limpeza étnica de Gaza, tornando a existência ali insuportável para que os palestinos deixem suas terras ancestrais para ir para o Egito, para a Europa e outras partes do mundo (o que, por sua vez, causará desestabilização em vários países). Do alto de sua arrogância o representante do "povo eleito" na ONU reagiu de maneira histérica, desesperada e desequilibrada, como uma criança mimada sendo contrariada, chegando ao ponto de triturar a Carta das Nações Unidas - um ato que não faz senão demonstrar de maneira "gráfica" o desprezo que Israel tem pelo Direito Internacional. É impossível entender Israel e a mentalidade de sua elite sem absorver que, na opinião deles, há leis para os "goyim" (nós, o gado) e leis especiais e excepcionais para eles, os "eleitos" (na verdade, pela Cabala [especialmente em suas versões antinômicas], propriamente "portadores" de Deus). É por isso que, para eles, é inaceitável que se queira submeter as suas ações ao mesmo crivo ao qual as ações de outras nações são submetidas. Não obstante, apesar de votações, críticas e condenações, além de algumas rupturas comerciais e diplomáticas, a maior parte do mundo observa imóvel a limpeza étnica em questão. Naturalmente, a atitude é particularmente vergonhosa em se tratando dos países árabes vizinhos, os quais, excetuando o Hezbollah libanês e outras milícias árabes associadas, nada fazem contra Israel (ou até colaboram com ele, como a Jordânia). Da parte dos países árabes isso se dá porque as suas elites são traiçoeiras, apaixonadas pelo ouro ocidental, postas no poder pelo Reino Unido. Algumas dessas elites (não raro maçônicas), inclusive, transformam os seus palácios presidenciais (ou reais) em prostíbulos, enquanto propaganda o salafismo mais fundamentalista para a plebe. Mas há também um motivo que não pode ser esquecido. Como já apontado por alguns analistas, lidar com Israel é difícil por ser um país afetado por um caso extremamente desconcertante de psicopatia coletiva. Essa psicopatia coletiva, associada a um profundo narcisismo, não só facilita o genocídio mas está, também, por trás da Opção Sansão. A Opção Sansão, ainda não suficientemente divulgada, é o projeto israelense de tentar iniciar um holocausto nuclear caso, atacando inclusive alvos europeus, em caso de grande derrota militar, independentemente de qual seja o exército inimigo.
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02
https://youtu.be/FU6UwIVbwjQ?si=KOD93lPUTeNWVWfh Por que partes de países se separam para constituir outros países? Será que isso pode acontecer com o Brasil? E se acontecesse, seria para o benefício de quem?
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03
Ontem alguns zumbis atlantistas comentavam que "não havia tanques na Parada da Vitória", rindo e se achando muito espertos, por sua "sugestão" de que a Rússia não tinha tanques porque a Ucrânia teria destruído 6 milhões de blindados já. Bem, hoje sabemos o porquê de haver poucos tanques em Moscou. Eles estão entrando em Kharkov. Há algumas horas a Rússia deu os primeiros passos de uma operação em Kharkov (e que talvez envolva também Sumy) saindo diretamente do território russo de Belgorod. Depois de horas de preparação pela artilharia russa, as unidades de reconhecimento russas já avançaram sobre Kudiyevka, Goptovka, Strelechye, Krasnoye, Borisovka e Gatishche e a Ucrânia já evacuava outras cidades próximas. As forças principais, em número de 50 mil, ainda estão dentro do território russo, e provavelmente só entram em ação após o estabelecimento de uma faixa de amortecimento pelos russos. Em primeiro lugar, essa operação tem como finalidade principal aumentar a "gordura" de proteção das fronteiras russas, dando maior grau de proteção aos civis russos de Belgorod e de outras cidades fronteiriças. Mas essa operação também reforça todas as análises prévias que fizemos ao longo dos últimos anos: que a Rússia não pretende abrir mão de Kharkov em circunstância alguma e que muito provavelmente os russos pretendem avançar, no mínimo, sobre toda a margem direita do Rio Dnepr antes de até mesmo levar a sério quaisquer negociações de paz.
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04
Se pela via esquerda tem-se usado narrativas como "racismo climático", "a culpa é do agro" e "falta demarcação de terras indígenas" para desviar e confundir a busca pelas causas da tragédia gaúcha, pela via direita se parece ter selecionado o "HAARP" e o "sacrifício satânico". Em certo sentido, todos esses tipos de narrativa, e não só os da "direita", operam por uma espécie de "pensamento mágico", supersticioso, em que não se sabe bem como explicar de forma metódica, consistente e demonstrável o evento a partir das supostas explicações, mas espera-se que o público acredite nelas porque essas explicações ou atendem aos requisitos do moralismo contemporâneo, que vive de admoestações, expiações e sinalizações de virtude, ou simplesmente às várias formas da esquizofrenia pós-moderna crescentemente comum. Os dois caminhos explicativos não servem senão para que os liberais, de esquerda ou de direita, possam encobrir a realidade mais simples e óbvia da falta de investimentos públicos em obras de engenharia hidráulica em um lugar particularmente sensível a enchentes. Essas explicações "mágicas", vejam, não demandam nenhum tipo de investimento específico do Estado brasileiro, nenhuma ação concreta de manipular o espaço em nosso benefício de maneira planejada e sensata. Elas demandam, em alguns casos, "transformações morais", em outros "leis" presenteando uns e outros grupos com bens ou benefícios, em ainda outros elas nos pedem que façamos absolutamente "nada" porque "não há alternativas" e "está tudo dominado". São, portanto, as armadilhas convenientes de uma era apaixonada pelo niilismo e pela sofística, carente do vigor necessário para encarar problemas reais e solucioná-los com objetividade.
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05
https://youtu.be/l0P6s2hpSoQ?si=MVwo8xSNBneeCTr4 Por que o Brasil é parte de uma civilização continental ibero-americana, e não de uma civilização "ocidental", "brasileira" ou "lusófona".
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06
Os números oficiais das enchentes no Rio Grande do Sul falam em 107 mortos, mas esses números são integralmente enganosos. As águas não baixaram, a lama ainda cobre milhares de residências no estado todo, há pelo menos dois municípios integralmente soterrados, mais de 400 cidades foram afetadas, de modo que os números reais, inevitavelmente, alcançarão patamar bem maior. As pessoas de fora do estado ainda não tomaram consciência da proporção do evento, e tem até gente achando que o "governo federal já está ajudando demais" ou que "os gaúchos estão exagerando". Aliás, o fato de que toda a mídia estadual se concentra em Porto Alegre contribui para essa noção de que "foi só em POA" ou que "o pior foi em POA", quando o pior cenário se deu muito longe da capital. Esse é um tipo de trabalho, aliás, que levará um longo tempo para ser feito. Ainda estaremos contabilizando mortos e desaparecidos por semanas, talvez meses. Mas é fácil compreender o motivo pelo qual os números reais de mortos são mantidos baixos e não se fala em estimativas. Politicamente não faz boa figura falar em centenas ou mesmo milhares de mortes. Para todas as instâncias do poder no Brasil, é melhor trabalhar com o menor número possível e, se possível, atribuir o evento a todas as causas imagináveis, do "racismo ambiental" ao "HAARP", passando por "falta de demarcação de terras indígenas" e "aquecimento global", além de "falta de dinheiro". Menos à decisão consciente, tomada por todos os governos, de todas as instâncias, dos últimos anos, de não investir, não fazer obras, porque investimento público é anátema.
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07
https://www.youtube.com/watch?v=6VDcXFvYFTc Estive há alguns dias na TV argentina, no Canal Extra, para comentar sobre a questão demográfica brasileira. Apareço entre os minutos 5:00 e 13:50. Recomendo o programa como um todo também.
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08
Ao todo, calcula-se que fariseus e zelotas assassinaram aproximadamente 1 milhão de cidadãos do Império, de todas as etnias e religiões (menos a sua). O Sinédrio, porém, incluiu os líderes dessa campanha de extermínio em massa em sua lista de mártires.
