cookie

Ми використовуємо файли cookie для покращення вашого досвіду перегляду. Натиснувши «Прийняти все», ви погоджуєтеся на використання файлів cookie.

avatar

Raphael Machado

Більше
Португалія835Португальська8 981Політика11 311
Рекламні дописи
3 273
Підписники
+124 години
+257 днів
+7530 днів
Час активного постингу

Триває завантаження даних...

Find out who reads your channel

This graph will show you who besides your subscribers reads your channel and learn about other sources of traffic.
Views Sources
Аналітика публікацій
ДописиПерегляди
Поширення
Динаміка переглядів
01
Existe uma ampla massa de pessoas conservadoras no Brasil, as quais apesar dos esforços de engenharia social das elites liberais permanece razoavelmente apegada às próprias raízes. Essa massa tem capacidade de mobilização, tem algum grau de disposição militante até. Ao mesmo tempo, ela tem péssimos representantes, os quais não conseguem transformar essas crenças e opiniões em transformações concretas da realidade brasileira em linha com os valores populares. A noção, defendida por muitos porta-vozes do pensamento único politicamente correto quando da vitória do Lula, de que o "populismo conservador" no Brasil havia acabado, que o futuro político do Brasil seria um caldeirão de Leite, Dória, Amaral e Salabert, simplesmente não se sustenta à luz da realidade objetiva. Aos nacionalistas brasileiros, em vez de medo, decepção, confusão, alienação, etc., cabe saber abraçar esse manancial político fértil para dar um direcionamento produtivo a ele.
1313Loading...
02
Na contramão de muitas expectativas, a adesão a posições conservadores no Brasil não está caindo. Ela aumenta - em uma tendência que é mundial (ou que, pelo menos, afeta os países mais afetados pela democracia liberal e pela globalização, o que inclui o Brasil). Esse crescimento aparece apenas parcialmente em pesquisas de opinião, já que a maioria dos institutos de pesquisa possui viés liberal-progressista (a própria figura do "instituto de pesquisa" tem como finalidade mais influenciar posições do que perscrutar posições). Aliás, já é notório o efeito do "conservador tímido", ou seja, a propensão de pessoas que aderem a posições politicamente incorretas (ou seja, que mesmo que majoritárias, estejam na contramão do "pensamento único politicamente correto" defendido pela mídia de massa) de ocultarem as suas opiniões em pesquisas de opinião. Nenhum instituto de pesquisa "cobre" esse efeito em sua margem de erro, e por isso nos últimos 15 anos a imprecisão nos resultados de pesquisas de opinião, eleitorais ou não, ter se tornado cada vez mais comum. Quando uma Ipsos, por exemplo, que possui um grau bem baixo de confiabilidade (tendo sido até criticada pelo baixo índice de acertos em suas participações em pesquisas eleitorais no exterior), nos diz que 41% dos brasileiros são contrários ao casamento entre pessoas de mesmo sexo (enquanto em 2021 eram 33%), nós podemos já intuir que os números reais são bem maiores, pendendo para o lado iliberal. Então o que pensar das pesquisas que apontam para os 61% de brasileiros contrários ao aborto irrestrito e 67% contrários à descriminalização da maconha? Nessas e muitas noutras pautas o brasileiro está tendendo claramente para a consolidação de posições conservadoras bastante específicas e fortes, em um abandono do indiferentismo apolítico típico de alguns anos atrás. O que parece espantar sobremaneira os sociólogos, cientistas políticos, psicólogos, ou seja, toda a classe dos "entendidos" de torre de marfim, é que o crescimento do conservadorismo é radicalmente maior entre os jovens, e que as gerações mais jovens estão se tornando mais conservadoras que a geração dos seus pais (em alguns países, até mais conservadora que a geração dos seus avós). Não há surpresa aí, também, na medida em que no jovem contemporâneo se encontra, simultaneamente, a maior facilidade de acessar opiniões alternativas em relação ao consenso politicamente correto e, também, uma maior decepção com as quimeras prometidas pela pós-modernidade. O jovem está percebendo a decadência melhor, porque ele já chega em uma realidade bem pior que a de seus irmãos mais velhos e seus pais, que poderiam se encantar com as promessas do hedonismo e do libertarianismo moral. Curiosamente para alguns (mas não para mim), esse aumento do conservadorismo não é acompanhado no mesmo ritmo por um aumento de posições liberais (com a única variação a respeito estando ligada à vitória do Lula, com parte do eleitorado bolsonarista achando melhor que, agora, é melhor "privatizar" pro Lula não "roubar"). Em paralelo, porque não se trata da mesma coisa, há mais brasileiros que se identificam como "de direita" do que "de esquerda", com 22% de "direitistas" contra 11% de "esquerdistas". O salto de direitistas foi de 11% para 22%, enquanto o de esquerdistas foi de 6% para 11%. Ou seja, crescimento nos dois campos, fruto da polarização, mas um crescimento bem maior à direita do que à esquerda. A maioria esmagadora da população segue sendo "centro", "nem esquerda nem direita", mas não deixa de ser conservadora, mesmo quando vota no Lula (como infinitas pesquisas já demonstraram). Poderíamos aqui, também, comentar algo sobre a capacidade de mobilizar manifestantes em eventos, protestos, marchas, etc., nas ruas. Mas penso ser desnecessário fazer comentários específicos sobre aquilo que todo mundo já sabe. O que eu quero apontar com tudo isso é:
1123Loading...
03
Por Que os Trâmites do Tribunal Penal Internacional não me animam? Recentemente começou-se a discutir a emissão pelo Tribunal Penal Internacional de mandados de prisão contra Benjamin Netanyahu, Primeiro-Ministro de Israel, e Yoav Gallant, Ministro da Defesa. Na contramão, porém, do sensacionalismo de algumas mídias de massa, o que houve foi uma declaração pública de que o procurador-chefe do TPI solicitaria mandados de prisão não apenas contra estes dois, mas também contra três lideranças do Hamas. Não há nada de concreto ainda, portanto, exceto por uma declaração pública de intenções da parte de Karim Khan. Essa declaração pública de intenções foi suficiente para que Khan sofresse imensos ataques da parte das autoridades israelenses, sendo chamado de "um dos maiores antissemitas da história moderna". Ele inclusive teria sido ameaçado por um político que lhe disse que o TPI era para "Putin e a África", deixando à mostra que todo o sistema judicial internacional diz respeito a relações de poder, e não a justiça em um sentido concreto. Alguns países, como França e Alemanha, dizem que obedecerão ao Tribunal se o mandado for emitido. Outros, como os EUA, parecem cogitar sanções contra juízes da corte nessa eventualidade. A posição dos EUA não surpreende porque os ianques não aderiram ao Estatuto de Roma, que rege a corte. Mas vários países que aderem ao Estatuto criticaram duramente a hipótese. Bem, o primeiro problema é que o procurador do TPI, ao contrário do que pode parecer à primeira vista, ainda está agindo de uma maneira extremamente favorável a Israel. Em primeiro lugar, porque não apenas iguala o Hamas a Israel, mas ao pretender solicitar 3 mandados de prisão contra a Resistência Palestina e 2 mandados de prisão contra a liderança israelense, claramente insinua maior gravidade e desvalor no campo palestino do que no campo israelense. Hoje, à luz das incontáveis demonstrações de que Israel foi a responsável por pelo menos parcela considerável das baixas civis do 7 de outubro, e que todas as outras narrativas da propaganda sionista (dos bebês decapitados aos estupros em massa) eram falsas, é impossível igualar a operação cirúrgica de comando do Hamas ao bombardeio de saturação organizado por Israel contra Gaza, ao qual se acrescenta a imposição de inúmeras barreiras à ajuda humanitária. A elite sionista só reclama porque o seu excepcionalismo messiânico é incapaz de aceitar mesmo a menor das admoestações. À luz da ideologia supremacista que rege Israel, uma ínfima crítica vinda de autoridades "goyim" já soa como ofensa imperdoável e claro indício de antissemitismo. Em segundo lugar, a proposta de criminalizar Netanyahu e Gallant aponta para um projeto que eu já comentei em outras ocasiões: liquidar politicamente Netanyahu (como se ele fosse o bode expiatório do Yom Kippur) para restaurar o statu quo ante, no qual se dará seguimento à limpeza étnica palestina, mas mais discretamente e lentamente como antes da operação da Resistência Palestina. Netanyahu e Gallant, assim, são os frangos do kaparot, a serem agitados sobre o mundo, de modo que, com isso, possa-se lavar os pecados de Israel, restaurando as suas relações internacionais com o resto dos países do Ocidente. Afinal, a culpa toda era de Netanyahu, ele já não existe mais, estamos limpos de seus pecados! O problema, como sabemos, é que a totalidade do governo Netanyahu participa no genocídio palestino, bem como a maior parte da oposição e as principais lideranças religiosas do país, para não falar em empresários, influenciadores, jornalistas, etc. Ora, as próprias pesquisas de opinião israelenses apontam que a maior parte dos israelenses apoia as atrocidades cometidas por seu país em Gaza e uma parcela considerável acredita, inclusive, que Netanyahu estaria "pegando leve".
1 17411Loading...
04
A elite israelense, ademais, já deixou claro que não pretende se desviar do próprio rumo. Israel seguirá com a operação em Rafah e dará sequência à limpeza étnica do povo palestino. Recordemos: até agora, nenhuma sanção foi imposta a Israel e Israel segue participando tranquilamente em todos os grandes eventos e cúpulas internacionais. Nada disso surpreende aqueles que sabem que Israel age não conforme cálculos econômicos, mas uma moldura mental messiânica e escatológica, infelizmente apoiada em falsas premissas. As tímidas ações desdobradas no plano internacional, de um punhado de retirada de embaixadas a uns poucos reconhecimentos da estatalidade palestina, servem para ocultar o fato de que, até agora, nenhum passo dado em relação a Israel representou uma mudança drástica e irreversível no status quo da entidade sionista no plano internacional. É importante, também, apontar, que nessas controvérsias atuais em torno a Israel e no que concerne a obediência ou desobediência ao TPI entra em jogo a distinção entre unipolaridade e multilateralismo (não confundir com multipolaridade!). Os EUA (que, não obstante, já tentavam tomar distância em relação a Netanyahu, sem poder abandoná-lo por causa da influência desproporcional do lóbi sionista) questionam o TPI porque o mesmo pode servir como entrave para o seu excepcionalismo unipolar, o qual aponta para a centralização do poder decisório planetário na América do Norte. E a essa perspectiva se opõe a linha daqueles que, no lugar da hegemonia unipolar dos EUA, querem erguer uma burocracia transnacional planetária descentralizada e desterritorializada, centrada na ONU mas estendendo-se pelos organismos internacionais associados e paralelos que se pautam pelo mesmo cosmopolitismo humanitarista liberal. Os Estados, nessa circunstância, se seguirem existindo, será apenas como cascas vazias, sombras daquilo que haviam sido outrora, totalmente privados de soberania e do poder decidir sobre si, para si e em conformidade consigo. Se a perspectiva estadunidense nesse tema representa uma forma avançada de um imperialismo cosmopolita, a perspectiva tipicamente euro-ocidental representa precisamente a tendência globalista de liquefação das soberanias nacionais. Esse Tribunal, recordemos, condenou Putin e a Rússia precisamente por seu papel de lançar um desafio fatídico ao "Fim da História" (sobre o qual a única discussão possível era o grau de centralização/descentralização - o Fim da História seria americanocêntrico ou "multicultural"?), construindo as condições necessárias para a ascensão das civilizações como sujeitos da política internacional. Um feito que rascunha um horizonte futuro que não combina com tribunais internacionais que julgam com base na pseudo-religião dos direitos humanos.
1 25012Loading...
05
https://youtu.be/8TKIPvKe2U4?si=RNBYVrvaUcbCphw3 Aldo Rebelo recentemente tem sido bastante atacado por esquerdistas e direitistas. O que todos esses ataques têm em comum e qual é o medo que se oculta por baixo desses ataques?
2 12710Loading...
06
https://noticiaspia.com/podria-ucrania-recurrir-al-terrorismo-contra-objetivos-rusos-y-prorrusos-en-todo-el-mundo/ A PIA Global veiculou o meu artigo sobre a possibilidade de ataques terroristas ucranianos contra alvos russos e pró-russos ao redor do mundo.
2 6355Loading...
07
https://www.youtube.com/watch?v=Ya9P6Lhjrcg Estive há alguns dias na TV argentina, no Canal Extra, para comentar sobre a troca de farpas entre Elon Musk e Alexandre de Moraes. Apareço entre os minutos 6:18 e 25:55. Recomendo o programa como um todo também.
3 0624Loading...
08
https://youtu.be/WgB8b85C-Lo?si=Bf-dPdIps9DH91OI Nos últimos meses, números cada vez maiores de influenciadores de esquerda têm se dedicado a atacar Enéas Carneiro. Por que isso acontece?
1 0747Loading...
09
O brasileiro continuará esperando a figura do "líder", do "chefe messiânico", o único homem apto a solucionar todos os nossos problemas e a afastar o "Diabo". Mesmo quando Lula e Bolsonaro estiverem mortos, o máximo que acontecerá é um período em que o brasileiro verá a política de maneira morna ou se despolitizará temporariamente - enquanto aguarda um novo Dom Sebastião. Isso significa que a única tarefa política relevante para o futuro é a capacidade de "captar", "perceber" a emergência desse tipo de figura para ajudar a prepará-la para que ela possa, efetivamente, cumprir a sua missão histórica. Não se pode brigar com o fluxo do rio, deve-se tentar canalizá-lo. Institucionalmente, ademais, isso significa que o Brasil precisa de uma reforma que transforme o nosso sistema de um arremedo de "sistema político autorregulatório franco-britânico de pesos e contrapesos", resgatando o Poder Moderador como encarnação político-jurídica desse anseio brasileiro (e ibero-americano) por um líder dotado de poderes milagrosos. E o "milagre", no âmbito político-jurídico, consiste precisamente na possibilidade de tomar decisões autônomas supralegais.
4747Loading...
10
O filósofo argentino Alberto Buela identifica um dos elementos fundamentais de um Ser ibero-americano (ou seja, um fundamento do nosso essenciamento enquanto civilização) naquilo que ele chama de "sentido hierárquico da vida". Ele descreve esse fator como uma espécie de intuição da realidade como uma totalidade fundada em valores absolutos que dispõem os entes de maneira piramidal, com o inferior em uma posição de necessidade em relação ao superior. Uma frase do Quixote, recordada pelo filósofo Carlos Xavier Blanco, chama aí a atenção: "Que bom vassalo seria se tivesse um bom senhor!" Buela não costuma escrever muito sobre o Brasil; ele tem um imenso conhecimento da filosofia argentina, e usualmente oferece alguns bons comentários sobre outros elementos ibero-americanos. Mas acho que essa percepção certeira se aplica perfeitamente também ao Brasil, e me parece reforçar, para além de divagações históricas sobre conflitos que ninguém mais recorda, o pertencimento do Brasil à América Ibérica enquanto civilização. O povo brasileiro é um povo que, por natureza (o que significa, também, que quando não é "ocidentalizado"), tem um forte senso de hierarquia, inclusive aceitando muito bem o ter que obedecer e seguir. O "igualitarismo" é um fetiche das nossas classes letradas cosmopolitas. O brasileiro não acredita em igualdade. Naturalmente, não é por saber seguir e até mesmo ansiar por um "senhor" que o brasileiro será sempre ou usualmente um "bom servo", porque o brasileiro também é desobediente. Mas não por achar que não deveria servir, e sim por preguiça ou negligência. É claro, como nem todo mundo está na base, "mandar" também é algo que vem muito naturalmente para os brasileiros que intuem corretamente estarem acima na pirâmide. Existem homens que estão em determinadas posições e que esperam uma deferência que corresponde a essa posição, mesmo que não tenham cargo público - e esperam e recebem isso com naturalidade. Hoje em dia, no Brasil, ainda existem "senhores" cujas mãos são beijadas por seus inferiores (que não o fazem diante de câmeras), e esses "senhores" não se acanham - como se acanharia alguém que, por natureza, é subalterno diante de uma "dignidade" da qual sente ser indigno. Para quem não está conseguindo "situar" bem aquilo que estou descrevendo, basta recordar certos "barões" do Centrão político, especialmente aqueles que são "fidalgos" (no sentido literal do termo, ou seja, "filhos de alguém"). Quando se fala no "caudilhismo" como parte da identidade política brasileira e ibero-americana é disso que se está falando. Em determinadas circunstâncias, quando há uma sincronia interior entre uma liderança carismática e uma parte das massas, a obediência, que em outras circunstâncias era preguiçosa e negligente, torna-se obediência fanática, culto sebastianista a um messias político, não raro visto como dotado de poderes alquímicos e taumatúrgicos. O "chefe" é puro, mas cercado de inimigos; por sua vontade (e apenas por sua vontade - não por um "sistema", "plano", "projeto", "equipe técnica", etc.), tudo aquilo que é maligno, vil e corrupto será tornado bom. É quase como o "Rei Pescador" do mito europeu, cuja doença significa pobreza e infertilidade, e cuja recuperação significa colheitas fartas, ventres férteis, clima benéfico, harmonia social, etc. Essa sincronia é, às vezes, tão profunda que se torna praticamente ritualística e extática durante os comícios, em que comparecem precisamente aqueles seguidores mais "possuídos", mais "preenchidos" pela mística carismática do caudilho. O que isso tudo significa é que discursos anarquistas sobre "povo salvando a si mesmo", ou "não precisamos de líderes, mas de educação", cairão em ouvidos surdos e só terão ressonância por aqui nas condições em que se opere uma imensa engenharia social que "desnature" o brasileiro por meio de sua ocidentalização.
3 08915Loading...
11
O fio da mineração, porém, vai se estendendo até o homem mais rico do Congo, o bilionário israelense dos diamantes, Dan Gertler. Ex-traficante de diamantes atuando na Guerra Civil da Libéria, Gertler chegou ao Congo durante o governo de Kabila prometendo armas em troca do monopólio sobre as exportações de diamante do país. Como senhor dos diamantes no Congo, Gertler usava trabalho escravo, inclusive infantil, e intermediava o acesso de multinacionais mineradoras estrangeiras às riquezas minerais do Congo. De fato, alguns relatos colocam Gertler como controlando 12% do mercado mundial de cobalto. No Congo, Gertler também controlava a maior parte da extração do petróleo. Assim que Kabila foi derrotado por Félix Tshisekedi, atual Presidente da RDC, porém, Gertler começou a ter problemas no país. Aparentemente, o Presidente Tshisekedi queria retomar pelo menos parte das riquezas e recursos expropriados do país. É importante ressaltar que Tshisekedi se aproximou imediatamente da Rússia e está utilizando combatentes do Grupo Wagner para finalmente liquidar as insurgências separatistas e rebeldes que ainda atuam em seu país, incluindo uma versão local do ISIS. É assim que, em 2019, Yossi Cohen, Diretor do Mossad, visita o Congo 3 vezes, acompanhado de Dan Gertler. Não se sabe o que ele foi tratar, mas na terceira vez Cohen é expulso e deportado do Congo por ordem de Tshisekedi. Mas ressalta-se que na segunda visita de Cohen ao Congo, um avião presidencial explodiu, matando vários funcionários e assessores de Tshisekedi, que havia embarcado em um outro avião. Recentemente emergiu a informação de que Tshisekedi havia feito um acordo com Gertler por meio do qual o Congo receberia de volta 2 bilhões de dólares, além de inúmeras propriedades e direitos, o que inclui campos de petróleo e pelo menos parte de suas minas. Esse acordo, claramente, não deve ter sido do agrado de Gertler. Não se devolve tamanhos montantes de dinheiro e propriedades de livre e espontânea vontade. Assim, talvez não seja casual que Malanga foi filmado há alguns meses em Israel, acompanhado de soldados das FDI sionistas com Benjamin Reuben, o mercenário -que segundo algumas fontes não confirmadas havia, no passado, trabalhado para Cohen e Gertler. Malanga, que está morto, provavelmente conseguiu o financiador de sua aventura militar em Gertler e em Israel, que também deve ter sido uma das principais fontes de mercenários de sua empreitada. Não funcionou.
3 36332Loading...
12
A Tentativa de Golpe no Congo e os Possíveis Interesses Oligárquicos Sionistas Como todos sabem, no último final de semana, tentou-se um golpe de Estado na República Democrática do Congo, com uma invasão do palácio presidencial por homens armados liderados por um Christian Malanga. O presidente não estava no palácio, e apesar dos vídeos de TikTok do grupo rebelde, os militares congoleses rapidamente suprimiram a tentativa, capturando a maioria e matando o líder. Mas há muitos outros detalhes interessantes no caso. Apenas inicialmente, chama a atenção o fato de que apesar do que pode parecer à primeira vista, não se trata de uma tentativa de golpe militar. Malanga não era militar da ativa e não há indício de que qualquer um de seus homens fosse militar. Eles, ademais, eram acompanhados por um grupo de mercenários ocidentais, que pareciam ser liderados por um Benjamin Reuben-Zalman, de origem israelo-americana. A partir daí, túneis de possibilidades e conexões vão se abrindo. A figura de Christian Malanga chama a atenção por suas conexões internacionais. De origens razoavelmente irrelevantes, Malanga foi morar nos EUA como refugiado ainda na adolescência e lá recebeu parte de sua educação. Anos depois, ele funda uma ONG (Friends of America) e retorna ao Congo para prestar serviço militar e abre uma empresa; então tenta a sorte como político, mas fracassa e recusa um cargo governamental. Ele então retorna para os EUA, onde funda um partido político congolês...sediado e registrado apenas nos EUA. A partir daí, a sua carreira é meteórica e alcanças os pináculos do poder nos EUA e na Europa. Malanga, que deseja restaurar o Zaire, começa a frequentar os circuitos das ONGs e cúpulas internacionais. Ela começa como embaixador na "Mesa da Liberdade Religiosa Internacional", um evento de um conglomerado de ONGs religiosas ligadas ao Partido Republicano que atua para a proliferação do neopentecostalismo dispensacionalista e que faz lóbi contra países que tentam barrar a invasão ou expansão neopentecostal. Daí, ele é selecionado para o "Programa de Líderes Africanos", sendo enviado para a Geórgia, onde ele é treinado nos temas de "anticorrupção", "privatizações", "austeridade fiscal" e outros temas semelhantes. Curiosamente, a sua esposa Lucile Malanga estaria vivendo ainda na Geórgia. O elemento, então, repentinamente se declara o Presidente-em-Exílio da República do Zaire, em 2017, e começa a se articular. Ele aparece em muitas entrevistas e artigos de mídias ocidentais, sempre que elas querem começar sobre o Congo, especialmente quando da vitória eleitoral de Félix Tshisekedi - até mesmo no Financial Times! Nesses artigos, Malanga acusa a Rússia de estar assumindo o controle sobre o Congo. É interessante, porém, que desde 2021 a mídia patriótica suazilandesa/essuatini denuncia os vínculos entre Christian Malanga e a Fundação Príncipe Sicalo, uma ONG criada pelo Ministro da Defesa de Essuatini (antiga Suazilândia), o Príncipe Sicalo. Malanga seria um dos principais financiadores da Fundação, em uma relação que seria para mútuo benefício. Sicalo acreditava que o Rei Mswati III morreria em breve, e queria um exército privado para garantir o próprio trono - com mercenários recrutados por Malanga, do mundo todo. Esses mercenários acumulados em Essuatini, por sua vez, seriam eventualmente usados por Malanga para tomar o poder no Congo. Isso é comentário em Essuatini desde 2021, como eu falei. E de fato veio a acontecer agora. Agora bem, aí entram conexões econômicas mais profundas que conduzem bastante longe. Porque Malanga e Ben Reuben eram sócios de empresas de mineração na própria Essuatini e também no Moçambique, onde eles estariam operando essas empresas (as quais, revelou-se, não teriam licença ou autorização).
3 28929Loading...
13
https://www.youtube.com/watch?v=MtDxGCU9zNY Em alguns minutos estaremos com o jornalista Kim Paim para conversarmos sobre o Combate às ONGs e iniciativas legislativas a respeito.
3 3249Loading...
14
https://www.dailymotion.com/video/x8yx3x8 Estive hoje na Telesur, no Programa El Mapa, para comentar um pouco sobre eleições europeias e o papel da direita neoconservadora lá e aqui.
3 2934Loading...
15
O que é totalmente diferente de Anitta, de Farofa da GKay, da legislação progressista pós-moderna, dos impulsos na direção da pedofilia, da misandria, do abortismo, da extinção do "homem" e da "mulher" enquanto categorias fundamentais, da incontinência sexual permanente típico do favelismo cultural, etc.
9968Loading...
16
A ideia de que o "dionisíaco", elemento central do Ser do Brasil, pode ser resumido simplesmente a esbórnia, promiscuidade, orgia, sexualidade indefinida ou "transgressora" e que a nossa identidade fundamental encontramos, por exemplo, nessas manifestações tal como elas aparecem especialmente na camada lumpem de nossa população é um desvio de entendimento em relação ao significado do "dionisíaco". Isso não significa que a dimensão do êxtase e da carnalidade não existam em Dioniso, mas ela é parte de algo mais profundo, ela é a expressão externa de um mistério interior. Esse mistério é o da transcendência imanente, ou seja, da presença do sublime na materialidade, da encarnação do incriado no criado, do encontro entre Céu e Terra no ponto intermediário do horizonte, a manifestação da luz em meio às trevas, do movimento, do devir, da transitoriedade. É por isso, por exemplo, que filosoficamente, Aristóteles é dionisíaco. Ele lida com o manifesto, com o que está expresso e posto enquanto tal, ou seja, com os entes em suas interações, movimentos e manifestações. Mesmo o "Ser" de Aristóteles é tão somente o "ser do ente" como aquilo que une os entes, e nada além. É o que o distingue de Platão enquanto filósofo apolíneo. No mesmo sentido, Cristo é uma das máximas expressões do dionisíaco, como Deus-homem, absoluto-limitado, imanifesto-manifesto, eterno-histórico. E boa parte do culto cristão é dionisíaco. A Eucaristia, como ato de devorar o corpo do Deus-homem e beber o sangue do Deus-homem, é uma espiritualização da carne. Todos os elementos da Paixão de Cristo, da tortura à descida ao inferno constituem elementos dionisíacos, tal como os elementos que aludem nos cultos cristãos, ao sofrimento e ao martírio. Naturalmente, o elemento do "excesso" também é um outro elemento do dionisíaco, em que o erotismo e a embriaguez apontam para um esforço de libertação através do êxtase. Mas nada disso se confunde nem com a pornificação social generalizada, tampouco com a dissolução generalizada das normas e tabus, e menos ainda com o afundamento do país na indistinção orgiástica permanente ou semipermanente. Se o Carnaval tem uma dimensão sagrada essa dimensão está atrelada ao fato do Carnaval ter início, meio e fim, porque no final, a Luz, o Sol e a Ordem triunfam. O Carnaval permanente, ou seja, o êxtase estendido é uma pulsão de morte cibelina, em que Dioniso é castrado e torna-se escravo eunuco da Grande Mãe. Assim, o dionisíaco brasileiro encontramos não exatamente na "Farofa da Gkay" e em fenômenos escatológicos e grotescos semelhantes (especialmente quando eles são tornados "norma", normalizados, publicizados, tornados onipresentes), ou pelo menos não principalmente nesses elementos, mas no próprio fato já posto da mestiçagem, na espiritualidade dramática e sofredora típica do brasileiro, no misticismo telúrico do sebastianismo (expresso, inclusive, em figuras como o Lula), na alternância entre excesso e penitência, na malandragem, na tolerância limitada (aceita-se muita coisa, mas não tudo), no carpe diem da preguiça, no "deixa pra lá" e no "deixa disso", e em um humor que desconhece limites, ao mesmo tempo que, também, na violência repentina e explosiva, nas relações familiares complexas e conturbadas, não raro hipócritas. Tal como eu, antes, mencionei o Lula, poderia mencionar também o Itamar Franco, o Paulo Maluf ou o Pedro I como figuras que expressam certos aspectos do dionisíaco. O dionisíaco, portanto, não é a abolição da moralidade pública, mas o vai-vém do pecador penitente, do homem que alterna entre ceder ao vício e buscar o ascetismo, e mesmo a coragem de todo aquele que tenta manter acesa uma chama de pureza em meio à escuridão. É o encontro entre a perfeição e a imperfeição. A conversão sincera do criminoso, o delicioso churrasco de domingo, a reconciliação entre a vítima de violência doméstica e o seu algoz/amado, o amigo abstêmio que acompanha os seus ao bar, a idosa que vira Santo Antônio de cabeça para baixo, o exu, uma roda de samba, tudo isso é dionisíaco.
1 00414Loading...
17
https://youtu.be/tRdSpKRBTcA?si=ZQPMpROiwPEz58hX Acabou o mandato presidencial de Volodymyr Zelensky. O que isso nos diz sobre sua legitimidade e sobre a legalidade de sua permanência no poder na Ucrânia?
3 2335Loading...
18
https://youtube.com/live/V2zETCE6TbQ Em alguns minutos estarei no Geoforça para comentar de todos os acontecimentos dos últimos 7 dias.
3 8265Loading...
19
O Brasil faz bem em não ir à farsa da "cúpula da paz" na Suíça, mas deveríamos ir além e dizer que "o rei está nu". A Ucrânia não existe, não passa, a partir de hoje, de uma ficção mais irreal até que a República do Kosovo. Quanto ao cidadão Zelensky, a ampulheta continua escorrendo e seria mais sábio da parte dele pedir asilo político na própria Rússia.
3 45314Loading...
20
A Ucrânia não tem mais Presidente ou governo O mandato presidencial de Volodymyr Zelensky como Presidente da Ucrânia terminou ontem, 20 de maio. Contrariando as expectativas de sua população e apesar do seu país não estar em guerra (não houve declaração de guerra, tampouco ruptura de relações diplomáticas ou mesmo comerciais com a Rússia), o tiranete cocainômano da Cazária cancelou as eleições ucranianas por tempo indeterminado. Com o seu mandato tendo terminado, a realidade é que tanto Zelensky quanto a Ucrânia como um todo encontram-se em um limbo jurídico, especialmente da perspectiva do Direito Internacional. Até porque, ele tampouco reorganizou o status quo em um novo sistema político que prescinda de eleições. As eleições continuam existindo juridicamente, elas continuam sendo necessárias e obrigatórias, mas elas não foram realizadas - e ainda assim Zelensky permanece como Presidente. Pela ciência política clássica, Zelensky é um ditador, já que o ditador é aquele que suspende a normalidade constitucional para encarnar de forma absoluta a soberania através de decisões ad hoc. O fato da Constituição Ucraniana prever a suspensão de eleições durante lei marcial não altera o fato de que ela deixou um vácuo quanto à possibilidade de extinguir as eleições por meio de prorrogações infinitas da lei marcial. Mas essa ditadura é, especificamente, uma tirania (na ciência política ditadura e tirania não são sinônimos) porque Zelensky governa contra o povo, sequestrando cidadãos para enviá-los, sem treinamento e com poucas armas para o front, e isso enquanto adquire propriedades no exterior e faz amplo uso de drogas. Na prática, Zelensky está vivo por mera tolerância dos principais atores geopolíticos envolvidos e por ser fortemente guardado contra os grupos políticos internos. Agora que Zelensky não tem mais mandato, porém, pode ser mais difícil garantir que Zelensky continue dotado da mesma autoridade que antes. O mandato dava a ele um certo verniz de legalidade; agora, sem o mandato, trata-se pura e simplesmente de poder bruto e armado, e o poder bruto e armado privado de legalidade e de legitimidade só dura até surgir um poder bruto mais armado. Isso se aplica, aliás, a toda a classe político-burocrática ucraniana que se renova através das eleições. Dos ministros (e dos cargos comissionados dependentes dos ministros) até os deputados, todas as principais autoridades ucranianas deixaram de existir enquanto tais. A Ucrânia tornou-se, portanto, uma grande zona cinzenta, um buraco negro político-jurídico em que nada é "certo". O país tornou-se como o território do Estado Islâmico ou como qualquer zona controlada pelo narcotráfico, com autoridades obedecidas na medida da crença no seu monopólio da violência, e nada além. Agora bem, interpretemos isto a partir da perspectiva russa. Os ucranianos continuarão bombardeando território constitucional russo e assassinando civis, sem que estejam amparados por qualquer Estado e por qualquer autoridade legítima. Qual seria, precisamente, a diferença entre isso e uma organização terrorista? Qual seria o impedimento para que a Rússia executasse com um ataque de drones o Cidadão Zelensky, sem cargo, mas ordenando bombardeios contra civis russos? A única garantia é que a Rússia não negociará mais qualquer paz com Zelensky, já que ele não existe politicamente, é apenas um cidadão privado. Seria como se Assad negociasse com Al-Baghdadi na época no auge da guerra síria. A partir da perspectiva brasileira, por sua vez, é absurdo que o Brasil siga tratando a Ucrânia como um país existente quando trata-se, hoje, apenas de um "território" baldio, privado de Estado, carente de qualquer tipo de governo e, portanto, de autoridades legítimas. Não faz sentido nem mesmo mantermos aberta a Embaixada Ucraniana no Brasil porque um embaixador deriva a sua autoridade do Chefe de Estado e responde ao Chefe de Estado. O que é um embaixador, portanto, de um território que não tem Chefe de Estado?
3 67026Loading...
21
Os países que mais se opõem ao globalismo hoje e que são mais odiados por George Soros: 🇷🇺Rússia; 🇮🇷 Irã; 🇨🇳 China; 🇧🇾 Belarus; 🇸🇾 Síria; 🇻🇪 Venezuela; 🇰🇵 Coreia do Norte; 🇵🇸 Palestina; 🇾🇪 Iêmen; 🇭🇺 Hungria; 🇲🇲 Myanmar; 🇮🇳 Índia; 🇧🇫 Burkina Faso; 🇲🇱 Mali; 🇳🇪 Níger; 🇨🇺 Cuba.
1 22528Loading...
22
https://www.youtube.com/watch?v=OxF6jW7kzvM Dois termos muito usados nas relações internacionais contemporâneas, como se fossem sinônimos, são multipolaridade e multilateralismo. Mas será que são realmente a mesma coisa?
3 3155Loading...
23
Conservadores liberais no poder (a direita brasileira) não fazem absolutamente nada para avançar com as pautas pelas quais o povo brasileiro vota neles, ou seja, as pautas conservadoras propriamente ditas. E isso por uns motivos bastante óbvios: Em primeiro lugar, porque "problema resolvido" é problema que não pode ser instrumentalizado no período eleitoral. É problema que não pode ser objeto de agitação. É problema que não pode ser usado para impugnar o inimigo. Tudo que está ruim tem que continuar ruim para que possamos chegar ao poder e, depois, para que possamos permanecer no poder. Ademais, é duvidoso se os conservadores liberais conseguiriam resolver qualquer um desses problemas mesmo que quisessem. Essas figuras políticas, de modo geral, carecem do traquejo e da técnica para negociar pautas, para transigir, para sentar com o Lula e fazer combinações mutuamente vantajosas, para usar o Centrão ao seu favor, etc. E aí, nesse sentido, entende-se os motivos pelos quais uma boa parte do povo brasileiro sentiu a necessidade de "renovar" a elite política brasileira - mas ela tão somente colocou no lugar da "velha elite" uma nova elite imberbe de influenciadores virtuais, pornógrafos, golpistas e especuladores, os primeiros que vieram "à cabeça" na hora de voltar e também o próprio catálogo de "notáveis" dos nossos tempos. Em segundo lugar, o problema é que esses conservadores liberais carecem do arcabouço intelectual necessário para entender o mundo contemporâneo e as pautas progressistas. Eles não sabem de onde elas vêm, tampouco qual é seu objetivo, ou mesmo quem está por trás delas. Em geral, o liberal-conservador se posiciona diante dessas pautas com uma intuição mais ou menos "animal" de que "é ruim porque é ruim". E, de fato, essas pautas são todas negativas, mas sem o entendimento consciente de sua essência nada pode ser feito contra elas. No máximo consegue-se atacá-las na superfície, sem afetar as suas raízes. Na prática, a Quarta Teoria Política é hoje o único construto político-filosófico que consegue articular bem o sentido dessas pautas, como elas se vinculam com outras realidades políticas, econômicas e sociais mais gerais e para onde elas estão apontando no plano global; e, portanto, por enquanto, só quem domina a "caixa de ferramentas" da Quarta Teoria Política tem conseguido se posicionar de maneira precisa sobre o mundo contemporâneo e seus fenômenos mais típicos.
3 58628Loading...
24
Ebrahim Raisi: Retrato de um Herói Morto, aos 63 anos, em circunstâncias misteriosas após o a queda do seu helicóptero, Ebrahim Raisi viveu uma vida dedicada à Revolução Iraniana e ao seu aprofundamento. Com apenas 19 anos durante os eventos da queda da tirania Pahlavi, Raisi logo tornou-se procurador, função na qual ele atuou como o martelo zeloso da justiça revolucionária. Em 1988, após 7 anos de atentados terroristas incessantes por parte da organização terrorista neomarxista "Mujahideens do Povo" (a qual participou na queda da tirania Pahlavi, mas logo traiu a Revolução querendo o poder apenas para si e boicotando a nova Constituição), que assassinou um presidente, um primeiro-ministro, alguns deputados, ministros e vários outros cidadãos, Raisi teria sido nomeado, aos 28 anos, para participar de um "Comitê" responsável por liquidar, fazendo uso de poderes excepcionais, os membros da organização subversiva em questão e seus colaboradores. Assim, Raisi teria ajudado a livrar o Irã de alguns milhares de terroristas e subversivos, colaborando para garantir a segurança, a estabilidade e a desocidentalização do seu país. Depois, ao longo dos anos 90, Raisi foi ascendendo na hierarquia do país especificamente através do Judiciário, tendo ocupado cargos como Vice-Presidente da Corte Suprema e Procurador-Geral da República, se alinhando politicamente à ala principalista dos tradicionalistas, sem jamais, porém, abandonar o realismo pragmático. Tendo se tornado Presidente do Irã em 2021, Raisi fortaleceu as posições das Forças Armadas e da Guarda Revolucionária no governo; foi o responsável por voltar a impulsionar o programa nuclear iraniano e por conduzir a economia iraniana com um enfoque em contornar as sanções; ele também fez grandes investimentos em obras de infraestrutura, no setor agrícola, na indústria militar e diversos outros. Mais importantemente, Raisi suprimiu com maestria as tentativas de desestabilizar o país por meio de revoluções coloridas. A sua condução da política externa também foi excelente, contando com o apoio do Ministro de Relações Exteriores Hossein Amir-Abdollahian, também falecido na mesma ocasião. Entre as suas conquistas nesse âmbito estão: 1) Integração do Irã nos BRICS; 2) Integração do Irã no Pacto de Xangai; 3) Reconstrução dos laços diplomáticos com a Arábia Saudita (com intermediação da China); 4) Aliança multinível com a Rússia, apoiando-a na operação militar especial na Ucrânia; 5) Ativação do Corredor de Transporte Internacional Norte-Sul, ligando a Rússia à Índia; 6) Aumentou a integração do Irã com o Iraque e a Síria; 7) Suporte para as forças militares do Eixo da Resistência, impulsionando o combate ao terrorismo wahabi e a Israel; 8) Iniciativas de pacificação e estabilização do Afeganistão, buscando uma parceria com o Talibã; 9) Integração do Irã na Nova Rota da Seda. Em outras palavras, sob Raisi o Irã deu um importante salto na direção da multipolaridade, como um dos seus principais pilares - o núcleo ao redor do qual gira o Oriente Médio. O Irã continuará em sua marcha, pois apesar da perda ser sentida pelos iranianos, o país tornou-se uma máquina de produzir grandes personalidades dotadas do dom da liderança e das virtudes clássicas.
4 33129Loading...
25
https://youtu.be/lcFVExH8nBs?si=mobItIZmxw-thpO7 Faleceu o Presidente do Irã, Ebrahim Raisi. Quais são as hipóteses? Terá sido mesmo acidente?
3 7797Loading...
26
Estive hoje no Canal 3 do Irã para comentar sobre o falecimento de Ebrahim Raisi, as reações internacionais e a importância das alianças costuradas pelo falecido presidente iraniano.
3 76010Loading...
27
Eu não sei o que o esquerdista brasileiro acha que é a "ascensão do mundo multipolar", mas ela é precisamente a construção de uma ordem na qual as mulheres iranianas poderão continuar tendo a liberdade de usar hijab e seguir as tradições de seus ancestrais, sem que alguma organização internacional ou algum país ocidental insignificante queira tascar sanções ou condenar publicamente. De fato, a ascensão do mundo multipolar é a construção de uma ordem na qual as autoridades soberanas dos povos engajados na multipolaridade poderão suprimir e reprimir agitadores, subversivos e promotores de revoluções coloridas, enquanto os outros povos do mundo olharão para os lados, darão de ombros e, depois, darão tapinhas nas costas uns nos outros. Definitivamente não é um mundo no qual nos uniremos para "fundir a humanidade em um só coração", ou no qual poderemos tentar padronizar as crenças, valores, costumes e normas ao redor do mundo. A multipolaridade não é a ascensão de uma gororoba espiritualista "new age", resultado da síntese entre todas as religiões, mas o retorno das religiões tradicionais como eixos de sustentação dos Estados. O sentido da multipolaridade não é transformar os pastores afegãos em executivos de Wall Street que vão no Starbucks na happy hour da sexta-feira, tampouco transformar donzelas etíopes em "putinhas aborteiras" raivosas pós-gênero que se sustentam de OnlyFans. Entendam: não é a dissolução de fronteiras e a diluição dos povos em um caldeirão igualitário mundial, mas o erguimento de muralhas ciclópicas, faraônicas, titânicas entre as civilizações, para que cada uma possa ser si mesma - mas, naturalmente, com pontes erguidas entre as muralhas, para que possa haver o diálogo, o comércio, a busca pelo conhecimento, tudo com base não na "transformação de si mesmo no outro, cuja consequência é que ninguém é mais qualquer 'povo' definido", mas no "reconhecimento do outro como outro, que tem como consequência a preferência de si mesmo". É bom que o esquerdista "anti-imperialista" brasileiro entenda isso de uma vez, para que ele supere logo a dissonância cognitiva, e vá de uma vez para o lado do Ocidente atlantista ou, então, se posicione contra o mundialismo turbocapitalista, abandonando esses cacoetes progressistas estúpidos.
1 71223Loading...
28
Hoje é natalício do Julius Evola, um dos filósofos mais interessantes do século XX - certamente um dos mais pungentes críticos da modernidade em todos os seus aspectos. Em tempo, escrevi algumas coisas sobre ele, com enfoque no conceito de "Quinto Estado", vislumbrado por um Evola tardio, mas extremamente relevante para uma leitura tradicionalista-evoliana da contemporaneidade: https://novaresistencia.org/2019/12/05/raphael-machado-julius-evola-e-o-quinto-estado-contra-as-desinformacoes-dos-pseudo-evolianos-neoliberais/
2 15325Loading...
29
Todo mundo esperava que o direitista brasileiro médio torceria pela morte do Presidente do Irã. O conservador brasileiro é defensor das mais radicais pautas woke quando é nos países que Soros e Schwab mandaram ele odiar, as tais "autocracias". Mas a esquerda está igual. O direitista brasileiro se orgulha do aborto liberado e da hormonização de crianças em Israel, tomando esses fenômenos como símbolos da "civilização". O esquerdista brasileiro hoje, por sua vez, só não quer que o Irã seja atacado pelos EUA, mas anseia por um colapso do seu governo, por ele ser "opressor das mulheres e das minorias sexuais". O esquerdista abraça de forma total e completa o imperialismo dos direitos humanos, que visa impor a todos os povos a mesma tábua de valores, a mesma cartilha de princípios, e que legitima inclusive o intervencionismo armado para garantir esses valores. O esquerdista seria contra uma intervenção armada dos EUA ou Israel no Irã, em tese, mas se fosse possível convencê-lo de que não é por petróleo ou pelo sionismo, mas pelo feminismo, pela sodomia e pela pedofilia, ele apoiaria imediatamente - ou no mínimo evitaria criticar. Naturalmente, todo esse "humanismo" que simula preocupação com as mulheres ignora a maioria esmagadora das mulheres iranianas, que são apoiadoras do governo e as principais fiscalizadoras da preservação dos costumes (aliás, como costumam ser em todos os povos - não perguntem qual dos sexos impõe a mutilação genital feminina em certos países africanos!). A mulher iraniana só existe quando ela retira o hijab e vira e-girl. Para o esquerdista ocidental, o 99% das mulheres iranianas é, na melhor das hipóteses, ignorante; na pior das hipóteses, colaboracionista do próprio "algoz". Naturalmente, nem passa pela cabeça do esquerdista dar um passo atrás e questionar se são realmente boas a condição de prostituição generalizada, comodificação permanente, degradação moral e fragilidade diante da possibilidade de estupros em que se encontra a mulher ocidental. Menos ainda questionar a hipótese de que talvez povos diferentes possuam diferentes concepções de liberdade.
3 94543Loading...
30
Analistas ocidentais e palpiteiros virtuais não entendem que Ebrahim Raisi, se morto, poderia ser sucedido suavemente por alguém ainda mais antiocidental e, de fato, belicoso (enquanto Raisi é praticamente um pacifista). O Irã, em primeiro lugar, possui mais de 150 partidos políticos oficialmente registrados, os quais vão de formações políticas pequenas ligadas a determinadas profissões ou a interesses locais, até associações de envergadura nacional. Todos os partidos e associações políticas iranianas, porém, se dividem em duas grandes categorias, os "principalistas" e os "reformistas", os principalistas representando a ala política conservadora, e os reformistas representando a ala política progressista. A política iraniana é hegemonizada, porém, pelos principalistas há bastante tempo, de modo que mesmo nas vezes em que eles perderam eleições presidenciais, ainda assim mantiveram (e aumentaram gradualmente) o controle sobre as instituições mais relevantes do sistema iraniano: o Conselho dos Guardiões, a Assembleia dos Especialistas e o Conselho do Discernimento, para não falar no Parlamento. Entre os principalistas, porém, costuma-se falar em três grandes facções. A do Ebrahim Raisi, majoritária, é considerada a dos tradicionalistas pragmáticos. A ala do Mahmoud Ahmadinejad, minoritária e considerada como tendo "caído em desgraça", é a ala nacional-conservadora, militarista e "neocon". E há ainda a ala ultraconservadora, bastante forte na Guarda Revolucionária, mas não majoritária, da Frente da Estabilidade Revolucionária Islâmica, liderada por Sadegh Masouli, que defende uma postura de "zero compromisso com inimigos internos e externos", ou seja, endurecimento na política interna e externa. E quanto aos "reformistas"? Estão praticamente excluídos das principais instituições, desde que se começou a suspeitar que muitos deles tinham vínculos com forças estrangeiras interessados na subversão do sistema iraniano. Hoje, os vários partidos reformistas juntos tem só 7% do Parlamento e número semelhante no Conselho do Discernimento (e ninguém na Assembleia dos Especialistas). Isso significa que uma próxima liderança político-executiva do Irã, em caso de falecimento do Raisi (ou em eleições presidenciais iranianas), terá uma linha semelhante a Ebrahim Raisi, ou será ainda menos conciliador e pouco afeito ao diálogo.
3 49731Loading...
31
Acho impressionante a ignorância do brasileiro médio sobre o Irã. Especula-se sobre o falecimento do Presidente do Irã, Ebrahim Raisi, e do Ministro de Relações Exteriores, e como isso pode representar um "alívio para a região em relação ao extremismo islâmico". Nos EUA, um apedeuta típico fala sobre ser uma "boa oportunidade para apoiar forças de oposição no Irã", como se o país fosse ficar "desestabilizado" de uma hora para a outra. A impressão que se passa é que estão falando de um "acampamento nômade", uma "caravana cigana", e não da politeia mais poderosa do mundo médio-oriental, herdeira do multimilenar Império Persa, poderoso já milênios antes dos tupis chegarem à costa e séculos antes de Viriato, quando a Ibéria vivia à sombra de Tartessos. O Presidente do Irã não é nem mesmo o homem mais poderoso do país, sendo simplesmente o executor de um plano de governo, com a soberania depositada sobre a figura do Líder Supremo, o Aiatolá Khamenei. Apesar de que seria algo lamentável, como todos os casos do tipo, Raisi, que é um conservador moderado, seria imediatamente substituído pelo Vice-Presidente Mohamed Mokhber e haveria eleições presidenciais em 2 meses. De qualquer maneira, o sistema iraniano de Valayat e-faqih não se apoia sobre a figura do Presidente. Ele possui instituições sólidas, funcionais e engajadas em uma permanente renovação de quadros. Me recordo o pensamento desejoso ocidental quando da morte de Qassem Soleimani, achando que havia sido um "golpe mortal" contra a geopolítica iraniana. E hoje o Irã é ainda mais poderoso e influente. Soleimani teve seu lugar preenchido, porque o Irã é hoje uma máquina de produzir "grandes homens", como a China e a Rússia.
3 91436Loading...
32
https://www.dailymotion.com/video/x8yqh5c Estive hoje na TeleSur fazendo o acompanhamento midiático da busca pelo helicóptero do Presidente Raisi, do Irã.
3 17411Loading...
33
https://strategic-culture.su/news/2024/05/18/as-enchentes-no-sul-do-brasil-e-a-crise-do-modelo-neoliberal-ocidental/ Publiquei na Fundação Cultura Estratégica um artigo sobre a situação no sul do Brasil como signo do fracasso do neoliberalismo.
3 58014Loading...
34
Um dos nossos muitos problemas atuais é que mesmo quando somos "nacionalistas" ainda tendemos a pensar apenas em termos de "quantidade", quase nunca em termos de "qualidade". Explico: quer-se "aumentar o poder" do Brasil, mas não sabe para quê, e não raro se confunde isso inclusive com imperialismo. Quer-se "desenvolver a economia", mas acredita-se no crescimento pelo crescimento, sem qualquer fim ou direção específica; inclusive colocando o crescimento acima de preocupações espirituais, culturais, morais e ambientais, as quais poderiam ser negativamente afetadas pelo pensamento cancerígeno do "crescimento pelo crescimento". Quer-se que a nossa "cultura" seja "influente" e projete "soft power", mas evitamos julgar o conteúdo dessa "cultura", nos esquivando de condenar o "feio", o "vil", o "medíocre", quando ele é "nacional". Acaba dando na mesma Villa-Lobos e Randandandan, porque é tudo "brasileiro". Chiquinha Gonzaga e Anitta pertencem à mesma categoria, porque o "ser brasileiro", aí, seria mais importante do que a distinção entre o "belo" e o "grotesco". Essa lógica do "poder pelo poder", do "crescimento pelo crescimento", do "desenvolvimento cego", do "igualitarismo nacional", expressa a natureza titânica desse nacionalismo - uma natureza que comumente se expressou nos nacionalismos modernos ao longo dos séculos XIX e XX. Ele se opõe a uma perspectiva olímpica em que forma e conteúdo se fundem na justa medida, sem ultrapassar os limites. E onde todas as coisas (poder, crescimento, cultura, etc.) estão voltadas para o Bem (o que significa, também, para o belo e o justo). Falta, nesse sentido, o "filosofar com o martelo" que se lance impiedosamente sobre o próprio Brasil, para separar "joio e trigo" em cada aspecto da nossa comunidade, inclusive sobre os homens para distinguir "população" e "povo", porque estamos aqui lidando com "o povo brasileiro", mas o "povo" não é a mera soma de indivíduos com "cidadania brasileira". É necessário buscar a qualidade e a medida, ou seja, o caminho olímpico, abandonando o caminho titânico da quantidade e da desmesura.
1 48019Loading...
35
Todo o nosso esforço de justificação discursiva do Estado é absolutamente inútil se o próprio Estado não se mostrar, para o povo, em toda a sua glória como garantidor de segurança, prosperidade, harmonia e moralidade. Fazemos por amor à verdade, mas não é possível salvar náufrago que está se debatendo e se recusa a ser salvo.
1 3399Loading...
36
Sempre houve limitações no Brasil à realização de abortos tardios (até em casos autorizados por lei), por causa da autonomia médica. É que nas últimas semanas o feto é indistinguível de um bebê recém-nascido e pode inclusive sobreviver fora do útero. O procedimento de aborto nessas condições, por isso mesmo, é inclusive mais drástico, arriscado e potencialmente danoso à saúde da mulher. O atual impulso em prol de abortos tardios, capitaneado pelo STF, aponta na direção da legalização do infanticídio, já que o grau de "dependência" de um bebê em comparação com um feto de 6-9 meses é praticamente o mesmo. A Juristocracia, nisso, como em todo o resto, está totalmente alinhada às últimas tendências ideológicas das elites mundiais. Mas quanto a isso não há surpresa, porque nos últimos anos passam fora do Brasil em "eventos" quase tanto tempo quanto passam aqui dentro.
4 12813Loading...
37
Uma das narrativas mais comuns da crise gaúcha é a do "povo resolvendo os próprios problemas sem precisar do Estado". É a retomada do velho mito liberal-iluminista da "sociedade civil" em oposição ao "Estado", em uma relação permanentemente tensa na qual a "sociedade civil" abre mão de certos direitos em prol de proteção, mas está sempre buscando ampliar as suas liberdades "contra o Estado", o qual estaria sempre tentando suprimi-las. Essa é uma narrativa impressionantemente fantasiosa. É um mito que tem como base o próprio mito do contrato social, que sempre foi uma das bases do liberalismo. Em primeiro lugar, distinguimos "Estado" e "sociedade civil" de maneira completamente artificial. E isso é facilmente perceptível a partir do estudo da origem do Estado, o qual segundo Platão e Fustel de Coulanges, por exemplo, surge a partir da integração orgânica entre famílias, clãs e fratrias. O Estado não é senão a instância dotada de funções especializadas superiores, cuja função é tutelar o "comum", o que vai da justiça e da defesa até à moralidade e a educação, passando pela perpetuação do corpo político, a harmonia social e uma série de outras funções. A ideia do Estado como algo separado da sociedade civil parece uma extrapolação da experiência sociopolítica inglesa, na medida em que a Inglaterra tinha uma estrutura social em que aquilo que se poderia chamar de um Estado feudal era monopolizado por normandos, enquanto o resto da população, celto-saxã, estava apartada do poder político e limitada ao mundo puramente local e às atividades particulares. De fato, historicamente, alguns Estados foram "xenomórficos" em relação à maior parte da população. Do Estado russo (elite escandinava, massa eslava) aos Estados indianos (elite indo-europeia, massa dravidiana), passando pelo Estado Yuan (elite mongol, massa han), mas em momento algum isso representou uma "partição" da politeia em duas metades opostas. É só entre os ingleses que surge esse mito, fruto da fraqueza e da incompetência das elites inglesas - transformado então em "filosofia". Pois bem, o problema da narrativa da "sociedade civil sem Estado" ou do "povo sem Estado" é que o que ele prega é a noção do corpo sem cabeça. O Estado, como apontamos, não é algo separado do resto da politeia, mas tão somente a função especializada de elite - aquela parte do corpo político cuja função é dirigir e tutelar. Em momentos de crise, quando a incompetência impera, dá-se a circulação das elites. Uma das funções históricas da revolução é precisamente a de garantir a renovação das elites, com a substituição de uma elite decadente por uma elite primaveril. A proposição de uma "sociedade sem Estado", porém, é absurda, porque significaria uma politeia em que ninguém dirige. Sem direção, um corpo político afunda no caos e se desintegra. Basta ver o que se deu com o projeto de construir uma "comuna" anarquista durante os motins Black Lives Matter nos EUA. Rapidamente o esforço se degradou em ganguismo e criminalidade. Logo, o "chefe" mais forte impôs a sua autoridade - eis uma das vias de surgimento do Estado. É muito bom que os gaúchos tenham demonstrado a sua solidariedade e o seu espírito ativo, muitas vezes botando a mão na massa de uma maneira mais corajosa, ousada e célere do que os funcionários do Estado - mas sem liderança, hierarquia, especialização e planejamento (ou seja, Estado), é impossível que qualquer povo consiga resolver problemas de grande escala ou de longo prazo. E sem qualquer surpresa, os grandes feitos emergenciais para lidar com a crise gaúcha tem sido obra não de cidadãos privados, mas de agências e órgãos estatais, dos Correios ao DNIT, passando pelos bombeiros e forças militares. A incompetência dos líderes significa apenas que uns devem "perder a cabeça" para que outros ascendam no seu lugar. E, de fato, quando o corpo político está bem estruturado organicamente, todo ato do Estado não é senão um ato do próprio povo implementado por sua aristocracia natural.
4 15930Loading...
38
Belousov, por sua vez, é um candidato inesperado, mas que parece ideal para o cargo. Um tecnocrata da economia, que tempera a sua frieza profissional com um ardoroso tradicionalismo cristão, Belousov tem sido um dos principais responsáveis pela robustez econômica russa e pelo seu caminho heterodoxo de não aderência aos cânones do liberalismo chicaguista (sem ser, por isso, socialista). A sua seleção indica que Putin quer alguém menos afeito aos costumes de "uma mão lava a outra" herdados dos anos 90 e ainda presentes na Rússia, bem como alguém suficientemente técnico e impassível (um "cara da planilha de excel") para apontar problemas, fazer críticas e garantir que os soldados recebam tudo aquilo de que eles precisam, no momento certo, sem desvios ou atrasos. A sua experiência econômica, portanto, garantirá a integração entre o complexo militar-industrial russo e as forças militares russas. É, portanto, um cargo essencialmente logístico que garantirá os fluxos e reposições de materiais. Agora, é curiosa, para muitos, uma substituição desse tipo quando a operação militar especial pareceria estar se encaminhando para uma resolução no espaço de (dizem alguns) 1 ano. O elemento implícito nessa substituição é aquilo que aponta para uma expectativa ou, pelo menos, precaução quanto à possibilidade de uma escalada do conflito, no sentido do ingresso de tropas da OTAN ou da inundação da Ucrânia por mercenários e tropas irregulares, ou da abertura de uma nova frente em outro ponto da fronteira russa. Essa alteração significa que Putin quer estar precavido, com a máquina militar bem ajustada e com a economia militarizada, para que a Rússia possa lidar com os desafios dos próximos anos, que podem ser maiores que o desafio ucraniano, já quase liquidado.
3 77318Loading...
39
Análise das Mudanças no Gabinete Ministerial na Rússia Com o início do novo mandato de Vladimir Putin, uma de suas primeiras ações foi propor um novo gabinete ministerial para acompanhá-lo ao longo dos próximos anos como executores do mandato. A marca fundamental de Putin, em todas as suas movimentações desde que chegou ao poder, tem sido o apreço pela estabilidade e o esforço por continuidade, e o novo gabinete não foge à regra. A maioria dos ministros seguirá no cargo, com quase todos destes ocupando-o há aproximadamente 4 anos. Alguns ocupam seus cargos há mais de 10 anos, com Sergey Lavrov como Ministro de Relações Exteriores há 20 anos, Anton Siluanov como Ministro das Finanças há 13 anos, Vladimir Kolokoltsev como Ministro do Interior há 12 anos e Yuri Trutnev como Vice-Primeiro-Ministro para o Distrito Federal Extremo-Oriental há 11 anos. Nas mudanças que houve, porém, se a maioria parece pouco notável em si (excetuando a substituição de Sergey Shoigu por Andrey Belousov), há pelo menos alguns comentários que podem ser feitos sobre o contexto das modificações. Antes de comentar sobre o Ministério da Defesa, o 2º Gabinete do Primeiro-Ministro Mikhail Mishustin mostra sinais claros de um esforço por empreender uma "circulação controlada de elites", ou seja, uma renovação de quadros, com vários ministros ascendendo a vice-primeiro-ministros (incluindo Dmitry Patrushev, ex-ministro, filho do famoso Nikolai Patrushev e um dos "cotados" para sucessor de Putin) e vários governadores regionais ascendendo a ministros. Isso, em parte, se deve ao atual sistema de captação de talentos e de promoção por dentro do serviço público, que construiu uma espécie de "cursus honorum" russo (em alguma medida semelhante ao modelo chinês, mas ainda muito frágil e carente de uma dimensão ideológica consistente). Particularmente, essa ascensão inédita de governadores, a maioria deles relativamente jovens (na faixa dos 30-50 anos de idade), aponta também para um esforço por vincular mais firmemente as elites regionais ao corpo unificado da elite nacional centrada no governo federal. Não obstante, se as novas indicações, muitas delas com enfoque em tecnologia, construção e indústria (para não falar em certo esforço por uma uma "cruzada russa" contra o banimento de seus atletas de competições internacionais), são razoavelmente interessantes, a única que tem sido comentada por todas é a que diz respeito ao Ministério da Defesa. Quanto a Sergey Shoigu, um siloviki razoavelmente próximo a Putin, a sua reputação não ficou ilesa durante a operação militar especial. A principal mancha que afeta a sua reputação é a da corrupção e das mentiras. Aqui não faço referência especificamente a ele, mas ao Ministério como um todo, especialmente os "intermediários" - e o chefe é responsável pelos seus subalternos. É daí que vinham as reclamações de Prigozhin (e não apenas) sobre o fato de que os soldados nas linhas de frente não recebiam material suficiente e na celeridade necessária, bem como que não chegavam informações corretas das linhas de frente até Moscou. As recentes prisões de altos funcionários de confiança de Shoigu, como Timur Ivanov e Yuri Kuznetsov, além das renúncias de vários outros funcionários do Ministério me parecem dificultar a interpretação da renomeação de Shoigu para Secretário do Conselho de Segurança como sendo uma "promoção". Nikolai Patrushev que saiu desse cargo para o de assessor presidencial para construção naval está, para todos os efeitos, sendo aposentado. Mas Shoigu, que não tem o mesmo carisma ou influência de Patrushev, estará ali trabalhando sob uma supervisão muito próxima de Putin e em uma posição em que certos problemas encontrados no Ministério da Defesa não estarão presentes.
3 59015Loading...
40
https://youtu.be/vUU_ycmLz64?si=MN_k5C3C7WehjNjl Por que esporadicamente meios oficiais ou semioficiais do governo dos EUA abordam publicamente a temática de OVNIs e alienígenas? Haverá segundas intenções por trás disso?
1 47614Loading...
Existe uma ampla massa de pessoas conservadoras no Brasil, as quais apesar dos esforços de engenharia social das elites liberais permanece razoavelmente apegada às próprias raízes. Essa massa tem capacidade de mobilização, tem algum grau de disposição militante até. Ao mesmo tempo, ela tem péssimos representantes, os quais não conseguem transformar essas crenças e opiniões em transformações concretas da realidade brasileira em linha com os valores populares. A noção, defendida por muitos porta-vozes do pensamento único politicamente correto quando da vitória do Lula, de que o "populismo conservador" no Brasil havia acabado, que o futuro político do Brasil seria um caldeirão de Leite, Dória, Amaral e Salabert, simplesmente não se sustenta à luz da realidade objetiva. Aos nacionalistas brasileiros, em vez de medo, decepção, confusão, alienação, etc., cabe saber abraçar esse manancial político fértil para dar um direcionamento produtivo a ele.
Показати все...
👏 1
Na contramão de muitas expectativas, a adesão a posições conservadores no Brasil não está caindo. Ela aumenta - em uma tendência que é mundial (ou que, pelo menos, afeta os países mais afetados pela democracia liberal e pela globalização, o que inclui o Brasil). Esse crescimento aparece apenas parcialmente em pesquisas de opinião, já que a maioria dos institutos de pesquisa possui viés liberal-progressista (a própria figura do "instituto de pesquisa" tem como finalidade mais influenciar posições do que perscrutar posições). Aliás, já é notório o efeito do "conservador tímido", ou seja, a propensão de pessoas que aderem a posições politicamente incorretas (ou seja, que mesmo que majoritárias, estejam na contramão do "pensamento único politicamente correto" defendido pela mídia de massa) de ocultarem as suas opiniões em pesquisas de opinião. Nenhum instituto de pesquisa "cobre" esse efeito em sua margem de erro, e por isso nos últimos 15 anos a imprecisão nos resultados de pesquisas de opinião, eleitorais ou não, ter se tornado cada vez mais comum. Quando uma Ipsos, por exemplo, que possui um grau bem baixo de confiabilidade (tendo sido até criticada pelo baixo índice de acertos em suas participações em pesquisas eleitorais no exterior), nos diz que 41% dos brasileiros são contrários ao casamento entre pessoas de mesmo sexo (enquanto em 2021 eram 33%), nós podemos já intuir que os números reais são bem maiores, pendendo para o lado iliberal. Então o que pensar das pesquisas que apontam para os 61% de brasileiros contrários ao aborto irrestrito e 67% contrários à descriminalização da maconha? Nessas e muitas noutras pautas o brasileiro está tendendo claramente para a consolidação de posições conservadoras bastante específicas e fortes, em um abandono do indiferentismo apolítico típico de alguns anos atrás. O que parece espantar sobremaneira os sociólogos, cientistas políticos, psicólogos, ou seja, toda a classe dos "entendidos" de torre de marfim, é que o crescimento do conservadorismo é radicalmente maior entre os jovens, e que as gerações mais jovens estão se tornando mais conservadoras que a geração dos seus pais (em alguns países, até mais conservadora que a geração dos seus avós). Não há surpresa aí, também, na medida em que no jovem contemporâneo se encontra, simultaneamente, a maior facilidade de acessar opiniões alternativas em relação ao consenso politicamente correto e, também, uma maior decepção com as quimeras prometidas pela pós-modernidade. O jovem está percebendo a decadência melhor, porque ele já chega em uma realidade bem pior que a de seus irmãos mais velhos e seus pais, que poderiam se encantar com as promessas do hedonismo e do libertarianismo moral. Curiosamente para alguns (mas não para mim), esse aumento do conservadorismo não é acompanhado no mesmo ritmo por um aumento de posições liberais (com a única variação a respeito estando ligada à vitória do Lula, com parte do eleitorado bolsonarista achando melhor que, agora, é melhor "privatizar" pro Lula não "roubar"). Em paralelo, porque não se trata da mesma coisa, há mais brasileiros que se identificam como "de direita" do que "de esquerda", com 22% de "direitistas" contra 11% de "esquerdistas". O salto de direitistas foi de 11% para 22%, enquanto o de esquerdistas foi de 6% para 11%. Ou seja, crescimento nos dois campos, fruto da polarização, mas um crescimento bem maior à direita do que à esquerda. A maioria esmagadora da população segue sendo "centro", "nem esquerda nem direita", mas não deixa de ser conservadora, mesmo quando vota no Lula (como infinitas pesquisas já demonstraram). Poderíamos aqui, também, comentar algo sobre a capacidade de mobilizar manifestantes em eventos, protestos, marchas, etc., nas ruas. Mas penso ser desnecessário fazer comentários específicos sobre aquilo que todo mundo já sabe. O que eu quero apontar com tudo isso é:
Показати все...
👏 1
Por Que os Trâmites do Tribunal Penal Internacional não me animam? Recentemente começou-se a discutir a emissão pelo Tribunal Penal Internacional de mandados de prisão contra Benjamin Netanyahu, Primeiro-Ministro de Israel, e Yoav Gallant, Ministro da Defesa. Na contramão, porém, do sensacionalismo de algumas mídias de massa, o que houve foi uma declaração pública de que o procurador-chefe do TPI solicitaria mandados de prisão não apenas contra estes dois, mas também contra três lideranças do Hamas. Não há nada de concreto ainda, portanto, exceto por uma declaração pública de intenções da parte de Karim Khan. Essa declaração pública de intenções foi suficiente para que Khan sofresse imensos ataques da parte das autoridades israelenses, sendo chamado de "um dos maiores antissemitas da história moderna". Ele inclusive teria sido ameaçado por um político que lhe disse que o TPI era para "Putin e a África", deixando à mostra que todo o sistema judicial internacional diz respeito a relações de poder, e não a justiça em um sentido concreto. Alguns países, como França e Alemanha, dizem que obedecerão ao Tribunal se o mandado for emitido. Outros, como os EUA, parecem cogitar sanções contra juízes da corte nessa eventualidade. A posição dos EUA não surpreende porque os ianques não aderiram ao Estatuto de Roma, que rege a corte. Mas vários países que aderem ao Estatuto criticaram duramente a hipótese. Bem, o primeiro problema é que o procurador do TPI, ao contrário do que pode parecer à primeira vista, ainda está agindo de uma maneira extremamente favorável a Israel. Em primeiro lugar, porque não apenas iguala o Hamas a Israel, mas ao pretender solicitar 3 mandados de prisão contra a Resistência Palestina e 2 mandados de prisão contra a liderança israelense, claramente insinua maior gravidade e desvalor no campo palestino do que no campo israelense. Hoje, à luz das incontáveis demonstrações de que Israel foi a responsável por pelo menos parcela considerável das baixas civis do 7 de outubro, e que todas as outras narrativas da propaganda sionista (dos bebês decapitados aos estupros em massa) eram falsas, é impossível igualar a operação cirúrgica de comando do Hamas ao bombardeio de saturação organizado por Israel contra Gaza, ao qual se acrescenta a imposição de inúmeras barreiras à ajuda humanitária. A elite sionista só reclama porque o seu excepcionalismo messiânico é incapaz de aceitar mesmo a menor das admoestações. À luz da ideologia supremacista que rege Israel, uma ínfima crítica vinda de autoridades "goyim" já soa como ofensa imperdoável e claro indício de antissemitismo. Em segundo lugar, a proposta de criminalizar Netanyahu e Gallant aponta para um projeto que eu já comentei em outras ocasiões: liquidar politicamente Netanyahu (como se ele fosse o bode expiatório do Yom Kippur) para restaurar o statu quo ante, no qual se dará seguimento à limpeza étnica palestina, mas mais discretamente e lentamente como antes da operação da Resistência Palestina. Netanyahu e Gallant, assim, são os frangos do kaparot, a serem agitados sobre o mundo, de modo que, com isso, possa-se lavar os pecados de Israel, restaurando as suas relações internacionais com o resto dos países do Ocidente. Afinal, a culpa toda era de Netanyahu, ele já não existe mais, estamos limpos de seus pecados! O problema, como sabemos, é que a totalidade do governo Netanyahu participa no genocídio palestino, bem como a maior parte da oposição e as principais lideranças religiosas do país, para não falar em empresários, influenciadores, jornalistas, etc. Ora, as próprias pesquisas de opinião israelenses apontam que a maior parte dos israelenses apoia as atrocidades cometidas por seu país em Gaza e uma parcela considerável acredita, inclusive, que Netanyahu estaria "pegando leve".
Показати все...
👏 3🤨 3 1
A elite israelense, ademais, já deixou claro que não pretende se desviar do próprio rumo. Israel seguirá com a operação em Rafah e dará sequência à limpeza étnica do povo palestino. Recordemos: até agora, nenhuma sanção foi imposta a Israel e Israel segue participando tranquilamente em todos os grandes eventos e cúpulas internacionais. Nada disso surpreende aqueles que sabem que Israel age não conforme cálculos econômicos, mas uma moldura mental messiânica e escatológica, infelizmente apoiada em falsas premissas. As tímidas ações desdobradas no plano internacional, de um punhado de retirada de embaixadas a uns poucos reconhecimentos da estatalidade palestina, servem para ocultar o fato de que, até agora, nenhum passo dado em relação a Israel representou uma mudança drástica e irreversível no status quo da entidade sionista no plano internacional. É importante, também, apontar, que nessas controvérsias atuais em torno a Israel e no que concerne a obediência ou desobediência ao TPI entra em jogo a distinção entre unipolaridade e multilateralismo (não confundir com multipolaridade!). Os EUA (que, não obstante, já tentavam tomar distância em relação a Netanyahu, sem poder abandoná-lo por causa da influência desproporcional do lóbi sionista) questionam o TPI porque o mesmo pode servir como entrave para o seu excepcionalismo unipolar, o qual aponta para a centralização do poder decisório planetário na América do Norte. E a essa perspectiva se opõe a linha daqueles que, no lugar da hegemonia unipolar dos EUA, querem erguer uma burocracia transnacional planetária descentralizada e desterritorializada, centrada na ONU mas estendendo-se pelos organismos internacionais associados e paralelos que se pautam pelo mesmo cosmopolitismo humanitarista liberal. Os Estados, nessa circunstância, se seguirem existindo, será apenas como cascas vazias, sombras daquilo que haviam sido outrora, totalmente privados de soberania e do poder decidir sobre si, para si e em conformidade consigo. Se a perspectiva estadunidense nesse tema representa uma forma avançada de um imperialismo cosmopolita, a perspectiva tipicamente euro-ocidental representa precisamente a tendência globalista de liquefação das soberanias nacionais. Esse Tribunal, recordemos, condenou Putin e a Rússia precisamente por seu papel de lançar um desafio fatídico ao "Fim da História" (sobre o qual a única discussão possível era o grau de centralização/descentralização - o Fim da História seria americanocêntrico ou "multicultural"?), construindo as condições necessárias para a ascensão das civilizações como sujeitos da política internacional. Um feito que rascunha um horizonte futuro que não combina com tribunais internacionais que julgam com base na pseudo-religião dos direitos humanos.
Показати все...
👏 5
https://youtu.be/8TKIPvKe2U4?si=RNBYVrvaUcbCphw3 Aldo Rebelo recentemente tem sido bastante atacado por esquerdistas e direitistas. O que todos esses ataques têm em comum e qual é o medo que se oculta por baixo desses ataques?
Показати все...
Por Que Aldo Rebelo é Tão Atacado Hoje? | Pílulas Vermelhas #138

Aldo Rebelo recentemente tem sido bastante atacado por esquerdistas e direitistas. O que todos esses ataques têm em comum e qual é o medo que se oculta por baixo desses ataques? ________________________________________________________________________ ► SIGA A NR NAS REDES SOCIAIS: - TikTok:

https://www.tiktok.com/@nova.resistencia

- Instagram:

https://www.instagram.com/nova.resistencia/

- Twitter:

https://www.twitter.com/br_resistencia

- VK:

https://vk.com/novaresistenciabrasil

- Website: http://novaresistencia.org/ - Linktree:

https://linktr.ee/novaresistencia

- Raphael Machado (Twitter):

https://twitter.com/camaradamachado

- Lucas Leiroz (Twitter):

https://twitter.com/leiroz_lucas

► CONTRIBUA COM UM PIX PARA A NR (qualquer valor)! - Chave: [email protected] ► VOZ DA NOVA RESISTÊNCIA (notícias, atualizações em política nacional e internacional, cultura, filosofia):

https://www.t.me/novaresistenciabrasil

► FÓRUM DISSIDENTE (canal aberto no telegram para discussão entre dissidentes, nacionalistas revolucionários, anti-liberais e anti-atlantistas de várias vertentes):

https://t.me/+jFJAcb9hjDwyZjMx

► SIGA OS CANAIS PARCEIROS DA NR! - André Nunes:

https://youtube.com/c/Andr%C3%A9Nunesrj

- Felipe Quintas:

https://www.youtube.com/channel/UCQYXYdLK3BiXRViTEdxVitA

- Geoforça:

https://www.youtube.com/c/GeoforçaBrasil

- Arte da Guerra:

https://www.youtube.com/c/ARTEDAGUERRA

- Instituto Mundo Multipolar:

https://www.youtube.com/channel/UCxWLa7Hm_UQB7cTm9NTDFmQ

► EDITORA ARS REGIA (lançamentos inéditos no Brasil, de autores renomados): - Telegram:

https://t.me/editora_arsregia

- Pedidos: [email protected] ► EMPÓRIO NOVA ROMA (blusas, canecas & artigos personalizados com temas dissidentes): - Website:

https://emporionovaresistencia.com.br/

👍 5
https://noticiaspia.com/podria-ucrania-recurrir-al-terrorismo-contra-objetivos-rusos-y-prorrusos-en-todo-el-mundo/ A PIA Global veiculou o meu artigo sobre a possibilidade de ataques terroristas ucranianos contra alvos russos e pró-russos ao redor do mundo.
Показати все...
¿Podría Ucrania recurrir al terrorismo contra objetivos rusos y prorrusos en todo el mundo? - Pia Global

Por Raphael Machado*. – El 26 de abril se informó de que la embajada rusa en Brasil había recibido una llamada telefónica informando de la presencia de una bomba en el lugar. Se llamó a la Policía Militar del Distrito Federal, que se desplazó al lugar para realizar una búsqueda.

5
https://www.youtube.com/watch?v=Ya9P6Lhjrcg Estive há alguns dias na TV argentina, no Canal Extra, para comentar sobre a troca de farpas entre Elon Musk e Alexandre de Moraes. Apareço entre os minutos 6:18 e 25:55. Recomendo o programa como um todo também.
Показати все...
H&E #21: Errores Estratégicos y Juegos de Poder en la Política Mundial

Analizamos los desafíos que enfrenta Argentina en el escenario global, desde la participación en la conferencia de paz en Suiza hasta las decisiones polémicas de Milei. Discutimos las implicaciones de la política exterior en la seguridad y economía nacional. Humo y Espejos: Una Nueva Perspectiva en la Realidad Política Descubrí la realidad política desde un ángulo único, todos los viernes de 22 a 23 hs. en Canal EXTRA. Una invitación para profundizarte en la política nacional e internacional con una mirada fresca y analítica. Conducción - Ivone Alves García y Marcelo Ramírez: Ivone Alves García y Marcelo Ramírez te guían a través de los complejos caminos de la geopolítica y la estrategia nacional, aportándote claridad y profundidad en los temas más relevantes. Análisis Geopolítico no Convencional - Marcelo Ramírez: Marcelo Ramírez te ofrece su análisis geopolítico no convencional, desafiando los enfoques tradicionales y revelándote nuevas perspectivas sobre la política global. Participación especial de Raphael Machado, analista internacional, líder del Movimiento Nova Resistencia, nos trae, con “Perspectiva Tropical”, las noticias más importantes de Brasil. Columna de Economía, Finanzas y Tecnología - Francisco Uribe: Francisco Uribe aporta una mirada experta en temas de economía, finanzas y tecnología, analizando tendencias y novedades del sector para brindar una perspectiva integral y actualizada a los lectores. Su columna destaca por su capacidad de relacionar estos campos con el impacto en la vida cotidiana y las implicaciones para el futuro. En el panel de Política Internacional - Azul Selene Ramírez: Azul Selene Ramírez enriquece el programa con su análisis de la política internacional, vinculando eventos globales con nuestras realidades locales. Equipo de Colaboradores: El programa se fortalece con el aporte de Guillermo Alberdi y Morena Ramírez, quienes suman sus esfuerzos para brindarte una cobertura completa y diversa de los temas tratados. Humo y Espejos es tu ventana a una comprensión más profunda de la política, presentada de una forma única y perspicaz. Recordá sintonizarnos cada viernes de 22 a 23 hs. en Canal EXTRA, para una experiencia informativa incomparable. Acá, en HumoyEspejos, nos enorgullecemos de ser un medio independiente que se nutre del apoyo de personas como vos. Tu contribución nos permite seguir creando contenido de calidad y mantener nuestra independencia editorial. Aquí tenés varias formas de colaborar con nosotros: 1. Membresía del Canal en YouTube Únete a nuestra comunidad a través de nuestra membresía en YouTube. Al convertirte en miembro, tendrás acceso a contenido exclusivo y estarás respaldando directamente nuestro trabajo. ¡Hacéte miembro aquí:

https://www.youtube.com/channel/UCZDiXEd932tTEnSCp-Bgg2Q/join

2. Patrocinador en Patreon Si prefieres una plataforma diferente, te invitamos a unirte a nuestro Patreon. Allí, puedes seleccionar diferentes niveles de apoyo y disfrutar de recompensas especiales. ¡Conviértete en nuestro patrocinador en

https://www.patreon.com/asiatv

! 3. Donación a través de PayPal Aceptamos donaciones a través de PayPal en la dirección [email protected]. Cada aporte, por más pequeño que parezca, suma para que podamos seguir adelante. 4. Donaciones locales Si estás en Brasil, puedes utilizar PIX para hacer tu donación a [email protected]. Si te encuentras en Argentina, puedes colaborar a través de MercadoPago con el valor que consideres adecuado al alias: ASIATV.HumoyEspejos 5. Transferencia bancaria También aceptamos donaciones mediante transferencia bancaria. Puedes realizar una transferencia a la siguiente cuenta en BRUBANK: Titular: J. Marcelo Ramirez Alias: humoyespejos10 CBU: 1430001713030666370010 Nro. de cuenta: 1303066637001 No te olvides de seguirnos en nuestras redes sociales: Telegram:

https://t.me/humoyespejos

Twitter: @humoyespejos_ Facebook:

https://www.facebook.com/AsiaTvRecargada

Instagram: asiatvproduccion VK: Asiatv Humoyespejos Blog:

https://humoyespejos.com.ar/

👍 5
https://youtu.be/WgB8b85C-Lo?si=Bf-dPdIps9DH91OI Nos últimos meses, números cada vez maiores de influenciadores de esquerda têm se dedicado a atacar Enéas Carneiro. Por que isso acontece?
Показати все...
Quem Tem Medo de Enéas Carneiro? | Pílulas Vermelhas #137

Nos últimos meses, números cada vez maiores de influenciadores de esquerda têm se dedicado a atacar Enéas Carneiro. Por que isso acontece? _________________________________________________________________ ► SIGA A NR NAS REDES SOCIAIS: - TikTok:

https://www.tiktok.com/@nova.resistencia

- Instagram:

https://www.instagram.com/nova.resistencia/

- Twitter:

https://www.twitter.com/br_resistencia

- VK:

https://vk.com/novaresistenciabrasil

- Website: http://novaresistencia.org/ - Linktree:

https://linktr.ee/novaresistencia

- Raphael Machado (Twitter):

https://twitter.com/camaradamachado

- Lucas Leiroz (Twitter):

https://twitter.com/leiroz_lucas

► CONTRIBUA COM UM PIX PARA A NR (qualquer valor)! - Chave: [email protected] ► VOZ DA NOVA RESISTÊNCIA (notícias, atualizações em política nacional e internacional, cultura, filosofia):

https://www.t.me/novaresistenciabrasil

► FÓRUM DISSIDENTE (canal aberto no telegram para discussão entre dissidentes, nacionalistas revolucionários, anti-liberais e anti-atlantistas de várias vertentes):

https://t.me/+jFJAcb9hjDwyZjMx

► SIGA OS CANAIS PARCEIROS DA NR! - André Nunes:

https://youtube.com/c/Andr%C3%A9Nunesrj

- Felipe Quintas:

https://www.youtube.com/channel/UCQYXYdLK3BiXRViTEdxVitA

- Geoforça:

https://www.youtube.com/c/GeoforçaBrasil

- Arte da Guerra:

https://www.youtube.com/c/ARTEDAGUERRA

- Instituto Mundo Multipolar:

https://www.youtube.com/channel/UCxWLa7Hm_UQB7cTm9NTDFmQ

► EDITORA ARS REGIA (lançamentos inéditos no Brasil, de autores renomados): - Telegram:

https://t.me/editora_arsregia

- Pedidos: [email protected] ► EMPÓRIO NOVA ROMA (blusas, canecas & artigos personalizados com temas dissidentes): - Website:

https://emporionovaresistencia.com.br/

👍 10
O brasileiro continuará esperando a figura do "líder", do "chefe messiânico", o único homem apto a solucionar todos os nossos problemas e a afastar o "Diabo". Mesmo quando Lula e Bolsonaro estiverem mortos, o máximo que acontecerá é um período em que o brasileiro verá a política de maneira morna ou se despolitizará temporariamente - enquanto aguarda um novo Dom Sebastião. Isso significa que a única tarefa política relevante para o futuro é a capacidade de "captar", "perceber" a emergência desse tipo de figura para ajudar a prepará-la para que ela possa, efetivamente, cumprir a sua missão histórica. Não se pode brigar com o fluxo do rio, deve-se tentar canalizá-lo. Institucionalmente, ademais, isso significa que o Brasil precisa de uma reforma que transforme o nosso sistema de um arremedo de "sistema político autorregulatório franco-britânico de pesos e contrapesos", resgatando o Poder Moderador como encarnação político-jurídica desse anseio brasileiro (e ibero-americano) por um líder dotado de poderes milagrosos. E o "milagre", no âmbito político-jurídico, consiste precisamente na possibilidade de tomar decisões autônomas supralegais.
Показати все...
👏 12👍 4🌭 3
O filósofo argentino Alberto Buela identifica um dos elementos fundamentais de um Ser ibero-americano (ou seja, um fundamento do nosso essenciamento enquanto civilização) naquilo que ele chama de "sentido hierárquico da vida". Ele descreve esse fator como uma espécie de intuição da realidade como uma totalidade fundada em valores absolutos que dispõem os entes de maneira piramidal, com o inferior em uma posição de necessidade em relação ao superior. Uma frase do Quixote, recordada pelo filósofo Carlos Xavier Blanco, chama aí a atenção: "Que bom vassalo seria se tivesse um bom senhor!" Buela não costuma escrever muito sobre o Brasil; ele tem um imenso conhecimento da filosofia argentina, e usualmente oferece alguns bons comentários sobre outros elementos ibero-americanos. Mas acho que essa percepção certeira se aplica perfeitamente também ao Brasil, e me parece reforçar, para além de divagações históricas sobre conflitos que ninguém mais recorda, o pertencimento do Brasil à América Ibérica enquanto civilização. O povo brasileiro é um povo que, por natureza (o que significa, também, que quando não é "ocidentalizado"), tem um forte senso de hierarquia, inclusive aceitando muito bem o ter que obedecer e seguir. O "igualitarismo" é um fetiche das nossas classes letradas cosmopolitas. O brasileiro não acredita em igualdade. Naturalmente, não é por saber seguir e até mesmo ansiar por um "senhor" que o brasileiro será sempre ou usualmente um "bom servo", porque o brasileiro também é desobediente. Mas não por achar que não deveria servir, e sim por preguiça ou negligência. É claro, como nem todo mundo está na base, "mandar" também é algo que vem muito naturalmente para os brasileiros que intuem corretamente estarem acima na pirâmide. Existem homens que estão em determinadas posições e que esperam uma deferência que corresponde a essa posição, mesmo que não tenham cargo público - e esperam e recebem isso com naturalidade. Hoje em dia, no Brasil, ainda existem "senhores" cujas mãos são beijadas por seus inferiores (que não o fazem diante de câmeras), e esses "senhores" não se acanham - como se acanharia alguém que, por natureza, é subalterno diante de uma "dignidade" da qual sente ser indigno. Para quem não está conseguindo "situar" bem aquilo que estou descrevendo, basta recordar certos "barões" do Centrão político, especialmente aqueles que são "fidalgos" (no sentido literal do termo, ou seja, "filhos de alguém"). Quando se fala no "caudilhismo" como parte da identidade política brasileira e ibero-americana é disso que se está falando. Em determinadas circunstâncias, quando há uma sincronia interior entre uma liderança carismática e uma parte das massas, a obediência, que em outras circunstâncias era preguiçosa e negligente, torna-se obediência fanática, culto sebastianista a um messias político, não raro visto como dotado de poderes alquímicos e taumatúrgicos. O "chefe" é puro, mas cercado de inimigos; por sua vontade (e apenas por sua vontade - não por um "sistema", "plano", "projeto", "equipe técnica", etc.), tudo aquilo que é maligno, vil e corrupto será tornado bom. É quase como o "Rei Pescador" do mito europeu, cuja doença significa pobreza e infertilidade, e cuja recuperação significa colheitas fartas, ventres férteis, clima benéfico, harmonia social, etc. Essa sincronia é, às vezes, tão profunda que se torna praticamente ritualística e extática durante os comícios, em que comparecem precisamente aqueles seguidores mais "possuídos", mais "preenchidos" pela mística carismática do caudilho. O que isso tudo significa é que discursos anarquistas sobre "povo salvando a si mesmo", ou "não precisamos de líderes, mas de educação", cairão em ouvidos surdos e só terão ressonância por aqui nas condições em que se opere uma imensa engenharia social que "desnature" o brasileiro por meio de sua ocidentalização.
Показати все...
👍 11🙉 2