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Autores da Terra de Santa Cruz

Canal dedicado à nossa grande literatura.

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[..] O direito natural não foi inventado pela razão, nem fabricado pelos juristas. Não é imanente mas transcendente. Está na razão, anteriormente a todo direito escrito. [..] Santo Tomás elaborou uma admirável fundamentação metafísica do direito natural, que é constituído pelos princípios inerentes à natureza racional do homem; e o direito civil só é direito quando traduz o direito natural. Os Estados não são a fonte da moral e do direito e uma lei não é justa pelo simples fato de ter sido promulgada pelo Estado. Os Estados contemporâneos, oriundos do individualismo com suas raízes idealistas e do socialismo, com suas raízes materialistas, podem promulgar e promulgam muitas leis injustas, que ferem os princípios do direito natural. O Estado individualista, e o Estado socialista principalmente, já são em si mesmos violações do direito natural que repele, com a mesma energia, o individualismo e o socialismo. — Heraldo Barbuy in «Ecos Universitários, Órgão Oficial do Centro Acadêmico “Sed es Sapientiae”», 1950
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“[...] o arremedo de Monarquia liberal que se quis implantar no Brasil, caricatura do parlamentarismo inglês, chocava-se com a conceituação tradicional da imaginação popular. O povo não poderia ver, no rei, o Poder Moderador, essa abstração política. Para ele, o monarca era El-Rei Nosso Senhor das velhas expressões do absolutismo português, o guia, o chefe, o todo-poderoso, o onisciente, o onipotente, o demiurgo, o Pai. Para a lógica do povo, as Monarquias só se explicam pela origem divina. Querer, como quiseram os liberais, atribuir-lhes uma essência humana, racional, meramente política, era exigir das massas uma capacidade de abstração interpretativa que elas não possuem. [...] O poder dos reis só poderia provir de um mandato divino, sobrenatural, um fundo místico e indiscutível, como um dogma religioso. "Todo rei é um deus, descende de um deus, ou reina pela graça de um deus", diz Roger Caillois estudando o caráter sagrado do poder.” — Luis Martins in «O Patriarca e o Bacharel», 1953 @autoresdasantacruz
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Para Vertigem “Alma, em teu delirante desalinho, Crês que te moves espontaneamente, Quando és na Vida um simples rodamoinho, Formado dos encontros da torrente! Moves-te porque ficas no caminho Por onde as cousas passam, diariamente: Não é o Moinho que anda, é a água corrente Que faz, passando, circular o Moinho... Por isso, deves sempre conservar-te Nas confluências do Mundo errante e vário, Entre forças que vêm de toda parte. Do contrário, serás, no isolamento, A espiral, cujo giro imaginário É apenas a Ilusão do Movimento!...” — Raul de Leoni in «Luz Mediterrânea», 1922 @autoresdasantacruz
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“[...] Antigamente a atitude média dos idiotas era tímida, modesta e respeitosa. E isto que se observa nas ruas, nas aulas particulares, nos salões de xadrez, observava-se também na Igreja. De repente, em certo ângulo da história, mercê de algum gás novo na atmosfera, ou de algum fator ainda não deslindado, os idiotas amanheceram novos e confiantes. Já ouvi e li muitas vezes o termo mutação surrupiado das prateleiras da genética e aplicado à história, à Igreja, ao dogma e aos costumes. Dois ou três bispos franceses não sabem falar dez minutos sem usar o termo “um mundo em mutação”. Se mutação houve, estou inclinado a crer que foi naquele ponto a que atrás aludimos: os idiotas que antigamente se calavam estão hoje com a palavra, possuem hoje todos os meios de comunicação. O mundo é deles.” — Gustavo Corção in «Conversa em Sol Menor», 1980
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“O capitalismo afastou o homem de Deus, de sua própria família, das virtudes. Já não se trata de acumular riquezas espirituais em ordem à vida eterna, mas de amealhar riquezas terrenas. É a vitória do espírito burguês, do qual é caudatário o mesmo socialismo: neste, apenas se substituem as empresas capitalistas pelo estado. Mas a revolução atual, global-marcusiana, é o passo final do espírito burguês: liberto das travas econômicas da Igreja, trata-se agora de livrar-se de suas travas mais estritamente morais. Afinal, para isso se lucra: para gozar a vida e a carne. Carpe diem.” — Carlos Nougué @autoresdasantacruz
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“No século XIV começa a observar-se, na Europa cristã, uma transformação de mentalidade que ao longo do século XV cresce cada vez mais em nitidez. O apetite dos prazeres terrenos se vai transformando em ânsia. Os homens se preocupam sempre mais com elas. Nos trajes, nas maneiras, na linguagem, na literatura e na arte, o anelo crescente por uma vida cheia de deleites da fantasia e dos sentidos vai produzindo progressivas manifestações de sensualidade e moleza. Há um paulatino deperecimento da seriedade e da austeridade dos antigos tempos. Os corações se desprendem gradualmente do amor ao sacrifício, da verdadeira devoção à Cruz, e das aspirações de santidade e vida eterna. A Cavalaria, outrora uma das mais altas expressões da austeridade cristã, se torna amorosa e sentimental, a literatura de amor invade todos os países, os excessos do luxo e a consequente avidez de lucros se estendem por todas as classes sociais.” — Plinio Corrêa de Oliveira in «Revolução e Contra-Revolução», 1959
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“Foi, então, numa das reuniões do Conselho, quando se discutia a remuneração de pessoas convidadas a pronunciarem conferências na escola (todos os outros membros do Conselho propunham uma remuneração ínfima, havendo uma proposta que fixava níveis diferentes segundo a graduação universitária, de modo que Machado de Assis, por exemplo, se fosse vivo, receberia, por uma conferência, menos que um professor com mestrado e bem menos que um doutor, não podendo sequer aspirar ao limite a ser estabelecido para um livre-docente), foi nesse momento que eu percebi com maior clareza do que nunca a solidão irredutível do escritor, o seu inapelável isolamento neste país: mesmo numa Faculdade de Letras, mesmo entre os membros do seu Conselho, manifestava-se, pétreo, o arraigado menosprezo brasileiro em relação à cultura, ao saber, ao artista, ao escritor, ao trabalho intelectual, a não ser que algo exterior, como um título universitário, um diploma, sacralize tudo isso.” — Osman Lins in «Do Ideal e da Glória», 1977
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Acabei de adquirir o próximo livro a ser digitalizado. Trata-se de um livro de ensaios sobre a Roma Antiga e o Brasil Colonial. O autor era um poeta e diplomata brasileiro. Em breve darei mais informações.
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“Os povos fracos, herdeiros de base territorial vasta e rica, são, naturalmente, presa cobiçada. E não é apenas pela invasão manu militari que podem perder a sua independência e sofrer ameaças à sua soberania. Também isso acontece quando pela alienação das indústrias-chave se cedem os materiais estratégicos e se confiam a mãos alheias os fatores capitais da defesa nacional.” — Getúlio Vargas in «Perfis Parlamentares Vol. 72», 2017
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