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09
Quando os antigos hebreus tentaram cometer genocídio contra romanos, gregos, egípcios, líbios e assírios, fossem pagãos ou cristãos, do Norte da África até a Mesopotâmia A humilhação dos hebreus por Tito, durante a primeira Guerra Romano-Judaica é bastante conhecida - culminando no Saque de Jerusalém, a guerra justa travada pelos romanos deu-se por causa das instabilidades provocadas pela seita terrorista dos zelotes, que incapaz de entender ou aceitar a mensagem cristã de um Reino dos Céus transcendentes, ou pelo menos o quietismo de espera resignada dos saduceus, iniciaram uma rebelião atroz. Liderados por criminosos como João de Giscala e Bar Giora, bandos de zelotes invadiam aldeias para saquear, matar e estuprar mulheres gentias; comerciantes e servidores públicos eram atacados nas estradas e, de um modo geral, a província foi lançada no caos até a pacificação romana, que culmina no Saque de Jerusalém e no dramalhão ridículo de Massada, em que os terroristas sicários (uma seita ainda mais radical que os zelotes) assassinaram as próprias famílias e a si mesmos por medo aos romanos. Também é suficientemente conhecida a terceira Guerra Romano-Judaica, em que Simão Bar Kochba afirmou-se o Messias e liderou uma rebelião para coroar-se Rei de Israel, sendo, porém, subjugado e humilhado pelo Imperador Adriano. Menos conhecida é a segunda Guerra Romano-Judaica, também conhecida como "Guerra de Kitos", que se deu mais no Norte da África e nas ilhas mediterrâneas do que na Palestina propriamente dita, mas se estendeu até a província em questão e a Mesopotâmia. Essa guerra teve como "núcleo" as diásporas hebreias, anteriores inclusive ao Saque de Jerusalém. Em lugares como Alexandria e Cirenaica, os hebreus tinham isenção de impostos, imunidade nos tribunais (eles respondiam perante tribunais próprios) e uma série de outros privilégios. Não obstante, o Saque de Jerusalém havia levado a um ressentimento que foi sustentado em segredo por décadas, até que Imperador Trajano conduziu uma campanha militar contra a Pártia, no extremo leste do Império. Enquanto Trajano conduzia a sua campanha, fariseus e zelotes iniciaram rebeliões em várias colônias hebreias em províncias imperiais, começando pela Cirenaica e se espalhando daí para a Líbia, Egito, Chipre, Mesopotâmia e Palestina. Essas revoltas eram insufladas ainda por um sentimento apocalíptico, messiânico e escatológico que encontrava expressão em produções textuais da época, como o Apocalipse de Baruque e o 4º Livro de Esdras, obras que falam sobre a iminência da vinda do Messias e da destruição de Roma. As revoltas usualmente iniciavam pelo assassinato das pequenas guarnições romanas locais (as guarnições eram pequenas por se tratarem, em geral, de províncias seguras do Império). O renomado historiador Dião Cássio relata que na Cirenaica os fariseus e zelotes liderados por um Lukuas, que se dizia "Rei da Judeia", cozinhavam a carne dos gentios capturados, faziam cintos de suas entranhas, besuntavam-se com seu sangue e usavam suas peles como roupas. Apenas nessa província eles teriam assassinado 220 mil homens, mulheres e crianças, praticamente todos eles civis, além de destruírem templos, banhos públicos, monumentos, bibliotecas, etc. Depois, no Egito, para onde Lukuas liderou os terroristas, cometeram as mesmas atrocidades contra os civis locais, bem como contra os prédios públicos, destruindo, por exemplo, o Mausoléu de Pompeu, ateando fogo a Alexandria. No Chipre, fariseus e zelotes liderados por Artêmio devastariam a ilha, assassinando 240 mil cidadãos. Os terroristas tentaram também rebeliões na Mesopotâmia, durante a campanha de Trajano, mas foram rapidamente suprimidos pelo próprio Trajano e pelo general Lúcio Quieto, um comandante de origem berbere, que é então enviado para suprimir os outros focos de rebelião. Quieto persegue os terroristas de volta até a Palestina, onde eles se refugiam em Lida, são derrotados e executados após um breve cerco.
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https://www.youtube.com/watch?v=VjFqG5OKXZc No âmbito "chapéu de alumínio" da internet atribui-se as enchentes gaúchas ao uso do "HAARP" pelos EUA contra o Brasil. Isso faz sentido? Seria possível? Em um sentido mais amplo, existem tecnologias de manipulação climática?
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Hoje os brasileiros comemoram o Dia da Vitória, que marca a conclusão da gesta heroica dos soldados brasileiros na Segunda Guerra Mundial. 25 mil brasileiros, de todas as regiões, raças, etnias e religiões, saíram dos seus lares, atravessando o oceano, para triunfar sobre italianos e alemães em uma das mais sangrentas e aguerridas campanhas do conflito, a conquista da Itália - onde a geografia acidentada tornava cada avanço extremamente custoso. Os brasileiros não estavam tão bem equipados quanto as outras tropas aliadas para as ações na Europa, bem como careciam de experiência suficiente para se bater contra as posições bem fortificadas dos italianos e alemães (inclusive das SS). Não obstante, o brasileiro demonstrou na prática a sua extrema adaptabilidade e versatilidade, tanto às condições adversas gerais, quanto ao clima e à falta de equipamentos e suprimentos suficientes. E demonstrações de coragem abundam, como a história do sargento Max Wolff, e a dos "3 bravos" enterrados pelos alemães. Neste, esforço, o Brasil perdeu 454 soldados e 5 pilotos, que deitaram as suas vidas para lavar a honra brasileira, ofendida pelo afundamento de diversos navios mercantes pátrios em nossa costa pelas forças do Eixo, os quais causaram centenas de mortes civis. Nisso, o Brasil se destacou com galhardia, não só pela conquista de Monte Castelo, como pela captura da integralidade da 148ª Divisão de Infantaria da Wehrmacht, bem como dos remanescentes 90ª Divisão Panzergranadier, da 29ª Waffen-SS Grenadier e da 1ª Divisão "Italia" do ENR, pelos militares da FEB. Para elevar ainda mais o orgulho brasileiro, a FEB jamais foi acusada de quaisquer crimes de guerra durante a sua campanha, jamais manchando as mãos com sangue inocente, tampouco com sangue de prisioneiros rendidos, sempre dividindo as suas rações com os civis das áreas ocupadas. Mantenhamos viva em nossa história a memória dos nossos heróis.
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https://www.youtube.com/watch?v=NKCUJMMBj_8 Em alguns minutos estarei no Geoforça para comentar sobre a questão das enchentes no Rio Grande do Sul, a Rússia, e muito mais.
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A Fronteira Brasil-Uruguai e o Pedido de Revisão de Montevidéu As fronteiras brasileiras são o maior legado dos bandeirantes, que cruzaram as Tordesilhas para chegar quase até o Pacífico, percorrendo do Amazonas ao Prata. Mas os detalhes dessas fronteiras, ou seja, a sua fixação e pacificação foram uma obra histórica que levou muito mais tempo, estendendo-se até o século XX, e que dependeu de generais e diplomatas. A nossa fronteira meridional, especificamente, foi desenhada com muito esforço militar e diplomático, e no século XIX era considerada a nossa fronteira prioritária por ser mais imediatamente "acessível", especialmente à luz da Argentina que, entre os países sul-americanos, se destacava. Era assim já desde o período colonial das Américas, com escaramuças e atravessamentos de fronteiras constantes entre hispano-platinos e luso-brasileiros, que perduraram de 1680 a 1825, intermitentemente. A existência do Uruguai deve-se precisamente a um esforço brasileiro para garantir a estabilidade e a segurança das fronteiras brasileiras. Quem reclama da independência do Uruguai simplesmente não entende que um Estado-tampão tranquilizava ambas potências regionais em relação às pretensões de ambos países, e equilibrava a Bacia do Prata, com todos os países podendo navegar livremente. É claro que a independência do Uruguai, por um lado, favoreceu a balcanização continental - mas, simultaneamente, permitiu a todos os países envolvidos poupar dinheiro, homens e armas em uma guerra fratricida e que, à época, se encontrava em um impasse. A inteligência dessa decisão é demonstrada pelo fato de que após o nascimento do Uruguai houve poucos atritos territoriais. Garantida a independência do Uruguai, as décadas seguintes viram os esforços diplomáticos pela estabilização das fronteiras - tarefa difícil porque a fronteira com o Uruguai é "aberta", ela não é caracterizada por muitos acidentes naturais, possuindo um caráter de "invisibilidade" que força os Estados a estabelecer marcos visíveis para evitar o contrabando, fuga de presos, etc. O Brasil tomou, por exemplo, a iniciativa da concessão de condomínio sobre a Lagoa Mirim e o Rio Jaguarão, anteriormente totalmente brasileiras - uma concessão que seguia certos entendimentos consensuais da nascente ciência geopolítica, no que concerne a administração de fronteiras. De resto, de um modo geral, as fronteiras foram sendo fixadas com base no uti possidetis, ou seja, quem está ali já há um tempo, e faz uso efetivo do território, é dono. Desde então, poucas pendências restaram. O que os uruguaios gostariam de revisar são a Ilha Brasileira, na foz do Rio Quarai, e a zona de Tomáz Albornoz, perto de Santana do Livramento. Essas são questões e áreas minúsculas, porém, e já pacificadas pelo Tratado de 1851. Na prática, não há bem o que discutir nele exceto por minúsculas controvérsias que não merecem tanto a atenção e que nem deveriam estar sendo levantadas. Veja-se, por exemplo, que a estância Tomáz Albornoz era dada como questão pacificada de 1851 até 1934, de modo que quando da Batalha de Masoller (em uma das muitas "guerras civis uruguaias"), o Caudilho Aparicio Saravia, ferido, refugiou-se exatamente ali e ali morreu, precisando ser "transportado de volta para o Uruguai". No caso específico da Ilha Brasileira e seus arredores, a única pendência concreta é que o ponto cartográfico exato da "tríplice fronteira" não ficou bem definido e ficou por resolver. De resto, apesar do Uruguai estar equivocado nesses pedidos de revisão, essas questões são questões menores, solucionáveis de maneira diplomática e tranquila, e fazem parte dos processos de integração dos países sul-americanos em um grande polo civilizacional ibero-americano, em que o Brasil será núcleo fundamental.
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https://youtu.be/td9wTgq3n3g?si=a6OIZLztx6StuAm_ Recentemente a Madonna esteve no Rio de Janeiro para um show, e os seus defensores responderam aos críticos do show que "a finalidade da arte é transgredir". Será que isso faz sentido? Será que essa definição, aliás, pode ser aplicada à arte da Madonna?
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Os anos passam e o militante político brasileiro continua prisioneiro dos mesmos fantasmas. Ele tem, por exemplo, muita dificuldade de lidar com as "pautas morais". No caso dos socialistas, trabalhistas e dos nacionalistas social-democratas, sustenta-se tão somente dois modos intelectuais: "progressismo liberal" ou "indiferença liberal". Ou ele defende fanaticamente cada tendência dissolvente promovida pela Banca e pelas grandes corporações transnacionais, ou ele finge que as "pautas morais não importam". A outra posição, a de que "as pautas morais importam, e elas devem ser abordadas de uma perspectiva nacional-popular" só existe timidamente, com exceções como a da Nova Resistência; em parte porque tornou-se difícil e perigoso navegar essas águas, já que a Juristocracia envolveu o wokismo em um manto de proteção criminal - mas também porque muitos têm pavor de desagradar parte do público, de afastar progressista, etc. Ora, a noção de que as "pautas morais não importam" é insustentável. Primeiro, porque se a proposição é a de que elas "não enchem barriga", a suposição na qual isso se apoia, de que os homens não passam de "barrigas", reduz o nosso povo ao status de lampreias, de ácaros, de moscas, de vermes. Se o povo brasileiro é um povo que tem como única coisa importante encher o "bucho" então ele não é digno de existir, porque não seria melhor que um povo de animais da mais baixa espécie. Se o pressuposto, porém, for de que a "pauta econômica", exaltada nas alturas por esses materialistas, não se relaciona com a "pauta moral", trata-se de algo ainda mais falacioso. A existência social humana é uma totalidade. Não existem "segmentos" existenciais isolados. Política, cultura, economia, moralidade, geopolítica, tudo isso está disposto de maneira sobreposta e cruzada, com temas implicando uns aos outros. No específico, ora, é evidente, de uma perspectiva economicista, que a desintegração da família tradicional, por exemplo, serve como mecanismo de um isolamento social que favorece a financeirização da existência (mais pessoas pagando aluguéis, comprando eletrodomésticos e pagando por serviços). É evidente, por exemplo, que a relativização do sexo/gênero favorece uma medicalização total da existência, com a nossa identidade passando a depender de hormônios e cirurgias oferecidas pela Big Pharma. Poderíamos continuar infinitamente. Tal como na contramão, de uma perspectiva moral, também é evidente que o capitalismo, ao se fundar no individualismo, dissolve o tecido social e sabota o papel do Estado como dador de um padrão ético que organiza e consolida a comunidade nacional. Os bancos não financiam todas as pautas progressistas por desejo de lucrar no curto prazo com algo que estaria "na moda". Primeiro porque essas pautas não estão na moda, em segundo lugar porque muitas empresas que embarcam nesse caminho tomam prejuízos - e, ainda assim, não desistem; não mudam de posição. Os bancos sabem que estão engajados em algo muito mais profundo do que o balanço comercial, trata-se aí de moldar o horizonte do futuro, moldar a "forma" que o homem e a sociedade assumirão no futuro. E isso vale mais do que números no balanço do próximo exercício. Os materialistas e economicistas, por exemplo, olham embasbacados, boquiabertos, para Israel sem entender absolutamente nada, porque eles achavam que os "prejuízos econômicos" levariam ao fim da guerra. Tal como muitos ainda acham que "boicotes" e "protestos" "mexerão no bolso" o que terá "muito impacto". Eles não entendem que os bilionários que estão vinculados ao sionismo estão dispostos a queimar todos os seus bens em uma luta que, para eles, vai muito além de interesses econômico-financeiros. Enquanto se continuar a sustentar essa posição, exclusivamente os nacionalistas conservadores terão potencial revolucionário em nosso país. Desde que, é claro, esses nacionalistas conservadores deem o passo seguinte, que é o de compreender o papel do liberalismo, enquanto metapolítica, e do capitalismo, enquanto modo de produção, na promoção da decadência.
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O "indiferentismo liberal", mais especificamente comum entre os nacionalistas, uma espécie de posição "laissez-faire" em questões morais, não é senão a defesa da timidez. Essas pessoas se recusam a disputar um campo de batalha, abandonando-o para o Grande Capital que, então, controlará completamente esse campo de batalha moral, a partir de onde ele poderá influenciar todas as outras esferas existenciais, pendendo a balança em favor do liberalismo também na economia e da geopolítica. Como as esferas existenciais não estão isoladas, uma população "progressista" terá maior propensão a pensar a economia em termos de "escolha individual", de "consumo", de "felicidade", bem como estará mais propensa a comprar narrativas geopolíticas fundadas na ideia de "direitos humanos", "democracias vs. ditaduras", etc. O que fazer, então? Se os conservadores devem se tornar antiliberais e anticapitalistas, no mesmo sentido cabe aos socialistas, aos trabalhistas e a essas quimeras do "nacionalismo social-democrata" buscar o re-enraizamento nos valores tradicionais católico-populares do nosso país, inclusive compreendendo-os em seu papel de muralhas contra a dominação total do Capital financeiro, ao resguardarem esferas de valor, de conduta, de convivência, imbuídos de princípios que valem por si mesmos e estão fechados para a lógica do consumo. Ou, bem, vocês podem continuar aí, na mesma maré decadentista, míope, economicista que se vê por aí, que já se provou um beco-sem-saída, contribuindo, portanto, para a dissolução do Brasil enquanto país e Estado.
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https://www.youtube.com/watch?v=WxbXHZ2tnGc Estarei em breve aqui para uma pequena participação especial no GeoForça, para tratar da questão do Rio Grande do Sul.
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Uma das vantagens da região sul sempre que se dá alguma tragédia coletiva em larga escala é que trata-se de uma parte do mundo com um forte espírito comunitário. Sendo uma área de baixa desigualdade, colonizada por famílias que ocuparam terras [de tamanhos mais ou menos iguais] em conjunto, fixando-se nelas e logo se organizaram em cooperativas e sindicatos, é uma população que não tarda em se organizar autonomamente para resolver problemas locais quando necessário. É um tipo de realidade que ainda se choca com o solipsismo típico das grandes cidades, em que indivíduos isolados moram em cubículos e nem conhecem os vizinhos, apesar de nem mesmo o Rio Grande do Sul ter conseguido ficar imune em relação ao Zeitgeist. Ao contrário das narrativas liberais, isso não se dá em "oposição" ao Estado - até porque isso seria impossível, já que o Estado não é senão a estrutura comunitária em um nível mais elevado, formal e universal - mas em complementação ao Estado. Há coisas que só o Estado pode fazer e garantir, mas os Estados da maioria dos povos passam por eras cíclicas de força e fraqueza, de modo que quando o Estado se enfraquece, entra em crise ou colapsa, comunidades sólidas, dotadas de um espírito comum, com tecido social forte, conseguem resistir. E, não raro, dessas comunidades emergem lideranças que refundam ou renovam o Estado. Aliás, no Brasil, historicamente, quase sempre foi do Rio Grande do Sul que saíram lideranças que, em eras de crise, tomaram de assalto o Estado (ou tentaram fazê-lo), para erguer regimes fundados na ordem, na hierarquia e em uma ideia de bem comum.
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Algumas pessoas e livrarias pequenas adquirem livros da Editora Ars Regia para revenda. E um desses revendedores me disse que colocaria os livros da editora na Amazon. Naturalmente, eu comentei que a maioria dos livros poderia ser colocada ali sem problema, mas não os do Dugin. É que os livros do filósofo russo Alexander Dugin estão banidos na Amazon e, de um modo geral, nos EUA (ainda que não "oficialmente"). O revendedor quis tentar mesmo assim ou talvez tenha considerado que isso não se aplicaria ao Brasil. Pois bem, não conseguiu incluir os livros do Dugin da Ars Regia no sistema da Amazon. Inconformado, ele buscou o auxílio técnico e conseguiu contato com um funcionário. Não colocarei os prints em respeito às privacidades dos envolvidos, mas o funcionário comentou, de fato, que por causa das sanções que os EUA teriam aplicado contra o russo, a Amazon não venderia os seus livros. Como bônus, apesar de até haver livros do autor na Amazon, o funcionário comentou também que o revendedor poderia se deparar com dificuldades para subir o livro do Diego Fusaro, porque ele teria "pensamentos divergentes" na política e na filosofia. Bem, o que é mais notável aí, em primeiro lugar, é que um brasileiro não pode comprar um livro vendido por um revendedor brasileiro por causa de uma política implementada por uma megaempresa estrangeira à luz de sanções impostas por um outro país. Isso refuta a ideia de que as empresas privadas não "censuram". É óbvio que elas censuram. E se uma empresa de mídia ou uma livraria cresce a ponto de se tornar uma corporação transnacional, ela consegue controlar os fluxos de informação em escala mundial, cancelando e silenciando qualquer autor que seja visto como "inconveniente".
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https://www.youtube.com/watch?v=NApl9egkxhU As enchentes gaúchas apontam para a necessidade de grandes obras de engenharia e investimentos públicos. Então por que as nossas autoridades estão usando essa crise para falar sobre "demarcação de terras indígenas" e "crise climática"?
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O mito do "a origem da palavra brasileiro é de uma profissão" é daqueles factoides, daquelas "fofocas históricas", espalhadas em vídeos do YouTube e TikTok, matérias da VEJA, memes de TikTok, artigos acadêmicos e postagens de redes sociais, como um lugar comum que "todos sabem", mas que simplesmente não se apoia em lugar algum. Pegam isso do filólogo Silveira Bueno, o qual, nisso, estava oferecendo uma teoria que ele nunca conseguiu sustentar com fontes primárias, e cuja cronologia é desmentida pelos fatos. A obra de Gregório de Matos, por exemplo, do século XVII, já usava o termo "brasileiro" com um sentido que nada tinha a ver com qualquer profissão. Essa narrativa, aliás, se vincula a um projeto ideológico cuja finalidade é desconstruir a ideia do Brasil como qualquer coisa além de um "empreendimento empresarial" - e se vincula também ao mito de que o nome do nosso país vem do pau-brasil, uma narrativa cada vez menos sustentável, até porque a árvore já era conhecida na Europa por outros nomes e não há nem mesmo consenso sobre como e quando ela passou a se chamar pau-brasil. Como os documentos são escassos e em poucos anos o nome do lugar já era "Brasil", por já ser esse o nome popularizado entre navegadores e colonos, trata-se no mínimo de um caso de "o que veio primeiro, o ovo ou a galinha". Ademais, já demonstramos aqui que o nome do nosso país deve mais ao imaginário popular mítico-folclórico celtibérico dos portugueses do que qualquer outra coisa. A tese do "brasileiro é profissão, não gentílico", portanto, tem muito pouco de historiográfica e tem bastante de ideológica. E é espantoso que as pessoas não percebam isso.
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Estive no último dia 29 na TV iraniana, especificamente na Ofogh TV, para participar do programa "Rumo ao Horizonte da Palestina" como analista geopolítico, comentando algumas questões recentes sobre Gaza, Israel e os EUA.
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A Constituição Brasileira hoje prevê pena de morte apenas em crimes de traição durante estado de guerra. Pois bem, penso que é um erro não haver a previsão legal de pena de morte para a prática de crimes de furto e roubo durante estado de calamidade. Quem se comporta como predador diante do sofrimento e da fragilidade alheias, como sabemos que está acontecendo em alguns lugares do Rio Grande do Sul, não passa de hiena em forma humana.
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Ao contrário do que diz a direita liberal, não foi fundamentalmente o Estado por trás do show da Madonna, tampouco o seu principal financiador. Foram o Banco Itaú e a Heineken os principais financiadores. Ou seja, grandes corporações multinacionais, uma delas sendo parte do cartel bancário internacional. Mesmo que o Estado tivesse dado zero reais, ainda assim o show ocorreria. Lá onde o Estado não interfere ainda assim estará o Grande Capital para promover os seus interesses, os quais no âmbito cultural apontam para a dissolução das formas e a liberalização dos costumes. O Estado, nesse caso, participa, porque ele não é movido por qualquer Ideia superior e é pensado apenas como balcão de negócios; como sendo um espaço de função contratual, cujo fim é investir para atrair retorno econômico-financeiro. E isso se dá porque o Estado é conduzido por liberais e segundo uma mentalidade liberal, como se fosse uma empresa - há anos é assim.
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A função da arte não é "transgredir", como algumas pessoas estão repetindo por aí para defender todo tipo de porcaria. "Arte como transgressão", como "quebrar tabu", é a perspectiva artística decadente de uma lumpemburguesia cosmopolita entediada na era do espetáculo. É um tipo de perspectiva que se alinha perfeitamente com a comodificação de luxo das obras de arte por colecionadores e "marchands", que para inflar o seu valor se apoiam na "ruptura", seja pela "novidade", seja pelo "quebrar o tabu" - de modo que a arte é rebaixada, assim, aos mesmos critérios da indústria da moda moderna. Com isso, aqui, não pretendo bater o martelo sobre qual é a função da arte, porque mesmo entre bons filósofos há uma pluralidade de perspectivas razoáveis e profundas sobre o tema, que vão da arte como símbolo do transcendente, até a arte como mera representação do sensível, passando pela arte como contemplação estética do Bem e pela arte como veículo para manifestação do sublime, bem como pela arte como representação das formas universais, e ainda pela arte como vontade de poder, ainda pela arte como fim em si, para não esquecer da ideia da arte exercendo função pedagógica junto ao povo. Com isso não se quer dizer, como simploriamente se poderia achar, que a arte não pode "transgredir", mas a "transgressão" na grande arte é algo secundário, mero meio para um fim elevado, a recusa de uma moralidade plebeia em prol de uma ética aristocrática, ou a dissolução de formas decadentes para abrir o caminho para novas formas afirmativas da vida.
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Vi alguém comentar, em uma "resposta tardia" a quem perguntava onde estavam os eleitores do Lula, que eis onde eles estavam, no show da Madonna; não em tom de crítica, veja, mas em tom triunfante. Mas o fato de os supostos eleitores do Lula (se a pessoa que comentou isso estiver certa) preferirem ir ao show da Madonna do que participar em mobilização política pelo que quer que seja só indica que o eleitorado do Lula, pelo menos no Sudeste (sabemos que a realidade nordestina é diferente), seria uma massa líquida de nômades parasitários que vivem para pulsões orgiásticas anais sem qualquer horizonte além do hedonismo. Tal como bonobos mais ou menos humanoides, buscando compensar uma esterilidade inata com a publicização de uma pornografia desviante e subnormal, achando que encontraram nisso o Graal do erotismo. Não me parece, portanto, inteligente, e menos ainda promissor, alegar que a base eleitoral de Lula é a dos fãs de Madonna.
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Madonna combina perfeitamente com o estado atual da cultura no Brasil. Ela é até "conservadora" à luz das contribuições de Anitta e Luísa Sonza para a nossa atmosfera cultural. O grande diferencial da Madonna é que, até por suas condições pessoais, ela pode representar de maneira particularmente perversa a degradação da velhice feminina de uma maneira que as outras duas ainda não podem.
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https://strategic-culture.su/news/2024/05/04/poderia-a-ucrania-recorrer-ao-terrorismo-contra-alvos-russos-e-pro-russos-ao-redor-do-mundo/ Escrevi para a Fundação Cultura Estratégica uma análise de risco de atentados terroristas ucranianos ao redor do mundo, inclusive no Brasil.
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No que concerne os grandes influenciadores virtuais e a mídia de massa você vai ver muito mais gente responsabilizando o "aquecimento global" (o qual, coitado, hoje é culpado por tudo, de unha encravada até atropelamentos) do que qualquer outra coisa pela tragédia gaúcha. É a mistura entre conveniência e o oportunismo. É claro que a incompetência na hora de lidar com a geografia aumenta os riscos de tragédias como a que está acontecendo, mas as enchentes de 1941 foram bem maiores que a atual. A atribuição ao "aquecimento global" é pensamento desejoso, um malabarismo teórico abstrato antiempírico, porque não é possível nem "provar" nem "refutar" essa alegação. A narrativa é engolida porque a narrativa do alarmismo climático é parte integrante da ideologia hegemônica hoje. Enquanto isso, esses portavozes de ONGs e de interesses ecocapitalistas biblionários ajudam a ocultar, com o seu discurso, uma negligência que é fundamentalmente humana, mas que não deriva do "excesso de intervenção humana", e sim da falta de intervenção humana inteligente na geografia, que só é possível com planejamento, investimento e pensamento de longo prazo, supraeleitoral.
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A proibição da Bíblia no Brasil é um processo que já se iniciou, copiando os EUA. E se iniciou no RJ e SP por intermédio da direita, não da esquerda. Por essa ninguém esperava. Desnecessário dizer que censurar trechos da Bíblia, proibir a hermenêutica hegemônica de vários de seus trechos, equivale a proibir a Bíblia, já que a obra é uma totalidade não decomponível. O que, afinal, começa a empurrar o Brasil na direção de se tornar um país com menos liberdade religiosa para os cristãos do que um país islâmico médio - já que a liberdade de interpretar corretamente a Bíblia antecede e se sobrepõe à ausência ou presença de restrições ao proselitismo público.
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Com essas cenas de destruição no Rio Grande do Sul e uma abundante demonstração de ódio ao estado com inúmeras pessoas vociferando desejos de que os gaúchos morram e o estado desapareça, é um pouco difícil negar que existe uma dimensão racial nesse ódio, racismo puro e simples. Trata-se aí, naturalmente, de um sentimento de racismo antibranco, baseado em uma projeção falsa da realidade do estado. Falsa, porque o Rio Grande do Sul de fato possui uma ampla maioria de brancos em sua demografia, mas ele não é homogeneamente branco, e culturalmente ele é categoricamente mestiço e sempre foi. Mesmo os colonos ítalo-germânicos são culturalmente mestiços, gauchizados. Não obstante, uma militância apátrida de esquerda criou uma imagem falseada sobre o Sul como um todo, e ergueu uma miríade de mitos políticos sobre a região, de modo a legitimar esse ódio e usá-lo como fermento de militância (pela crença de que toda militância política deve estar fundada no ódio e no ressentimento, e de que a ideia de "luta de classes" pode ser transplantada para toda relação ou diferença social). Em um aparte, antes que algum apedeuta venha questionar a noção de "racismo antibranco", basta apontarmos que a noção de que o racismo é "racismo estrutural" (no sentido de desigualdade observada em seus efeitos e analisada de forma apriorística) não passa de uma entre muitas teorias sobre o racismo, e que há uma miríade de escolas e definições diferentes sobre o tema circulando no meio acadêmico, e que a do "racismo estrutural" não é nem mesmo a teoria dominante. É apenas a "mais barulhenta" por ser a apoiada economicamente por bilionários "com consciência social". Eu, particularmente, uso a conceituação duginiana-benoistiana do racismo como sendo a hierarquização ou desumanização de raças/etnias humanas, com determinados grupos pensados como inferiores como um todo a outros grupos. Como na narrativa liberal-progressista a luta de classes é transplantada para as raças, os brancos assumem, como um todo, o desvalor da "burguesia" na teoria marxista clássica, com uma escatologia mítica apontando para um "acerto de contas" inevitável dos "povos de cor" contra os "brancos", em que se procederá à "inversão das relações de poder". Essa mitologia claramente racista, a-histórica e privada de qualquer sentido sociológico maduro, obviamente informa a maneira como uma parte da esquerda brasileira pensa em relação ao Sul, como sendo um "reduto racista", povoado por "imigrantes que nem são brasileiros de verdade" e que, na melhor das hipóteses, deveria ser "assimilado na marra". A isso se soma uma "mitologia política" do Sul como sendo uma região "reacionária" ou até mesmo "nazifascista". Essa mitologia ignora que o Nordeste historicamente sempre foi direitista e conservador, votando majoritariamente em candidatos de direita até o final dos anos 90/início do novo milênio. Isso muda apenas a partir do momento em que Lula demonstra uma atenção especial para com problemas práticos do Nordeste, o que foi facilmente identificado pelo povo e ficou impresso em seu inconsciente. Naturalmente, isso também ignora que o Nordeste foi a região em que Bolsonaro mais cresceu nos últimos anos. E isso ignora ainda mais que se o Nordeste foi direitista/conservador ao longo da maior parte da história política republicana do Brasil, o Sul tendeu a ser esquerdista durante boa parte do seu período, incluindo, sim, Santa Catarina. Se Santa Catarina e o Paraná transicionaram para uma perspectiva política que favorece mais a direita hoje, o Rio Grande do Sul permanece um estado em que esquerda e direita estão razoavelmente equilibradas, com uma pequena vantagem para a direita. Essa mudança do Sul da esquerda para a direita deu-se, fundamentalmente, por uma insatisfação com as falhas óbvias do governos Lula I-II e Dilma I-II, mas especificamente com o tipo de discurso petista que, na crença de ser necessária a polarização para a política partidária, decidiu selecionar os sulistas como "o inimigo".
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O último ponto, com o mito do "Sul nazifascista" chega a apelar para narrativas delirantes sobre "refugiados nazifascistas" como sendo a base da colonização ítalo-germânica, quando o grosso da imigração deu-se entre o final do século XIX e o início do XX. Naturalmente, isso também passa por cima da existência de neonazistas no Nordeste, bem como do fato de que a maior concentração de neonazistas brasileiros se dá em São Paulo, não no Sul. Tudo isso é "devidamente" insuflado e alimentado pela mídia de massa e pelas redes sociais por meio de uma seleção metódica de notícias cuja finalidade é alimentar a polarização regional. Por exemplo, o trabalho escravo existe em todo o Brasil, e os estados com maior número de denúncias desse tipo são Minas Gerais e Bahia. Mas os casos de trabalho escravo no Rio Grande do Sul recebem mais destaque e são sempre recebidos com um "tinha que ser no sul". No mesmo sentido, simplesmente não existem separatistas no mundo real do Rio Grande do Sul. Você não encontra referências a separatismo em lugar algum do estado. Ninguém fala nisso, não existem bandeiras separatistas em lugar algum. Mas as redes sociais dão um jeito de fazer as pessoas acreditarem que os gaúchos não gostam do Brasil e querem se separar, ou que eles odeiam o Nordeste. Não existe solução trivial para esse tipo de problema porque o Brasil é prisioneiro de forças políticas que acreditam na necessidade de agitação da polarização e do ódio contra "a outra metade do país" para ganhar eleições. Nesse sentido, por exemplo, chama a atenção uma certa demora do governo federal em atender determinadas demandas do Rio Grande do Sul, como o adiamento do CNU, pouco explicáveis sem uma certa "má vontade" com um "estado bolsonarista".
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https://youtu.be/49DVHSyrVX4?si=zi6Gw7NDIDGHiSFP Se o Rio Grande do Sul é um lugar tendente a enchentes, por que não se fez nada para prevenir a tragédia atual?
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Um dos principais marcos da crise ucraniana, que levou à guerra contra a OTAN no território do país, foi o Massacre de Odessa, realizado há 10 anos, em 2 de maio de 2014, quando hooligans ucranianos atearam fogo a uma central sindical em que estavam refugiados algumas centenas de manifestantes anti-Maidan pacíficos, levando à morte de dezenas, inclusive mulheres e crianças. Desde esse momento, era óbvio que a situação escalaria para fora de controle, e que a Ucrânia já havia sofrido uma profunda lavagem cerebral russofóbica, com parte de sua população incapaz de enxergar os russos (e metade do próprio país) como seres humanos. Não era, portanto, mais possível uma solução totalmente pacífica para o conflito. Desde então, na verdade, a intervenção militar direta da Rússia era inevitável e necessária, o que não foi reconhecido por parte considerável das elites russas - mas retrospectivamente percebido nos últimos anos. O Massacre de Odessa era o sinal de que a obra gestada por George Soros na Ucrânia havia produzido quantidades suficientes de neonazistas dispostos a matar russos e a morrer pela integração da Ucrânia no Ocidente e por sua transformação em um paraíso woke e sionista. Depois disso, era apenas questão de organizar e armar essas milícias paramilitares e lançá-las contra o próprio povo no Donbass. Esse evento é precisamente um dos muitos motivos pelos quais os russos não abrirão mão de resgatar e restaurar Odessa ao seu status de sempre como "cidade russa".
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O Rio Grande do Sul passa por uma das maiores tragédias "naturais" de sua história. Com uma chuva que não para e que parece que perdurará ainda por dias (com uma pequena pausa de 2 dias na semana que vem) já soube de inúmeras enchentes, deslizamentos de terra e rupturas de barragens. Aqui mesmo na minha região, a Serra Gaúcha, soube de uma barragem que estourou em Bento Gonçalves e de um deslizamento em Galópolis. Parece que uma barragem em Caxias do Sul também está para estourar. Mas eu coloquei "naturais" entre aspas acima porque apesar das chuvas em si serem naturais, não penso em suas consequências catastróficas como privadas de responsabilidade humana. Um problema inicial é a inexistência histórica de planejamento urbano na ocupação territorial brasileira e na disposição das cidades. Planejamento urbano não significa artificializar as cidades, mas garantir que elas possam crescer e se desenvolver organicamente, porém direcionadas pelo Estado. O Estado é, afinal, em tudo como o jardineiro que poda arbustos e extirpa ervas daninhas. Ou deveria sê-lo. Mas chama a atenção também a insuficiência de uma certa mentalidade liberal e austericida na condução das coisas do Estado. O Estado não deve investir. Essa é a mentalidade geral. Ele não deve gastar, não deve criar, não deve subsidiar. O problema é que o tipo de ação que garante que chuvas não derrubem cidades como se fossem castelo de cartas é a constante intervenção estatal na economia com a finalidade de realizar obras públicas de infraestrutura e reformar periodicamente todas as infraestruturas antigas. A concepção do Estado como "padaria", que precisa estar "com as contas em dia", uma concepção que simplesmente não entende a natureza do Estado e aquilo que o distingue de uma empresa é, fundamentalmente, aquilo que garante que tragédias assim continuem acontecendo sem solução. Bem, sinceramente espero que o governo federal abra os baús para executar uma bateria de obras em larga escala no nosso estado, como parte do PAC. De resto, solidariedade com as vítimas. Um viva ao povo gaúcho!
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https://youtu.be/b5ryeM-da_M?si=UctQrlldlYfctr-G A entrevista do filósofo Alexander Dugin com o jornalista Tucker Carlson foi um marco para a divulgação das raízes liberais dos problemas contemporâneos. Mas muita gente não entendeu a conexão entre individualismo e wokismo.
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Com os EUA prestes a ilegalizarem a Bíblia e o Cristianismo já sabemos que os neopentecostais e neocons, ótimos "goyim" que são, vão correr para justificar os seus senhores e beijar as mãos que empunham as chibatas que trituram as suas costas apelando a um "tu quoque" dirigido contra os países islâmicos. Mas pelo menos no Irã, na Síria, no Líbano e, na verdade, na maioria dos países islâmicos os cristãos ainda podem dizer em voz alta aquilo que está escrito na Bíblia sobre o assassinato de Jesus Cristo. Nos EUA, em algumas semanas ou meses, talvez não.
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https://www.youtube.com/watch?v=B8O9sB5_i40 Participei ontem de uma tertúlia no programa El Mundo desde el Sur, da TeleSur, sobre inteligência artificial e seus possíveis impactos no mundo do trabalho. Foi um programa completo de 1 hora comentando sobre esse tema.
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Pessoas normais estão aptas a mudar de opinião sobre a situação Israel-Palestina e boa parte, ou mesmo a maioria, já mudou, passando de uma posição neutra ou pró-Israel para uma posição anti-Israel. A camada populacional de neopentecostais e neocons que no conjunto representa algo como 35% da população simplesmente nunca mudará de opinião e toda tentativa de convencimento racional é inútil e insignificante. Na prática, essas pessoas já foram lobotomizadas por um mito pseudo-messiânico em cujo nome elas estão dispostas, inclusive, a celebrar o assassinato de crianças, a prática de estupros, e tudo mais de abominável que possa haver sobre a face da Terra. No caso dos neocons não evangélicos entra aí o fator das influências implícitas do sionismo no nascimento do próprio neoconservadorismo, de modo que formações sociopolíticas tradicionais não judaicas soam como ameaçadoras, perigosas e retrógradas, precisando ser destruídas. A única maneira possível de diluir a adesão desse "gado alegre" ao sionismo é através da humilhação pública de Israel, refutando todos os delírios proféticos, o que só pode se dar por meios militares pelas mãos da Resistência Palestina, do Hezbollah e do Irã.
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O resultado é a liquidação do proletariado, uma figura já paleoeconômica que há muito já foi superada pelo precariado, a categoria humana do mundo do trabalho na era da virtualização, da liquefação e da financeirização, demarcada por vínculos laborais temporários, intermitentes e inseguros. Morre a distinção entre vida laboral e vida particular, morre a distinção entre espaço de trabalho e espaço familiar, morre a distinção entre horário de trabalho e horário de lazer. Essa é a figura do motorista de aplicativo, do entregador de aplicativo, d
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O Mundo Vota pelo Reconhecimento da Palestina - Mas Por Que o Mundo é Impotente para Parar Israel? Hoje a Assembleia Geral da ONU votou majoritariamente pelo reconhecimento da Palestina como Estado soberano, o que, porém, ainda não representa o alcance do objetivo de reparação do erro histórico da ausência desse Estado entre o rol das nações. É que a decisão final cabe ao Conselho de Segurança da ONU, que conta com os EUA entre seus membros; país que, há décadas, tem se comportado como "golem" do sionismo nas relações internacionais. A Palestina, que até então era apenas "observador da ONU", recebe agora alguns direitos adicionais, estando impossibilitada apenas de votar na Assembleia Geral e de indicar membro para os assentos temporários do Conselho de Segurança. A votação, naturalmente, é uma "censura" pela invasão de Rafah, região de Gaza que acumula mais de 1 milhão de civis palestinos, espremidos e com poucos suprimentos. A invasão tem como finalidade avançar com a limpeza étnica de Gaza, tornando a existência ali insuportável para que os palestinos deixem suas terras ancestrais para ir para o Egito, para a Europa e outras partes do mundo (o que, por sua vez, causará desestabilização em vários países). Do alto de sua arrogância o representante do "povo eleito" na ONU reagiu de maneira histérica, desesperada e desequilibrada, como uma criança mimada sendo contrariada, chegando ao ponto de triturar a Carta das Nações Unidas - um ato que não faz senão demonstrar de maneira "gráfica" o desprezo que Israel tem pelo Direito Internacional. É impossível entender Israel e a mentalidade de sua elite sem absorver que, na opinião deles, há leis para os "goyim" (nós, o gado) e leis especiais e excepcionais para eles, os "eleitos" (na verdade, pela Cabala [especialmente em suas versões antinômicas], propriamente "portadores" de Deus). É por isso que, para eles, é inaceitável que se queira submeter as suas ações ao mesmo crivo ao qual as ações de outras nações são submetidas. Não obstante, apesar de votações, críticas e condenações, além de algumas rupturas comerciais e diplomáticas, a maior parte do mundo observa imóvel a limpeza étnica em questão. Naturalmente, a atitude é particularmente vergonhosa em se tratando dos países árabes vizinhos, os quais, excetuando o Hezbollah libanês e outras milícias árabes associadas, nada fazem contra Israel (ou até colaboram com ele, como a Jordânia). Da parte dos países árabes isso se dá porque as suas elites são traiçoeiras, apaixonadas pelo ouro ocidental, postas no poder pelo Reino Unido. Algumas dessas elites (não raro maçônicas), inclusive, transformam os seus palácios presidenciais (ou reais) em prostíbulos, enquanto propaganda o salafismo mais fundamentalista para a plebe. Mas há também um motivo que não pode ser esquecido. Como já apontado por alguns analistas, lidar com Israel é difícil por ser um país afetado por um caso extremamente desconcertante de psicopatia coletiva. Essa psicopatia coletiva, associada a um profundo narcisismo, não só facilita o genocídio mas está, também, por trás da Opção Sansão. A Opção Sansão, ainda não suficientemente divulgada, é o projeto israelense de tentar iniciar um holocausto nuclear caso, atacando inclusive alvos europeus, em caso de grande derrota militar, independentemente de qual seja o exército inimigo.
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https://youtu.be/FU6UwIVbwjQ?si=KOD93lPUTeNWVWfh Por que partes de países se separam para constituir outros países? Será que isso pode acontecer com o Brasil? E se acontecesse, seria para o benefício de quem?
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Separatismo: Autodeterminação ou Globalismo? | Pílulas Vermelhas #128

Por que partes de países se separam para constituir outros países? Será que isso pode acontecer com o Brasil? E se acontecesse, seria para o benefício de que...

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Ontem alguns zumbis atlantistas comentavam que "não havia tanques na Parada da Vitória", rindo e se achando muito espertos, por sua "sugestão" de que a Rússia não tinha tanques porque a Ucrânia teria destruído 6 milhões de blindados já. Bem, hoje sabemos o porquê de haver poucos tanques em Moscou. Eles estão entrando em Kharkov. Há algumas horas a Rússia deu os primeiros passos de uma operação em Kharkov (e que talvez envolva também Sumy) saindo diretamente do território russo de Belgorod. Depois de horas de preparação pela artilharia russa, as unidades de reconhecimento russas já avançaram sobre Kudiyevka, Goptovka, Strelechye, Krasnoye, Borisovka e Gatishche e a Ucrânia já evacuava outras cidades próximas. As forças principais, em número de 50 mil, ainda estão dentro do território russo, e provavelmente só entram em ação após o estabelecimento de uma faixa de amortecimento pelos russos. Em primeiro lugar, essa operação tem como finalidade principal aumentar a "gordura" de proteção das fronteiras russas, dando maior grau de proteção aos civis russos de Belgorod e de outras cidades fronteiriças. Mas essa operação também reforça todas as análises prévias que fizemos ao longo dos últimos anos: que a Rússia não pretende abrir mão de Kharkov em circunstância alguma e que muito provavelmente os russos pretendem avançar, no mínimo, sobre toda a margem direita do Rio Dnepr antes de até mesmo levar a sério quaisquer negociações de paz.
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Se pela via esquerda tem-se usado narrativas como "racismo climático", "a culpa é do agro" e "falta demarcação de terras indígenas" para desviar e confundir a busca pelas causas da tragédia gaúcha, pela via direita se parece ter selecionado o "HAARP" e o "sacrifício satânico". Em certo sentido, todos esses tipos de narrativa, e não só os da "direita", operam por uma espécie de "pensamento mágico", supersticioso, em que não se sabe bem como explicar de forma metódica, consistente e demonstrável o evento a partir das supostas explicações, mas espera-se que o público acredite nelas porque essas explicações ou atendem aos requisitos do moralismo contemporâneo, que vive de admoestações, expiações e sinalizações de virtude, ou simplesmente às várias formas da esquizofrenia pós-moderna crescentemente comum. Os dois caminhos explicativos não servem senão para que os liberais, de esquerda ou de direita, possam encobrir a realidade mais simples e óbvia da falta de investimentos públicos em obras de engenharia hidráulica em um lugar particularmente sensível a enchentes. Essas explicações "mágicas", vejam, não demandam nenhum tipo de investimento específico do Estado brasileiro, nenhuma ação concreta de manipular o espaço em nosso benefício de maneira planejada e sensata. Elas demandam, em alguns casos, "transformações morais", em outros "leis" presenteando uns e outros grupos com bens ou benefícios, em ainda outros elas nos pedem que façamos absolutamente "nada" porque "não há alternativas" e "está tudo dominado". São, portanto, as armadilhas convenientes de uma era apaixonada pelo niilismo e pela sofística, carente do vigor necessário para encarar problemas reais e solucioná-los com objetividade.
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https://youtu.be/l0P6s2hpSoQ?si=MVwo8xSNBneeCTr4 Por que o Brasil é parte de uma civilização continental ibero-americana, e não de uma civilização "ocidental", "brasileira" ou "lusófona".
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O Brasil e a Civilização Ibero-Americana | Pílulas Vermelhas #127

Por que o Brasil é parte de uma civilização continental ibero-americana, e não de uma civilização "ocidental", "brasileira" ou "lusófona".___________________...

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Os números oficiais das enchentes no Rio Grande do Sul falam em 107 mortos, mas esses números são integralmente enganosos. As águas não baixaram, a lama ainda cobre milhares de residências no estado todo, há pelo menos dois municípios integralmente soterrados, mais de 400 cidades foram afetadas, de modo que os números reais, inevitavelmente, alcançarão patamar bem maior. As pessoas de fora do estado ainda não tomaram consciência da proporção do evento, e tem até gente achando que o "governo federal já está ajudando demais" ou que "os gaúchos estão exagerando". Aliás, o fato de que toda a mídia estadual se concentra em Porto Alegre contribui para essa noção de que "foi só em POA" ou que "o pior foi em POA", quando o pior cenário se deu muito longe da capital. Esse é um tipo de trabalho, aliás, que levará um longo tempo para ser feito. Ainda estaremos contabilizando mortos e desaparecidos por semanas, talvez meses. Mas é fácil compreender o motivo pelo qual os números reais de mortos são mantidos baixos e não se fala em estimativas. Politicamente não faz boa figura falar em centenas ou mesmo milhares de mortes. Para todas as instâncias do poder no Brasil, é melhor trabalhar com o menor número possível e, se possível, atribuir o evento a todas as causas imagináveis, do "racismo ambiental" ao "HAARP", passando por "falta de demarcação de terras indígenas" e "aquecimento global", além de "falta de dinheiro". Menos à decisão consciente, tomada por todos os governos, de todas as instâncias, dos últimos anos, de não investir, não fazer obras, porque investimento público é anátema.
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https://www.youtube.com/watch?v=6VDcXFvYFTc Estive há alguns dias na TV argentina, no Canal Extra, para comentar sobre a questão demográfica brasileira. Apareço entre os minutos 5:00 e 13:50. Recomendo o programa como um todo também.
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H&E #20: ¿El Fin de la Juventud? la Crisis Demográfica en Iberoamérica.

Apremiante la disminución de la población en Iberoamérica: ¿cómo afecta esto a la economía y la sociedad? Francisco Uribe y Raphael Machado nos guían a través de los desafíos y las soluciones innovadoras que están adoptando los países para enfrentar el envejecimiento y la escasez de trabajadores jóvenes. Humo y Espejos: Una Nueva Perspectiva en la Realidad Política Descubrí la realidad política desde un ángulo único, todos los viernes de 22 a 23 hs. en Canal EXTRA. Una invitación para profundizarte en la política nacional e internacional con una mirada fresca y analítica. Conducción - Ivone Alves García y Marcelo Ramírez: Ivone Alves García y Marcelo Ramírez te guían a través de los complejos caminos de la geopolítica y la estrategia nacional, aportándote claridad y profundidad en los temas más relevantes. Análisis Geopolítico no Convencional - Marcelo Ramírez: Marcelo Ramírez te ofrece su análisis geopolítico no convencional, desafiando los enfoques tradicionales y revelándote nuevas perspectivas sobre la política global. Participación especial de Raphael Machado, analista internacional, líder del Movimiento Nova Resistencia, nos trae, con “Perspectiva Tropical”, las noticias más importantes de Brasil. Columna de Economía, Finanzas y Tecnología - Francisco Uribe: Francisco Uribe aporta una mirada experta en temas de economía, finanzas y tecnología, analizando tendencias y novedades del sector para brindar una perspectiva integral y actualizada a los lectores. Su columna destaca por su capacidad de relacionar estos campos con el impacto en la vida cotidiana y las implicaciones para el futuro. En el panel de Política Internacional - Azul Selene Ramírez: Azul Selene Ramírez enriquece el programa con su análisis de la política internacional, vinculando eventos globales con nuestras realidades locales. Equipo de Colaboradores: El programa se fortalece con el aporte de Guillermo Alberdi y Morena Ramírez, quienes suman sus esfuerzos para brindarte una cobertura completa y diversa de los temas tratados. Humo y Espejos es tu ventana a una comprensión más profunda de la política, presentada de una forma única y perspicaz. Recordá sintonizarnos cada viernes de 22 a 23 hs. en Canal EXTRA, para una experiencia informativa incomparable. Acá, en HumoyEspejos, nos enorgullecemos de ser un medio independiente que se nutre del apoyo de personas como vos. Tu contribución nos permite seguir creando contenido de calidad y mantener nuestra independencia editorial. Aquí tenés varias formas de colaborar con nosotros: 1. Membresía del Canal en YouTube Únete a nuestra comunidad a través de nuestra membresía en YouTube. Al convertirte en miembro, tendrás acceso a contenido exclusivo y estarás respaldando directamente nuestro trabajo. ¡Hacéte miembro aquí:

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Ao todo, calcula-se que fariseus e zelotas assassinaram aproximadamente 1 milhão de cidadãos do Império, de todas as etnias e religiões (menos a sua). O Sinédrio, porém, incluiu os líderes dessa campanha de extermínio em massa em sua lista de mártires.
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Quando os antigos hebreus tentaram cometer genocídio contra romanos, gregos, egípcios, líbios e assírios, fossem pagãos ou cristãos, do Norte da África até a Mesopotâmia A humilhação dos hebreus por Tito, durante a primeira Guerra Romano-Judaica é bastante conhecida - culminando no Saque de Jerusalém, a guerra justa travada pelos romanos deu-se por causa das instabilidades provocadas pela seita terrorista dos zelotes, que incapaz de entender ou aceitar a mensagem cristã de um Reino dos Céus transcendentes, ou pelo menos o quietismo de espera resignada dos saduceus, iniciaram uma rebelião atroz. Liderados por criminosos como João de Giscala e Bar Giora, bandos de zelotes invadiam aldeias para saquear, matar e estuprar mulheres gentias; comerciantes e servidores públicos eram atacados nas estradas e, de um modo geral, a província foi lançada no caos até a pacificação romana, que culmina no Saque de Jerusalém e no dramalhão ridículo de Massada, em que os terroristas sicários (uma seita ainda mais radical que os zelotes) assassinaram as próprias famílias e a si mesmos por medo aos romanos. Também é suficientemente conhecida a terceira Guerra Romano-Judaica, em que Simão Bar Kochba afirmou-se o Messias e liderou uma rebelião para coroar-se Rei de Israel, sendo, porém, subjugado e humilhado pelo Imperador Adriano. Menos conhecida é a segunda Guerra Romano-Judaica, também conhecida como "Guerra de Kitos", que se deu mais no Norte da África e nas ilhas mediterrâneas do que na Palestina propriamente dita, mas se estendeu até a província em questão e a Mesopotâmia. Essa guerra teve como "núcleo" as diásporas hebreias, anteriores inclusive ao Saque de Jerusalém. Em lugares como Alexandria e Cirenaica, os hebreus tinham isenção de impostos, imunidade nos tribunais (eles respondiam perante tribunais próprios) e uma série de outros privilégios. Não obstante, o Saque de Jerusalém havia levado a um ressentimento que foi sustentado em segredo por décadas, até que Imperador Trajano conduziu uma campanha militar contra a Pártia, no extremo leste do Império. Enquanto Trajano conduzia a sua campanha, fariseus e zelotes iniciaram rebeliões em várias colônias hebreias em províncias imperiais, começando pela Cirenaica e se espalhando daí para a Líbia, Egito, Chipre, Mesopotâmia e Palestina. Essas revoltas eram insufladas ainda por um sentimento apocalíptico, messiânico e escatológico que encontrava expressão em produções textuais da época, como o Apocalipse de Baruque e o 4º Livro de Esdras, obras que falam sobre a iminência da vinda do Messias e da destruição de Roma. As revoltas usualmente iniciavam pelo assassinato das pequenas guarnições romanas locais (as guarnições eram pequenas por se tratarem, em geral, de províncias seguras do Império). O renomado historiador Dião Cássio relata que na Cirenaica os fariseus e zelotes liderados por um Lukuas, que se dizia "Rei da Judeia", cozinhavam a carne dos gentios capturados, faziam cintos de suas entranhas, besuntavam-se com seu sangue e usavam suas peles como roupas. Apenas nessa província eles teriam assassinado 220 mil homens, mulheres e crianças, praticamente todos eles civis, além de destruírem templos, banhos públicos, monumentos, bibliotecas, etc. Depois, no Egito, para onde Lukuas liderou os terroristas, cometeram as mesmas atrocidades contra os civis locais, bem como contra os prédios públicos, destruindo, por exemplo, o Mausoléu de Pompeu, ateando fogo a Alexandria. No Chipre, fariseus e zelotes liderados por Artêmio devastariam a ilha, assassinando 240 mil cidadãos. Os terroristas tentaram também rebeliões na Mesopotâmia, durante a campanha de Trajano, mas foram rapidamente suprimidos pelo próprio Trajano e pelo general Lúcio Quieto, um comandante de origem berbere, que é então enviado para suprimir os outros focos de rebelião. Quieto persegue os terroristas de volta até a Palestina, onde eles se refugiam em Lida, são derrotados e executados após um breve cerco.
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Qual é a Verdade sobre o HAARP? | Pílulas Vermelhas #126

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