Madonna Literal

#NOTÍCIA | Vestida de verde-amarelo, Pabllo Vittar cantou um trecho do clássico Nothing Really Matters da Rainha do Pop durante a 28ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo neste domingo.

Relembre alguns momentos de Silvio Ciccone, como a rara aparição em um programa de TV em que ele conta alguns detalhes de quando a Rainha do Pop era criança, além de sua participação no documentário I'm Going To Tell You a Secret ❤️‍🔥

Silvio Ciccone, pai de Madonna, comemora 93 anos hoje! A Rainha escreveu um texto em homenagem a ele em seu Instagram ❤️

“Para o papai O.G. - Feliz aniversário de 93 anos, Silvio! Parabéns por ter passado pela montanha-russa da vida com humor e sanidade intactos. Obrigada por compartilhar seu mantra da vida comigo que é: 'Eu vou até que as rodas caiam.” Nada pode nos deter!' Amo você até a lua e de volta.”

Em 2019, 2021 e 2022, Madonna participou de diversos shows no mês do orgulho, como a Pride Island, Pride x Boom e WoW Finally Enough Live Pride. Nos atuais dias, Madonna seguiu com seu apoio e voz à comunidade, durante a turnê Celebration a Rainha não só carregou a nossa bandeira, como também prestou uma história homenagem as vítimas da AIDS.

- Com o lançamento de “Madame X”, Madonna retoma sua relação com a comunidade LGBT sem nunca ter deixado-a de lado, em uma era onde se aliar a causas minoritárias tornou-se uma comodidade lucrável para um novo público acostumado ao ativismo de hashtag. E, ainda assim, ela consegue usar sua criatividade e sua voz de maneiras únicas. - Além da mensagem de resiliência e superação por trás de “I Rise”, ou das reflexões e celebrações que permeiam outras faixas do disco, talvez nada mais seja tão gritante quanto os visuais entregues para “Dark Ballet”. Já não bastasse o poder de uma letra que cospe na hipocrisia social de quem se julga superior, as imagens oferecem um complemento poderoso e impactante, como tornou-se especialidade de Madonna. A presença de Mykkyi Blanco personificando uma versão transexual de Joana D’Arc, pronta para renascer da fogueira aonde foi tacada para vingar sua execução, traz um paralelo óbvio, mas ainda assim poderoso com o extermínio de vidas trans ao redor do globo.

- Em 2013, ela se vestiu de escoteira na premiação da GLAAD, criticando durante seu discurso de apresentação para o jornalista Anderson Cooper os escoteiros dos EUA, que haviam banido a participação de homens gays das suas atividades. No ano seguinte (2019), ela voltaria ao palco do evento para receber o prêmio ‘Advocate for Change’, dedicado às suas mais de três décadas com contribuições e mudanças sobre a causa LGBT. - No mesmo ano, em 2019 Madonna se tornou embaixadora da Stonewall e aproveitou a noite de Réveillon para subir ao palco do Stonewall Inn, bar nova-iorquino que marcou há 50 anos o início do movimento LGBT como o conhecemos hoje.

No vídeo desta última, Madonna percorre os quartos de um hotel onde cenas sensuais são protagonizadas por homens, mulheres, drag queens Mais uma vez, ela leva ao mainstream imagens de gays e lésbicas, questionando por que suas experiências sexuais são rotuladas como práticas ‘fora do comum’. - Em 1992, Madonna lança o livro “SEX”. Nele, encarna seu alterego Dita, com textos e poesias de conteúdo erótico. Tinha de tudo ali: práticas sexuais hétero, homo, fetiches e muito mais. Anos 2000 até hoje: Madonna, iconografia e ativismo político - As duas últimas décadas na carreira de Madonna foram frequentemente pontuadas por lutas políticas e críticas ao sistema. No início dos anos 2000, ela voltou a bater no patriarcado e na misoginia do sistema. - Em 2012, Madonna foi ameaçada de prisão por defender os gays publicamente (o país tem uma lei que proíbe a “propaganda homossexual”) e se pronunciar a favor do grupo Pussy Riot, banda formada por mulheres lésbicas e feministas,

- As famílias não falavam sobre sexo, as escolas menos ainda. E, na mídia, o HIV ainda era tratado como a doença dos gays. Anos 1990: na cama e na estrada com Madonna e os gays - No início da década 1990, junto com a trilha sonora do filme “Dick Tracy”, Madonna lançou um de seus maiores sucessos até hoje. “Vogue” foi inspirada nos bailes promovidos em NYC pela comunidade LGBTQ, principalmente os negros e latinos. - No mesmo ano, era lançada a coletânea “The Immaculate Collection”. Antes das playlists e dos “This is fulana”, no Spotify, discos de coletânea eram um prêmio para artistas que conseguissem reunir sucessos suficientes a ponto de encher um disco inteiro. Para além de seus grandes singles dos anos 80, Madonna lançou duas canções inéditas: “Rescue Me” e “Justify My Love”.

- O ano de 1986 veio com o auge da Madonna. A Rainha do Pop já não se preocupava com o impacto negativo das críticas e, como prova disso, lançou “Open Your Heart”. Nele, ela encarna uma dançarina de peep show para uma plateia formada por diversos espectadores, entre eles dois marinheiros trancados em uma cabine, que insinuam ser gays, e uma mulher vestida em trajes masculinos, quase uma drag Queen. - No fim da década, Madonna lança “Like A Prayer”, um dos maiores discos pop dos anos 1980. Junto à versão física do LP e o encarte com as letras, Madonna decide divulgar um cartão com informações sobre a AIDS, que não apenas alertava sobre suas formas de infecção, mas também explicava como pessoas com HIV precisavam de apoio e compaixão, independente de sua orientação sexual. No final do encarte, havia a mensagem: “AIDS IS NO PARTY!” Hoje, em tempos de Google e internet, isso pode parecer banal, mas estamos falando de 1989, quando papel e tinta custavam caro e o acesso à informação era mais escasso.