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🗺 Laboratório Lapis mostra imagens preliminares de raios do novo satélite Meteosat (Terceira Geração) . 🛰 O Meteosat de Terceira Geração (MTG- Imager 1), lançado no final de 2022, conta com um sensor desenvolvido para a identificação de descargas elétricas (Lightning imager - LI). Essa capacidade avançada de observação atende a diversas áreas, como o monitoramento de eventos meteorológicos extremos. Há relação entre a atividade elétrica associada às tempestades convectivas e a ocorrência de chuvas extremas e ventos fortes ou granizo. . 🛰 A disseminação está atualmente em fase pré-operacional. Isso significa que, embora a qualidade dos dados seja a mesma dos dados operacionais, pode haver algumas interrupções para testes ou atualizações de software. . 🛰 Por exemplo, a animação das imagens MTG-LI mostra as imagens de descargas elétricas do último dia 24 de junho (00:00 a 23:59 UTC). Os dados não são para uso operacional. . 🛰 Analisamos quais são os avanços das novas imagens fornecidas pelo novo satélite, especialmente para a previsão do tempo no Brasil. As informações foram obtidas junto ao meteorologista Humberto Barbosa, fundador do Laboratório Lápis, que difunde os produtos da EUMETSAT no Brasil. Confira: https://www.letrasambientais.org.br/posts/novo-satelite-meteosat-vai-revolucionar-as-previsoes-meteorologicas

🧐 Secas-relâmpago podem secar o solo em semanas . 🗺️ Os últimos meses foram marcados por registros de secas-relâmpagos no Centro-Sul do Brasil. A região tem sofrido com as secas-relâmpagos em vários municípios, o que causa impactos econômicos e ambientais, por exemplo, o aumento no número de focos de queimada no Pantanal. Os prejuízos são particularmente severos para a atividades agrícolas que correspondem a todas as fases de plantio. . 🗺️ Como se desenvolvem as secas-relâmpago . 🛰️ As secas-relâmpago são caracterizadas por períodos abruptos de baixa precipitação, levando ao início rápido da seca, particularmente quando acompanhadas por temperaturas acima da média. