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Santo Afonso Maria de Ligorio

Santo Afonso ,modelo das virtudes fundamentais @DivulgacoesCatolicas_bot

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Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 144-146)
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Meditações de Santo Afonso de Ligório: Segunda Semana depois de Pentecostes Segunda-feira O corpo na tumba Subter te sternetur tinea, et operimentum tuum erunt vermes — “Debaixo de ti se estenderá por cama a polilha, e a tua coberta serão os bichos” (Is. 14, 11). Sumário. Meu irmão, para ver melhor o que és, aproxima-te de um túmulo. Eis como daquele cadáver sai uma matéria infecta, na qual se gera uma multidão de vermes que se nutrem da carne. Caem as faces, os lábios, os cabelos. E finalmente, daquele corpo nutrido com tanta delicadeza, causa talvez de tantas ofensas do Senhor, não resta nada senão um esqueleto fétido, um punhado de pó. Quantos têm, à vista de um cadáver, deixado o mundo e entrado numa ordem religiosa! I. Para melhor ver o que és, ó cristão, diz São João Crisóstomo: Perge ad sepulchrum — “vai visitar os túmulos”. Vê como esse cadáver se vai tornando de amarelo em negro. Em seguida aparece pelo corpo todo uma penugem branca e repelente. Sai dela uma matéria viscosa e infecta que corre pela terra. Nesse pus gera-se em breve uma multidão de vermes que se nutrem das carnes. Despegam-se e caem as faces, os lábios, os cabelos; e daquele corpo só resta finalmente um esqueleto fétido, que com o tempo se divide, destacando-se os ossos uns dos outros, e separando-se a cabeça do tronco. Redacta quasi in favillam aestivae areae, quae rapta sunt vento (1) — “Como a miúda palha, que o vento leva fora da eira em tempo de estio”. Tal é o homem, um pouco de pó arrastado pelo vento. Onde está aquele cavalheiro, outrora encanto e alma da sociedade? Entra no seu quarto; já lá não está. Se procurares o seu leito, saberás que foi dado a outro. Os vestidos, as armas: outros já tomaram posse delas e as dividiram entre si. Se o queres ver, vai a essa cova, onde jaz em podridão e com os ossos descarnados. Ó Deus! A que estado ficou reduzido o corpo nutrido com tanta delicadeza, vestido com tanta pompa, cercado de tantos servos! Quantos têm, à vista de um cadáver, deixado o mundo e entrado numa ordem religiosa! II. Santos do céu, como haveis sido prudentes, vós que pelo amor de Deus, a quem só amastes na terra, soubestes mortificar o vosso corpo. Agora, vossos ossos são conservados e honrados como relíquias santas em relicários de ouro, enquanto que vossas belas almas gozam de Deus, esperando o dia final em que vossos corpos irão também tomar parte na glória eterna, como tomaram parte na cruz durante a vida. É assim que se ama verdadeiramente o corpo, carregando-o neste mundo de aflições, afim de que seja eternamente feliz e recusando-lhe as doçuras que o tornariam infeliz na eternidade. Aí está, meu Deus, o que deve ser um dia este corpo, pelo qual tanto Vos ofendi, presa dos vermes e da podridão! Mas não me aflijo, ó Senhor, antes me regozijo, de que assim se deve corromper e consumir esta carne, que me fez perder-Vos, ó soberano Bem. O que me aflige é ter-Vos dado tantos desgostos, só para alcançar mais algum prazer. Não quero, porém, desconfiar da vossa misericórdia. Vós esperastes por mim para me perdoar: Expectat Deus, ut misereatur vestri (2). Quereis perdoar-me, se eu me arrepender. Oh, sim! Eu me arrependo de todo o meu coração, de Vos haver desprezado, ó bondade infinita. Dir-Vos-ei com Santa Catarina de Gênova: Meu Jesus, nunca mais pecarei; não, nunca mais pecarei! Não, não quero mais abusar de vossa paciência. Ó meu amor crucificado, não quero esperar para Vos abraçar até que me sejais apresentado pelo confessor no momento da morte. Desde já Vos abraço; desde já Vos recomendo a minha alma: In manus tuas, Domine, commendo spiritum meum (3). A minha alma entregou-se anos e anos ao mundo e não Vos amou: dai-me a luz e a força para Vos amar o resto de minha vida. Não quero, para Vos amar, esperar pela hora da morte; desde já Vos amo, Vos abraço, e Vos estreito ao coração; e prometo nunca mais abandonar-Vos. — Ó Virgem Santíssima, ligai-me a Jesus Cristo, e alcançai-me a graça de nunca mais o perder. (II 8.) Referências: (1) Dn. 2, 35. (2) Is. 30, 18. (3) Sl. 30, 6. (LIGÓRIO, Afonso Maria de.
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“Quem é devoto da Paixão do Senhor, não deixará de sê-lo também das dores de Maria, cuja lembrança nos consolará muito no momento da morte. Oh, que bela meditação, meditar em Jesus Cristo crucificado! Que bela morte, morrer abraçado com Jesus crucificado; morrer de boa vontade por amor de um Deus que morreu por nosso amor.” (2) — Senhor, prometo-Vos que quero seguir os ensinamentos e os exemplos de Santo Afonso; e Vós, pelo amor deste grande Santo, dai-me a graça de Vos ser fiel. — Esta mesma graça peço-a a vós, oh grande Mãe de Deus e minha Mãe, Maria. Referências: (1) Lect. Brev. (2) Passim. (LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 136-139)
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Meditações de Santo Afonso de Ligório: Semana de Pentecostes Sexta-feira Devoção de Santo Afonso à Paixão de Jesus Cristo Mihi autem absit gloriari, nisi in cruce Domini nostri Iesu Christi — “Quanto a mim, livre-me Deus de me gloriar, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl. 6, 14). Sumário. Com muita razão a Igreja chama Santo Afonso contemplador assíduo e propagador admirável da devoção à paixão e morte de Jesus Cristo. Foi este o assunto quase contínuo de suas meditações, de seus colóquios públicos e particulares. Se queremos ser devotos verdadeiros e dignos filhos do santo Doutor, sejamos, à sua imitação, devotos da Paixão de Jesus, façamos dela em todas as circunstâncias o assunto habitual de nossas meditações. I. Com muita razão a Igreja (1) chama Santo Afonso contemplador assíduo e propagador admirável da devoção à paixão e morte de Jesus Cristo. Foi este o assunto mais frequente, ou antes contínuo, de suas meditações; não deixava passar um dia sem percorrer as estações da Via sacra, e a cada instante lançava um olhar sobre o Crucifixo que tinha no seu quarto, acompanhando o olhar de alguma oração jaculatória de amor. — As suas mortificações e penitências eram sempre mais rigorosas nas sextas-feiras do ano; mas aumentava-as quase até ao excesso na Semana Santa, especialmente nos três últimos dias da mesma. Então via-se Afonso silencioso, pálido e triste, como que fora de si e absorto, na contemplação dos mistérios dolorosos da Paixão do Senhor, da qual a Igreja faz então comemoração especial. Para desafogar os afetos de sua devoção e excitá-los também no coração de outros, o Santo falava muitas vezes desta devoção em seus colóquios privados; ensinava-a ao povo em quase todas as suas prédicas, e compôs diversas obras para transfundir à alma de seus leitores as puras chamas de seu amor. — Mais, não contente com isso, quis que todos os pregadores da sua diocese e especialmente os membros de sua Congregação, nunca deixassem de inculcar ao povo a meditação dos sofrimentos de Jesus Cristo. “Nas missões”, dizia o Santo, “são muito úteis os sermões sobre o juízo e o inferno, porque incutem o temor; mas as conversões que provém do temor, são pouco duráveis. Ao contrário, as conversões por meio do amor a Jesus crucificado, são mais fortes e constantes. Quem se afeiçoa a Jesus crucificado, não tem mais medo.” Numa palavra, foi tão grande em Afonso a devoção à Paixão, que não querendo, à imitação do Apóstolo, saber coisa alguma senão a Jesus crucificado, bem podia dizer com o mesmo São Paulo: Mihi autem absit gloriari, nisi in cruce Domini nostri Iesu Christi — “Quanto a mim, livre-me Deus de gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”. Felizes de nós, se soubermos imitá-lo! II. O fruto a tirar de nossa consideração, nos é indicado pelo próprio Santo Afonso, quando diz: “Todas as meditações são boas, mas a que se faz sobre a Paixão de Jesus Cristo é a mais útil. Por isso recomendo-vos que a façais cada dia, ao menos um quarto de hora. Mas não vos detenhais tão somente na superfície; penetrai na humildade, na mortificação e nas penas do Redentor. Fazei com que esta meditação vos seja familiar; e quando virdes cordas, espinhos, cravos, lembrai-vos logo do que Jesus Cristo sofreu na sua dolorosa Paixão; quando virdes uns cordeiros serem levados ao matadouro, pensai, como fazia São Francisco de Assis, que é assim que o inocente Jesus foi conduzido à morte. “Cada um procure ter uma bela imagem do Crucificado, suspenda-a no seu quarto e lance sobre ela de vez em quando um olhar, dizendo: Ah, meu Jesus, Vós morrestes por mim e eu não Vos amo! Se alguém sofresse por um amigo injúrias, golpes e cadeias, ser-lhe-ia muito agradável se o amigo disso se lembrasse e falasse. Assim também agrada muito a Jesus, que nós frequentemente pensemos na sua Paixão. Oh, que consolação nos darão na morte as dores e a morte de Jesus Cristo, se em vida tivermos a miúde e com amor meditado nelas!
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Meditações de Santo Afonso de Ligório: Semana de Pentecostes Quinta-feira Respeito devido à dignidade sacerdotal Ego dixi: Dii estis, et filii Excelsi omnes — “Eu disse: Sois deuses, e todos filhos do Excelso” (Sl. 81, 6). Sumário. É com muita razão que os santos tinham os sacerdotes na mais alta estima. Quanto ao corpo místico de Jesus Cristo, que são todos os fiéis, os sacerdotes têm poder de livrar o pecador do inferno e fazê-lo herdeiro do paraíso. Quanto ao corpo real, é um ponto da fé que, quando o sacerdote consagra, o Verbo eterno desce do céu para esconder-se sob as espécies sacramentais. Oh dignidade sublime!… Procuremos sempre ter grande veneração para com os ministros de Deus, e, sendo sacerdotes, sejamos os primeiros a respeitar o nosso caráter sacerdotal, se desejamos ser respeitados pelos outros. I. A dignidade do sacerdote e o respeito que lhe é devido, dimanam do poder que ele possui sobre o corpo místico e sobre o corpo real de Jesus Cristo. Quanto ao corpo místico, que são todos os fiéis, o sacerdote tem o poder das chaves, isto é, o poder de livrar o pecador do inferno e fazê-lo herdeiro do paraíso. Deus mesmo quis obrigar-se a ratificar a sentença do sacerdote, a perdoar ou não perdoar, conforme o sacerdote absolve o penitente por estar disposto, ou não o absolve. Precede a sentença do sacerdote e Deus a subscreve. Se o Redentor baixasse do céu a uma igreja e se sentasse num confessionário para administrar o sacramento da penitência, e em outro se sentasse um sacerdote: se Jesus Cristo e o sacerdote ambos dissessem: Ego te absolvo – “Eu te absolvo”, os penitentes, tanto de um como de outro, ficariam igualmente absolvidos. — Que honra não seria para um súdito, se o rei lhe conferisse o poder de livrar da cadeia a quem quisesse! Mas muito maior é o poder que Jesus Cristo deu a seus ministros: o poder de livrar do inferno não só os corpos, mas também as almas. Quanto ao corpo real de Jesus Cristo, é um ponto da fé que o Verbo incarnado se obrigou a descer às mãos do sacerdote que consagra, sob as espécies sacramentais. Causa pasmo o ouvir que Deus obedeceu a Josué, fazendo parar o sol ao mando dele: obediente Deo voci hominis (1) — “obedecendo Deus à voz do homem”. Mais pasmo, porém, causa o ouvirmos que em virtude de poucas palavras do sacerdote Deus mesmo obedece e vem sobre o altar, ou aonde quer que o chamem, e se põe entre as mãos do sacerdote ainda quando este fosse seu inimigo. Jesus, uma vez vindo, fica inteiramente ao dispor do sacerdote. Toca ao padre, conforme quiser, encerrá-lo no tabernáculo, ou expô-lo sobre o altar, ou levá-lo para fora da igreja, ou tomá-lo para seu próprio sustento, ou dá-lo em alimento aos outros. Ó poder sublime do sacerdote! Ó bondade inefável do Redentor! II. Sendo tão grande a dignidade dos ministros de Deus, tiveram razão os santos em terem para com eles sentimentos da mais alta veneração. São Martinho, convidado à mesa do imperador Máximo, bebeu primeiro à saúde de seu capelão e depois à do imperador. No Concílio de Nicéa, Constantino Magno quis sentar-se no último lugar, depois de todos os sacerdotes e numa cadeira mais baixa. Quando Santo Antão se encontrava no caminho com um sacerdote, dobrava logo o joelho e não se levantava, enquanto não lhe tivesse beijado a mão e fosse por ele abençoado. Santa Catarina de Sena chegou a beijar devotamente a terra que o sacerdote tinha pisado na sua passagem. Meu irmão, seja qual for o teu estado, faze por imitar os santos na sua veneração para com os ministros de Jesus Cristo. Se tu mesmo tens a sorte ditosa de pertencer ao número dos sacerdotes, a fim de ser respeitado dos outros, sê o primeiro a respeitar na tua própria pessoa, bem como na dos próprios colegas, o teu caráter sagrado. Estejam as tuas ações sempre em harmonia com a tua dignidade, e conforme o preceito do apóstolo: “Mostra-te a ti mesmo em tudo um exemplo de boas obras, na doutrina, na integridade, na gravidade. Tua palavra seja sã, irrepreensível, para que o adversário se confunda, não tendo nenhum mal que dizer de nós.” (2)
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Considerando em seguida que é por meio dos sacerdotes que se opera a salvação ou a ruína dos povos, que sobre eles vem a benção ou a maldição, roga com ardor e insiste junto de Deus para que dê à sua Igreja ministros zelosos. É este um dos fins principais porque foram instituídas as Temporas, nas quatros estações do ano. Meu Deus, creio que entre todas as dignidades criadas a do sacerdócio é a mais alta. Creio-o, ó Senhor, e por isso prometo com o vosso auxílio estimar e venerar sempre todos os sacerdotes, por serem os vossos representantes na terra. Proponho também escutar àqueles que me queirais dar por Superiores, assim como escutaria a vossa própria voz, por terdes dito: Qui vos audit, me audit, et qui vos spernit, me spernit (3) — “Quem vos ouve, a mim é que ouve, e quem vos despreza, a mim é que despreza”. Mas Vós, ó meu Deus, dai-me a graça de Vos ser fiel, e dai à vossa Igreja ministros zelosos, que sejam agradáveis a vosso Coração e convertam grande número de almas. — Peço-Vos esta graça pela intercessão de Maria Santíssima. (*III 8.) Referências: (1) Js. 10, 14. (2) Tt. 2, 7. (3) Lc. 10, 16. (LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 134-136)
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Considerando em seguida que é por meio dos sacerdotes que se opera a salvação ou a ruína dos povos, que sobre eles vem a benção ou a maldição, roga com ardor e insiste junto de Deus para que dê à sua Igreja ministros zelosos. É este um dos fins principais porque foram instituídas as Temporas, nas quatros estações do ano. Meu Deus, creio que entre todas as dignidades criadas a do sacerdócio é a mais alta. Creio-o, ó Senhor, e por isso prometo com o vosso auxílio estimar e venerar sempre todos os sacerdotes, por serem os vossos representantes na terra. Proponho também escutar àqueles que me queirais dar por Superiores, assim como escutaria a vossa própria voz, por terdes dito: Qui vos audit, me audit, et qui vos spernit, me spernit (3) — “Quem vos ouve, a mim é que ouve, e quem vos despreza, a mim é que despreza”. Mas Vós, ó meu Deus, dai-me a graça de Vos ser fiel, e dai à vossa Igreja ministros zelosos, que sejam agradáveis a vosso Coração e convertam grande número de almas. — Peço-Vos esta graça pela intercessão de Maria Santíssima. (*III 8.) Referências: (1) Js. 10, 14. (2) Tt. 2, 7. (3) Lc. 10, 16. (LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 134-136)
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Meditações de Santo Afonso de Ligório: Semana de Pentecostes Quarta-feira Necessidade da observância regular para um religioso Fili mi… custodi legem atque consilium, et erit vita animae tuae — “Filho meu… guarda a lei e o conselho, e terá vida a tua alma” (Pr. 3, 21). Sumário. Cumpre observar que a predestinação dos religiosos está ligada à observância da Regra. Quem a transgride habitualmente, muito embora em coisas pequenas, posto que faça muitas outras coisas boas, não progredirá nunca na perfeição e trabalhará sem fruto. Foi por estas transgressões que começou a ruína de tantos que agora vivem fora da Ordem e talvez estão ardendo no inferno. Façamos muito caso da Regra; imaginemos que somente nós a temos de guardar; e se virmos outros faltar à observância, procuremos suprir os seus defeitos. I. São Francisco de Sales escreveu a seguinte célebre sentença: A predestinação dos religiosos está ligada à observância das regras. Quer com isso dizer que o único caminho para a salvação e a santidade para os religiosos é a observância das regras; outro caminho qualquer não os poderia levar a este termo. Um religioso, pois, que habitualmente transgride algum ponto da Regra, nunca se adiantará um passo sequer na perfeição, posto que praticasse muitas penitências e orações, pregasse ao próximo ou fizesse outras obras espirituais. Trabalhará, mas sem fruto, e verificar-se-á nele o que diz o Espírito Santo: “Os que não fazem caso da disciplina, são infelizes e esperam em vão; porque os seus esforços ficarão sem fruto e inúteis serão as suas obras.” (1) Nem serve dizer que se trata de coisas pequenas; porque as prescrições da Regra são todas importantes, e, quando guardadas, conduzem à alta perfeição. Costumava dizer o Bem-aventurado Egídio: “Um leve descuido nos pode fazer perder uma grande graça.” — Não se guardem numa Comunidade os pequenos pontos da Regra, e não será mais um horto de delícias para Jesus Cristo, mas um antro de desordens, confusões e defeitos. Daí resultará afinal o relaxamento da Ordem inteira, porque a falta de observância passará de uma Comunidade para outra, e das transgressões de coisas leves se passará para a transgressão das grandes. Oh! Que satisfação tem o demônio ao ver um religioso que começa a não fazer caso das coisas pequenas! O espírito maligno sabe por experiência que, quando alguém contraiu o hábito de não fazer caso das faltas leves, em breve deixará de fazer caso das faltas graves, relativas aos votos. Nemo repente fit turpissimus, diz São Bernardo. Ninguém se torna de uma vez, de bom que era, um grande celerado; mas os que finalmente caíram nos maiores pecados, começaram com faltas mui pequenas. — Persuade-te de que foi por aí que começou a ruína de tantos confrades teus, que agora vivem fora da Ordem, e quiçá estão ardendo no inferno. O princípio foi o pouco caso das pequenas regras do Instituto: Ipse morietur, quia non habuit disciplinam (2) — “Ele morrerá, porque não guardou a disciplina”. II. Santa Maria Magdalena de Pazzi dava os seguintes três belos conselhos acerca da observância das regras: “Estima as tuas regras tanto como estimas ao próprio Deus; faze como se fosses o único que as tem de observar; e se outros cometem faltas, procura suprir aos seus defeitos.” Imaginemos, meu irmão (minha irmã), que o nosso santo Fundador (a nossa santa Fundadora) nos repete cada dia estes mesmos conselhos, e cada noite, no exame da consciência, perguntemos a nós mesmos, se ele (ela) pode estar satisfeito do modo como naquele dia guardamos a observância exata. — É o que devem fazer especialmente os que tem cargo de Superior, ou estão há mais tempo na Ordem, porque o exemplo destes influi muito no espírito dos mais novos. É esta também a melhor pregação que um religioso possa fazer aos seus confrades, porquanto, como diz Santo Ambrósio, persuadem mais os exemplos que entram pela vista, do que as exortações que entram pelo ouvido: Citius persuadent oculi, quam aures. Meu Deus, sou eu a árvore que já de há muito devia ter ouvido a sentença do Evangelho: Succide illam (3).
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— Cortai aquela árvore, que não produz fruto, e atire-a ao fogo; para que deverá ocupar mais tempo e lugar? Ai de mim! Há tantos anos que abracei a vida religiosa, fui favorecido com tantos dons para ser santo, e até agora que frutos haveis Vós, meu Senhor, colhido de mim? — Vós, porém, não quereis que desespere, senão que confie em vossa misericórdia. Dissestes: Petite et accipietis; buscai e recebereis (4). Já que tanto desejais que peça graças, a primeira que Vos peço é o perdão de todos os desgostos que Vos dei. Deles arrependo-me de todo o coração, considerando que paguei os vossos benefícios com ofensas e amarguras. A segunda graça que Vos peço, é o dom do vosso santo amor e a perseverança no mesmo até à morte. É de sobejo justo que eu ame muito a um Deus que por mim deu o sangue e a vida. Finalmente, a terceira graça que Vos peço, ó meu Jesus, é que me deis força para guardar de hoje em diante cada regra de minha Ordem, por menor que seja, e para este fim renovo os meus votos. Não quero, ó Senhor, que ainda viva em mim a minha própria vontade, mas unicamente a vossa. Fazei-me conhecer pelos meus Superiores o que desejais de mim, e dai-me força para o executar. Protesto que Vos quero obedecer à custa de qualquer sacrifício. — Ó Maria, minha Mãe, falai por mim a vosso divino Filho e impetrai-me a santa perseverança. (*IV 84.) Referências: (1) Sb. 3, 11. (2) Pr. 5, 23. (3) Lc. 13, 7. (4) Jo. 16, 24. (LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 131-133)
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Um mês com Maria | 13° dia – O Escândalo Contra o escândalo Jesus disse palavras terríveis que podia pronunciar: “Quem tiver escandalizado um destes pequenos que crêem em Mim, seria melhor para ele que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho e fosse submerso no fundo do mar. Ai do mundo por causa dos escândalos! É necessário que os escândalos venham, mas pobres daqueles por culpa do qual o escândalo acontece!”(Mt 18,6-7) Por que esta linguagem de Jesus é tão terrível? A resposta é simples: porque o escândalo é pior que o homicídio. De fato, com o escândalo não se atinge o corpo, mas a alma do homem, matando-a. É um verdadeiro homicídio Seja bem vindo para rezar conosco durante todo o mês de maio! Todas as meditações do mês estão disponíveis em nosso site. Compartilhe com seus familiares, amigos! Continue a leitura dessa maravilhosa formação: https://templariodemaria.com/um-mes-com-maria-13-dia-o-escandalo/ Templário de Maria | templariodemaria.com
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"Grande segredo da morte! Ela nos faz ver o que os amantes deste mundo não veem." São Afonso de Ligório
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O Grande Amigo Inimigo Um mês com Maria - 11° dia O Demônio é o grande inimigo do homem.”É o inimigo número um”, dizia Papa Paulo VI. Satanás parece nos inícios do gênero humano, apresenta-se desde o início um homicida, mentiroso e pai da mentira “Consegue fazer cair os nossos antepassados Adão e Eva e se torna o príncipe deste mundo (2 Cor 4,4), acusador dos nossos irmãos (Ap 12,10). Com o pecado original, todo o mundo jaz sob o malígno (I Jo 5,19) e os demônios são dominadores deste mundo tenebroso (Ef 6,12). Continue lendo a meditação de hoje: https://templariodemaria.com/um-mes-com-maria-11-dia-o-grande-amigo-inimigo/ Templário de Maria | templariodemaria.com
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➡️ O Segredo do Rosário “Quando a Santíssima Virgem deu à anunciação do anjo seu consentimento, pediu a Deus vigorosissimamente a nossa salvação; e de tal modo a procurou, que desde então nos trouxe nas suas entranhas como Mãe amorosíssima” (São Bernardino de Sena)
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Então até quando devemos rezar pelos mortos? A resposta: até que a Igreja declare que ela é santa. A não ser que isso aconteça, continue rezando sempre por essas almas. Caso aconteça de esta pessoa ser declarada santa, você pode rezar pedindo a sua intercessão.
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Só chorar por quem morreu não adianta nada. Entenda o que mais você pode fazer pelas almas. Garantir que uma pessoa boa que faleceu já está no Céu é um erro terrível que pode deixar almas abandonadas no Purgatório, sem nenhuma oração, sem nenhum alívio, sem nenhum auxílio. Ninguém sabe a condição da alma de alguém ao falecer e nunca podemos garantir que tal pessoa já está no Céu (porque não tinha pecados) ou no Inferno (porque morreu em pecado mortal, sem arrepender-se). Não podemos desistir de rezar pela alma de alguém que passou sua vida no pecado mortal, pois não sabemos se tal pessoa foi tocada pela misericórdia divina e teve tempo de se arrepender.
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Meditações de Santo Afonso de Ligório: Sexta Semana depois da Páscoa Quinta-feira Festa da Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo Dominus Iesus, postquam locutus est eis, assumptus est in coelum, et sedet a dextris Dei — “O Senhor Jesus, depois que lhes falou, foi assunto ao céu, e está sentado à direita de Deus” (Mc. 16, 19). Sumário. Como a águia ensina os filhos a voarem, assim, no mistério de hoje, Jesus Cristo nos exorta a elevarmos o nosso voo e a acompanhá-Lo ao céu, se não com o corpo, ao menos com nosso afeto. Desprendamos os nossos corações desta terra e suspiremos pela pátria celestial, onde se acha a nossa felicidade: esperando, como diz o Apóstolo, a adoção de filhos de Deus, a redenção do nosso corpo. Entretanto tenhamos sempre diante dos olhos os exemplos da vida mortal do Redentor, e imitemos as suas belas virtudes, em particular a sua humildade e doçura. I. O lugar que competia a Jesus ressuscitado, era o céu, que é a morada das almas e dos corpos bem-aventurados. Quis Jesus, todavia, permanecer quarenta dias sobre a terra, e aparecer repetidas vezes a seus discípulos para os certificar da sua ressurreição e instruí-los nas coisas relativas à sua Igreja: Loquens de regno Dei (1) — “Falando do reino de Deus”. — Tendo desempenhado esta nobre missão, quis o Senhor, antes de deixar a terra, mostrar-se mais uma vez aos apóstolos em Jerusalém; e depois de lhes exprobrar suavemente a sua dureza, por não acreditarem na sua ressurreição, ordenou-lhes que fossem para o Monte das Oliveiras, o lugar onde tinha começado a sua Paixão, a fim de que compreendessem que o verdadeiro caminho para ir ao céu é o dos sofrimentos. Depois, cercado de cento e vinte pessoas, repetiu-lhes mais uma vez o que já lhes havia ordenado, especialmente que fossem pregar o Evangelho pelo mundo inteiro; feito o que o divino Redentor levantou as mãos e os abençoou. Em seguida, como medita São Boaventura (2), Jesus abraça a sua santíssima Mãe e aperta-a contra o coração, anima e conforta os seus discípulos, que, entre lágrimas, Lhe beijam os pés, e com as mãos levantadas e o semblante extraordinariamente majestoso e amável, coroado e vestido como rei, se eleva lentamente ao céu, levando em sua companhia as numerosíssimas almas justas, livradas do limbo. — A esta vista todos os presentes ajoelham novamente e Jesus mais uma vez os abençoa. Afinal uma nuvem subtrai o divino Triunfador à sua vista, e Jesus vai sentar-se à direita do Pai, onde não cessa de ser nosso medianeiro e advogado. Avivemos a nossa fé, e contemplemos o júbilo que a entrada triunfal de Jesus causou no paraíso: alegremo-nos com o nosso divino Chefe, e unamos os nossos afetos aos de Maria Santíssima e dos santos discípulos. II. Como a águia ensina seus filhos a voarem, assim, no mistério de hoje, Jesus Cristo nos exorta a elevar o nosso voo e acompanhá-Lo ao céu, senão com o corpo, ao menos com os afetos. Desprendamos os nossos corações da terra, e suspiremos pela pátria celeste, onde se acha a nossa felicidade: esperando, como diz o Apóstolo, a adoção de filhos de Deus, a redenção de nosso corpo (3). Entretanto, tenhamos sempre diante dos olhos os exemplos da vida mortal do Senhor; imitando a sua humildade e mansidão, o seu espírito de mortificação, a sua caridade e o seu zelo pela glória divina. — Numa palavra, despojamo-nos do homem velho, revestindo-nos das virtudes de Jesus Cristo, que são como que o manto, que, à imitação de Elias, ele deixou para seus discípulos, quando subiu ao céu. Para vencermos todas as dificuldades que se encontram no caminho do Senhor, recordemos muitas vezes a grande verdade que os anjos ensinaram hoje aos discípulos, que, arrebatados, olhavam o céu, para o qual acabava de subir o seu amado mestre: Jesus Cristo voltará um dia à terra com a mesma majestade e glória, como Juiz dos vivos e dos mortos: Sic veniet, quemadmodum vidistis eum euntem in coelum (4).
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Meu querido Redentor Jesus, regozijo-me pelo vosso triunfo glorioso, e rogo-vos que arranqueis de meu coração todo o afeto aos bens miseráveis desta terra, para não suspirar senão pelos do paraíso, que vós merecestes para mim pela vossa paixão. — A mesma graça peço de Vós, ó Pai Eterno. “Concedei-me que, assim como creio firmemente que vosso Filho unigênito e nosso Redentor subiu hoje ao céu, assim possa continuamente morar ali com o meu espírito e os meus desejos.” (5) — Fazei-o pelo amor do mesmo Jesus Cristo e pela intercessão de Maria Santíssima. (*VIII 643.) Referências: (1) At. 1, 3. (2) Med. vit. Chr. (3) Rm. 8, 23. (4) At. 1, 11. (5) Or. festi curr. (LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 102-104)
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Frase de Santo Afonso Maria de Ligório sobre a confiança em Deus https://www.altairfonseca.com/2024/05/07/frase-de-santo-afonso-maria-de-ligorio-sobre-a-confianca-em-deus/
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Ó Deus de minha alma, de hoje em diante não Vos quero mais dar o menor desgosto que seja. Fazei-me saber o que Vos desagrada e nem por todos os bens do mundo quero fazê-lo. Fazei-me saber o que Vos agrada e pronto, estou a fazê-lo. Quero amar-Vos com todas as veras. Aceito, oh Senhor, todas as dores, humilhações, cruzes que me vierem de vossas mãos; dai-me somente a resignação necessária. Hic ure, hic seca, vos direi com Santo Agostinho. Castigai-me nesta vida, a fim de que na outra Vos possa amar eternamente. — Maria, minha Mãe, a vós me recomendo; não deixeis de rogar a Jesus por mim. (II 61.) (LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 99-101)
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Meditações de Santo Afonso de Ligório: Sexta Semana depois da Páscoa Quarta-feira O dia da desilusão Dormierunt somnum suum, et nihil invenerunt omnes viri divitiarum in manibus suis — “Dormiram o seu sono, e nada acharam nas suas mãos todos estes homens de riquezas” (Sl. 75, 6). Sumário. O dia da morte é chamado dia de desilusão, porque nesse dia de verdade, à luz da vela mortuária, se veem as coisas deste mundo bem diferentes do que agora nos aparecem. Se, pois, quisermos avaliar bem as honras, as dignidades, os prazeres, as riquezas, imaginemos estar no leito de morte; contemplemos dali os bens deste mundo e digamos: No fim da vida não se fará caso de tudo isso, mas somente daquilo que nos acompanha para a eternidade: De que serve ao homem ganhar o mundo inteiro? I. Coisa maravilhosa! Quão grande é a prudência dos mundanos no que diz respeito aos bens da terra! Quantos passos não dão para adquirirem tal emprego, tal fortuna! Quantos cuidados para conservar a saúde do corpo! Mas que descuido pelo que diz respeito à alma; para a eternidade nada querem fazer! E no entanto é certo que a saúde, as dignidades, as riquezas devem acabar um dia, ao passo que não tem fim nem a alma nem a eternidade. Mais cedo ou mais tarde chegará o dia da desilusão. Ó Deus, ao clarão da vela mortuária conhece-se a verdade, e confessam os mundanos a sua loucura. Então não há nenhum que não exclame: Ah! Porque não deixei tudo para me santificar! — O papa Leão XI dizia na hora da morte: Melhor fora para mim ter sido porteiro num convento do que papa. Honório III, também papa, dizia igualmente na hora da morte: Antes tivesse ficado na cozinha de meu convento para lavar a louça. Filipe II, rei de Espanha, estando para morrer, mandou chamar o filho, e entreabrindo as vestes reais, mostrou-lhe o peito roído de vermes, dizendo: — Príncipe, vê como se morre, e aonde vêm a parar as grandezas do mundo. Depois exclamou: — Quem me dera ter sido simples frade de qualquer ordem, e não monarca! Ao mesmo tempo mandou lançar ao pescoço uma corda da qual pendia uma cruz de madeira, e tendo disposto tudo para a morte, acrescentou: — Meu filho, quis que estivesses presente a este ato para veres bem como na morte o mundo trata os próprios reis. Quem tiver vivido melhor, achará lugar melhor junto de Deus. Esse filho, depois Filipe III, quando por sua vez estava para morrer na idade de 23 anos, disse: — Meus vassalos, não faleis no meu elogio fúnebre senão no que estais vendo agora. Dizei que na morte de nada serve ser rei, senão para sentir maior tormento de o haver sido. Em seguida exclamou: — Prouvera a Deus que nunca tivesse sido rei, e tivesse vivido num deserto no serviço de Deus! Poderia apresentar-me agora com mais confiança ao seu tribunal e não correria tamanho risco de me condenar. De que servem, porém, tais desejos na hora da morte, senão para maior mágoa e desespero do que não amou a Deus durante a vida? II. Com razão dizia Santa Teresa: Não se deve fazer caso das coisas que acabam com a vida; a verdadeira vida consiste em viver de tal modo que não se tenha de recear a morte. Se desejamos ver o que valem os bens da terra, consideremo-los com os olhos fitos na morte e digamos: as honras, as dignidades, os prazeres, as riquezas acabarão um dia: assim atendamos em nos fazer santos e ricos daqueles bens que nos acompanharão para a eternidade e nos tornarão contentes para sempre. Ah, meu Redentor, padecestes tantos sofrimentos e ignomínias por meu amor, e eu amei tanto os prazeres e bens passageiros deste mundo, que por causa deles cheguei a calcar aos pés a vossa graça. Mas se Vós, quando eu Vos desprezava, não deixastes de me procurar, não posso temer, ó meu Jesus, que me repeleis, agora que Vos procuro e Vos amo de todo o coração e me arrependo mais de Vos ter ofendido do que se tivesse sofrido qualquer outra desgraça.
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— Basta, meu filho, basta, exclama o padre e abre os braços e aperta Riego contra o peito, comovido. — Basta, meu filho, compreendo tudo. Maria Santíssima te salvou pelo Rosário. Dá graças a Deus por Ela e não tenhas mais tristeza por deixar este mundo enganador. Vamos! Um momento de dor e irás ter com tua Mãe da terra e tua Mãe do céu, no Paraíso! Duas Mães te esperam no céu! Parte para o céu meu filho! No dia seguinte Riego subiu ao patíbulo, sereno, resignado, e, depois de haver beijado o crucifixo fora executado. Nossa Senhora, Refúgio dos pecadores, salvara aquela pobre alma pelo seu rosário bendito. E quanto pode o exemplo e a influência de uma boa Mãe! Ó, se as mães soubessem… ORAÇÃO Ó Mãe do santo amor, ó vida, refúgio e esperança nossa! Bem sabeis que vosso Filho Jesus Cristo, não contente de constituir-se nosso perpétuo advogado junto ao Eterna Padre, quis ainda que vos empenhásseis junto a ele para impetrar as divinas misericórdias. Ele dispôs que as vossas orações concorressem para nossa salvação, e deu-lhes tanto poder, que alcançam quanto pedem. Eu, miserável pecador, para vós me volto, ó esperança dos miseráveis. Espero, ó Senhora minha, que, pelos merecimentos de Jesus Cristo e pela vossa intercessão, me hei de salvar. Assim a espero e confio tanto que, se a minha salvação eterna estivesse na minha mão, certamente eu a poria na vossa. Pois mais confio da vossa misericórdia e proteção, que de todas as minhas obras. Mãe e esperança minha, não me desampareis como eu mereço; olhai para as minhas misérias e movei-vos à piedade, socorrei-me e salvai-me. Voltar para o Índice do livro Um Mês com Nossa Senhora (BRANDÃO, Monsenhor Ascânio. Um Mês com Nossa Senhora ou Mês de Maria, segundo Santo Afonso Maria de Ligório. Edições Paulinas 1ª ed., 1949, p. 59-65)
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Meditações de Santo Afonso de Ligório: Sexta Semana depois da Páscoa Terça-feira Infeliz de quem peca contando com o perdão Effugium peribit ab eis, et spes illorum abominatio animae — “Não lhes ficará refúgio, e a esperança deles será abominação de sua alma” (Jó 11, 20). Sumário. Deus suporta, mas não suporta sempre. Quando se encheu a medida dos pecados que Deus quer perdoar, lança mão dos castigos mais formidáveis. Se Deus suportasse sempre, ninguém se condenaria, mas é opinião comum, que a maior parte dos adultos, incluindo os cristãos, se condenam. Infelizes de nós portanto, se pecarmos na esperança do perdão e abusarmos da misericórdia de Deus, para o ultrajar mais! Seremos irreparavelmente condenados para sempre, como se condenaram tantos outros nossos iguais. I. Escreve São Bernardo que a esperança do perdão, que os pecadores têm quando pecam, não atrai a misericórdia de Deus, mas sim a sua maldição. Pelo que São João Crisóstomo nos avisa: Tomai cuidado, porque não é Deus que vos promete misericórdia, mas antes o monstro insaciável do inferno, a fim de que desta maneira pequeis mais livremente. E Santo Agostinho acrescenta: Sperant ut peccent; vae a perversa spe! Ai daqueles que não esperam a fim de que Deus lhes perdoe os pecados de que se arrependem, mas esperam que, ao passo que continuam a pecar, Deus tenha piedade deles. — Quantas almas se não deixaram enganar e se perderam por esta vã esperança! Diz ainda o Santo. Tal esperança é uma abominação aos olhos de Deus: Spes illorum abominatio. Longe de mover o Coração de Deus à misericórdia, irrita-O para castigar mais depressa o culpado, assim como um criado irritaria a seu amo se o ofendesse porque é bom. Diz São Bernardo que Lúcifer foi tão depressa castigado por Deus porque se revoltou com a esperança de não ser punido. O rei Manassés foi pecador; mas converteu-se em seguida e Deus lhe perdoou. Amon, filho de Manassés, vendo o pai tão facilmente perdoado, entregou-se à vida desregrada na esperança do perdão; mas para Amon não houve misericórdia. Diz também São João Crisóstomo que Judas se perdeu porque pecou confiado na clemência de Jesus Cristo: Fidit in lenitate Magistri. Numa palavra: se Deus suporta, não suporta sempre. Se Deus suportasse sempre, ninguém se condenaria. No entanto, a opinião mais comum é de que a maior parte dos adultos, incluindo os cristãos, se condenam: Lata porta et spatiosa via est, quae ducit ad perditionem, et multi intrant per eam (1) — “Larga é a porta e espaçosa a estrada que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela”. Infeliz, portanto, de quem abusa da misericórdia de Deus para o ultrajar mais! Perder-se-á irreparavelmente para todo o sempre. II. Meus irmãos, escreve São Paulo, não vos enganeis; de Deus não se zomba: aquilo que o homem semear, isso colherá (2). O que semeia pecados, não tem a esperar senão os castigos do inferno. Seria zombar de Deus o querer continuar a ofendê-Lo e depois desejar o paraíso. Ai de mim, ó Senhor, que por tantos anos não pensei senão em Vos ofender. Estes anos já se foram, talvez já esteja próxima a minha morte, e que acho em mim senão motivos de tristeza e remorsos de consciência? Quem me dera Vos tivesse servido sempre, ó meu Senhor! Insensato que fui! Já há tantos anos que vivo nesta terra e em vez de adquirir merecimentos para a vida futura, tenho-me carregado de dívidas para com a justiça divina. Meu querido Redentor, dai-me luz e força para ajustar as minhas contas. Talvez a minha morte não esteja longe. Quero preparar-me para o momento que decidirá da minha felicidade ou desgraça eterna. Agradeço-Vos o terdes esperado por mim até agora. Já que me dais tempo para reparar o mal que fiz, eis-me aqui, ó meu Deus: dizei-me o que quereis que eu faça. Quereis, ó Senhor, que me arrependa das ofensas feitas? Arrependo-me, e detesto-as de toda a minha alma. Quereis que empregue os anos ou dias de vida que me restam, em Vos amar? Ah! Quero fazê-lo. Meu Deus, no passado tomei muitas vezes a resolução de o fazer, mas as minhas promessas se tornaram outras tantas traições.
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Mas, meu Jesus, não quero mais ser ingrato depois de tantos favores que me destes. Se agora não mudo de vida, como poderei na hora da morte esperar o perdão e o céu? Agora estou firmemente resolvido a Vos servir com todas as veras. Dai-me força; não me desampareis. Permiti, pois, que Vos ame, ó Deus, digno de infinito amor. Aceitai o traidor que agora arrependido se abraça com os vossos pés, Vos ama e Vos suplica misericórdia. Amo-Vos, † Jesus, meu Deus, amo-Vos sobre todas as coisas, amo-Vos de todo o coração, amo-Vos mais que a mim mesmo. Sou vosso; disponde de mim e de tudo que é meu, segundo a vossa vontade; dai-me a perseverança em Vos obedecer, dai-me vosso amor e depois fazei de mim o que quiserdes. — Maria, minha Mãe, minha esperança e meu refúgio, a vós me recomendo, a vós entrego a minha alma; rogai a Jesus por mim. (*II 77.) Referências: (1) Mt. 7, 13. (2) Gl. 6, 7-8. (LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 96-99)
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Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 144-146)
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Meditações de Santo Afonso de Ligório: Segunda Semana depois de Pentecostes Segunda-feira O corpo na tumba Subter te sternetur tinea, et operimentum tuum erunt vermes — “Debaixo de ti se estenderá por cama a polilha, e a tua coberta serão os bichos” (Is. 14, 11). Sumário. Meu irmão, para ver melhor o que és, aproxima-te de um túmulo. Eis como daquele cadáver sai uma matéria infecta, na qual se gera uma multidão de vermes que se nutrem da carne. Caem as faces, os lábios, os cabelos. E finalmente, daquele corpo nutrido com tanta delicadeza, causa talvez de tantas ofensas do Senhor, não resta nada senão um esqueleto fétido, um punhado de pó. Quantos têm, à vista de um cadáver, deixado o mundo e entrado numa ordem religiosa! I. Para melhor ver o que és, ó cristão, diz São João Crisóstomo: Perge ad sepulchrum — “vai visitar os túmulos”. Vê como esse cadáver se vai tornando de amarelo em negro. Em seguida aparece pelo corpo todo uma penugem branca e repelente. Sai dela uma matéria viscosa e infecta que corre pela terra. Nesse pus gera-se em breve uma multidão de vermes que se nutrem das carnes. Despegam-se e caem as faces, os lábios, os cabelos; e daquele corpo só resta finalmente um esqueleto fétido, que com o tempo se divide, destacando-se os ossos uns dos outros, e separando-se a cabeça do tronco. Redacta quasi in favillam aestivae areae, quae rapta sunt vento (1) — “Como a miúda palha, que o vento leva fora da eira em tempo de estio”. Tal é o homem, um pouco de pó arrastado pelo vento. Onde está aquele cavalheiro, outrora encanto e alma da sociedade? Entra no seu quarto; já lá não está. Se procurares o seu leito, saberás que foi dado a outro. Os vestidos, as armas: outros já tomaram posse delas e as dividiram entre si. Se o queres ver, vai a essa cova, onde jaz em podridão e com os ossos descarnados. Ó Deus! A que estado ficou reduzido o corpo nutrido com tanta delicadeza, vestido com tanta pompa, cercado de tantos servos! Quantos têm, à vista de um cadáver, deixado o mundo e entrado numa ordem religiosa! II. Santos do céu, como haveis sido prudentes, vós que pelo amor de Deus, a quem só amastes na terra, soubestes mortificar o vosso corpo. Agora, vossos ossos são conservados e honrados como relíquias santas em relicários de ouro, enquanto que vossas belas almas gozam de Deus, esperando o dia final em que vossos corpos irão também tomar parte na glória eterna, como tomaram parte na cruz durante a vida. É assim que se ama verdadeiramente o corpo, carregando-o neste mundo de aflições, afim de que seja eternamente feliz e recusando-lhe as doçuras que o tornariam infeliz na eternidade. Aí está, meu Deus, o que deve ser um dia este corpo, pelo qual tanto Vos ofendi, presa dos vermes e da podridão! Mas não me aflijo, ó Senhor, antes me regozijo, de que assim se deve corromper e consumir esta carne, que me fez perder-Vos, ó soberano Bem. O que me aflige é ter-Vos dado tantos desgostos, só para alcançar mais algum prazer. Não quero, porém, desconfiar da vossa misericórdia. Vós esperastes por mim para me perdoar: Expectat Deus, ut misereatur vestri (2). Quereis perdoar-me, se eu me arrepender. Oh, sim! Eu me arrependo de todo o meu coração, de Vos haver desprezado, ó bondade infinita. Dir-Vos-ei com Santa Catarina de Gênova: Meu Jesus, nunca mais pecarei; não, nunca mais pecarei! Não, não quero mais abusar de vossa paciência. Ó meu amor crucificado, não quero esperar para Vos abraçar até que me sejais apresentado pelo confessor no momento da morte. Desde já Vos abraço; desde já Vos recomendo a minha alma: In manus tuas, Domine, commendo spiritum meum (3). A minha alma entregou-se anos e anos ao mundo e não Vos amou: dai-me a luz e a força para Vos amar o resto de minha vida. Não quero, para Vos amar, esperar pela hora da morte; desde já Vos amo, Vos abraço, e Vos estreito ao coração; e prometo nunca mais abandonar-Vos. — Ó Virgem Santíssima, ligai-me a Jesus Cristo, e alcançai-me a graça de nunca mais o perder. (II 8.) Referências: (1) Dn. 2, 35. (2) Is. 30, 18. (3) Sl. 30, 6. (LIGÓRIO, Afonso Maria de.
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“Quem é devoto da Paixão do Senhor, não deixará de sê-lo também das dores de Maria, cuja lembrança nos consolará muito no momento da morte. Oh, que bela meditação, meditar em Jesus Cristo crucificado! Que bela morte, morrer abraçado com Jesus crucificado; morrer de boa vontade por amor de um Deus que morreu por nosso amor.” (2) — Senhor, prometo-Vos que quero seguir os ensinamentos e os exemplos de Santo Afonso; e Vós, pelo amor deste grande Santo, dai-me a graça de Vos ser fiel. — Esta mesma graça peço-a a vós, oh grande Mãe de Deus e minha Mãe, Maria. Referências: (1) Lect. Brev. (2) Passim. (LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 136-139)
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Meditações de Santo Afonso de Ligório: Semana de Pentecostes Sexta-feira Devoção de Santo Afonso à Paixão de Jesus Cristo Mihi autem absit gloriari, nisi in cruce Domini nostri Iesu Christi — “Quanto a mim, livre-me Deus de me gloriar, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl. 6, 14). Sumário. Com muita razão a Igreja chama Santo Afonso contemplador assíduo e propagador admirável da devoção à paixão e morte de Jesus Cristo. Foi este o assunto quase contínuo de suas meditações, de seus colóquios públicos e particulares. Se queremos ser devotos verdadeiros e dignos filhos do santo Doutor, sejamos, à sua imitação, devotos da Paixão de Jesus, façamos dela em todas as circunstâncias o assunto habitual de nossas meditações. I. Com muita razão a Igreja (1) chama Santo Afonso contemplador assíduo e propagador admirável da devoção à paixão e morte de Jesus Cristo. Foi este o assunto mais frequente, ou antes contínuo, de suas meditações; não deixava passar um dia sem percorrer as estações da Via sacra, e a cada instante lançava um olhar sobre o Crucifixo que tinha no seu quarto, acompanhando o olhar de alguma oração jaculatória de amor. — As suas mortificações e penitências eram sempre mais rigorosas nas sextas-feiras do ano; mas aumentava-as quase até ao excesso na Semana Santa, especialmente nos três últimos dias da mesma. Então via-se Afonso silencioso, pálido e triste, como que fora de si e absorto, na contemplação dos mistérios dolorosos da Paixão do Senhor, da qual a Igreja faz então comemoração especial. Para desafogar os afetos de sua devoção e excitá-los também no coração de outros, o Santo falava muitas vezes desta devoção em seus colóquios privados; ensinava-a ao povo em quase todas as suas prédicas, e compôs diversas obras para transfundir à alma de seus leitores as puras chamas de seu amor. — Mais, não contente com isso, quis que todos os pregadores da sua diocese e especialmente os membros de sua Congregação, nunca deixassem de inculcar ao povo a meditação dos sofrimentos de Jesus Cristo. “Nas missões”, dizia o Santo, “são muito úteis os sermões sobre o juízo e o inferno, porque incutem o temor; mas as conversões que provém do temor, são pouco duráveis. Ao contrário, as conversões por meio do amor a Jesus crucificado, são mais fortes e constantes. Quem se afeiçoa a Jesus crucificado, não tem mais medo.” Numa palavra, foi tão grande em Afonso a devoção à Paixão, que não querendo, à imitação do Apóstolo, saber coisa alguma senão a Jesus crucificado, bem podia dizer com o mesmo São Paulo: Mihi autem absit gloriari, nisi in cruce Domini nostri Iesu Christi — “Quanto a mim, livre-me Deus de gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”. Felizes de nós, se soubermos imitá-lo! II. O fruto a tirar de nossa consideração, nos é indicado pelo próprio Santo Afonso, quando diz: “Todas as meditações são boas, mas a que se faz sobre a Paixão de Jesus Cristo é a mais útil. Por isso recomendo-vos que a façais cada dia, ao menos um quarto de hora. Mas não vos detenhais tão somente na superfície; penetrai na humildade, na mortificação e nas penas do Redentor. Fazei com que esta meditação vos seja familiar; e quando virdes cordas, espinhos, cravos, lembrai-vos logo do que Jesus Cristo sofreu na sua dolorosa Paixão; quando virdes uns cordeiros serem levados ao matadouro, pensai, como fazia São Francisco de Assis, que é assim que o inocente Jesus foi conduzido à morte. “Cada um procure ter uma bela imagem do Crucificado, suspenda-a no seu quarto e lance sobre ela de vez em quando um olhar, dizendo: Ah, meu Jesus, Vós morrestes por mim e eu não Vos amo! Se alguém sofresse por um amigo injúrias, golpes e cadeias, ser-lhe-ia muito agradável se o amigo disso se lembrasse e falasse. Assim também agrada muito a Jesus, que nós frequentemente pensemos na sua Paixão. Oh, que consolação nos darão na morte as dores e a morte de Jesus Cristo, se em vida tivermos a miúde e com amor meditado nelas!
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Meditações de Santo Afonso de Ligório: Semana de Pentecostes Quinta-feira Respeito devido à dignidade sacerdotal Ego dixi: Dii estis, et filii Excelsi omnes — “Eu disse: Sois deuses, e todos filhos do Excelso” (Sl. 81, 6). Sumário. É com muita razão que os santos tinham os sacerdotes na mais alta estima. Quanto ao corpo místico de Jesus Cristo, que são todos os fiéis, os sacerdotes têm poder de livrar o pecador do inferno e fazê-lo herdeiro do paraíso. Quanto ao corpo real, é um ponto da fé que, quando o sacerdote consagra, o Verbo eterno desce do céu para esconder-se sob as espécies sacramentais. Oh dignidade sublime!… Procuremos sempre ter grande veneração para com os ministros de Deus, e, sendo sacerdotes, sejamos os primeiros a respeitar o nosso caráter sacerdotal, se desejamos ser respeitados pelos outros. I. A dignidade do sacerdote e o respeito que lhe é devido, dimanam do poder que ele possui sobre o corpo místico e sobre o corpo real de Jesus Cristo. Quanto ao corpo místico, que são todos os fiéis, o sacerdote tem o poder das chaves, isto é, o poder de livrar o pecador do inferno e fazê-lo herdeiro do paraíso. Deus mesmo quis obrigar-se a ratificar a sentença do sacerdote, a perdoar ou não perdoar, conforme o sacerdote absolve o penitente por estar disposto, ou não o absolve. Precede a sentença do sacerdote e Deus a subscreve. Se o Redentor baixasse do céu a uma igreja e se sentasse num confessionário para administrar o sacramento da penitência, e em outro se sentasse um sacerdote: se Jesus Cristo e o sacerdote ambos dissessem: Ego te absolvo “Eu te absolvo”, os penitentes, tanto de um como de outro, ficariam igualmente absolvidos. — Que honra não seria para um súdito, se o rei lhe conferisse o poder de livrar da cadeia a quem quisesse! Mas muito maior é o poder que Jesus Cristo deu a seus ministros: o poder de livrar do inferno não só os corpos, mas também as almas. Quanto ao corpo real de Jesus Cristo, é um ponto da fé que o Verbo incarnado se obrigou a descer às mãos do sacerdote que consagra, sob as espécies sacramentais. Causa pasmo o ouvir que Deus obedeceu a Josué, fazendo parar o sol ao mando dele: obediente Deo voci hominis (1) — “obedecendo Deus à voz do homem”. Mais pasmo, porém, causa o ouvirmos que em virtude de poucas palavras do sacerdote Deus mesmo obedece e vem sobre o altar, ou aonde quer que o chamem, e se põe entre as mãos do sacerdote ainda quando este fosse seu inimigo. Jesus, uma vez vindo, fica inteiramente ao dispor do sacerdote. Toca ao padre, conforme quiser, encerrá-lo no tabernáculo, ou expô-lo sobre o altar, ou levá-lo para fora da igreja, ou tomá-lo para seu próprio sustento, ou dá-lo em alimento aos outros. Ó poder sublime do sacerdote! Ó bondade inefável do Redentor! II. Sendo tão grande a dignidade dos ministros de Deus, tiveram razão os santos em terem para com eles sentimentos da mais alta veneração. São Martinho, convidado à mesa do imperador Máximo, bebeu primeiro à saúde de seu capelão e depois à do imperador. No Concílio de Nicéa, Constantino Magno quis sentar-se no último lugar, depois de todos os sacerdotes e numa cadeira mais baixa. Quando Santo Antão se encontrava no caminho com um sacerdote, dobrava logo o joelho e não se levantava, enquanto não lhe tivesse beijado a mão e fosse por ele abençoado. Santa Catarina de Sena chegou a beijar devotamente a terra que o sacerdote tinha pisado na sua passagem. Meu irmão, seja qual for o teu estado, faze por imitar os santos na sua veneração para com os ministros de Jesus Cristo. Se tu mesmo tens a sorte ditosa de pertencer ao número dos sacerdotes, a fim de ser respeitado dos outros, sê o primeiro a respeitar na tua própria pessoa, bem como na dos próprios colegas, o teu caráter sagrado. Estejam as tuas ações sempre em harmonia com a tua dignidade, e conforme o preceito do apóstolo: “Mostra-te a ti mesmo em tudo um exemplo de boas obras, na doutrina, na integridade, na gravidade. Tua palavra seja sã, irrepreensível, para que o adversário se confunda, não tendo nenhum mal que dizer de nós.” (2)
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Considerando em seguida que é por meio dos sacerdotes que se opera a salvação ou a ruína dos povos, que sobre eles vem a benção ou a maldição, roga com ardor e insiste junto de Deus para que dê à sua Igreja ministros zelosos. É este um dos fins principais porque foram instituídas as Temporas, nas quatros estações do ano. Meu Deus, creio que entre todas as dignidades criadas a do sacerdócio é a mais alta. Creio-o, ó Senhor, e por isso prometo com o vosso auxílio estimar e venerar sempre todos os sacerdotes, por serem os vossos representantes na terra. Proponho também escutar àqueles que me queirais dar por Superiores, assim como escutaria a vossa própria voz, por terdes dito: Qui vos audit, me audit, et qui vos spernit, me spernit (3) — “Quem vos ouve, a mim é que ouve, e quem vos despreza, a mim é que despreza”. Mas Vós, ó meu Deus, dai-me a graça de Vos ser fiel, e dai à vossa Igreja ministros zelosos, que sejam agradáveis a vosso Coração e convertam grande número de almas. — Peço-Vos esta graça pela intercessão de Maria Santíssima. (*III 8.) Referências: (1) Js. 10, 14. (2) Tt. 2, 7. (3) Lc. 10, 16. (LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 134-136)
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Considerando em seguida que é por meio dos sacerdotes que se opera a salvação ou a ruína dos povos, que sobre eles vem a benção ou a maldição, roga com ardor e insiste junto de Deus para que dê à sua Igreja ministros zelosos. É este um dos fins principais porque foram instituídas as Temporas, nas quatros estações do ano. Meu Deus, creio que entre todas as dignidades criadas a do sacerdócio é a mais alta. Creio-o, ó Senhor, e por isso prometo com o vosso auxílio estimar e venerar sempre todos os sacerdotes, por serem os vossos representantes na terra. Proponho também escutar àqueles que me queirais dar por Superiores, assim como escutaria a vossa própria voz, por terdes dito: Qui vos audit, me audit, et qui vos spernit, me spernit (3) — “Quem vos ouve, a mim é que ouve, e quem vos despreza, a mim é que despreza”. Mas Vós, ó meu Deus, dai-me a graça de Vos ser fiel, e dai à vossa Igreja ministros zelosos, que sejam agradáveis a vosso Coração e convertam grande número de almas. — Peço-Vos esta graça pela intercessão de Maria Santíssima. (*III 8.) Referências: (1) Js. 10, 14. (2) Tt. 2, 7. (3) Lc. 10, 16. (LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 134-136)
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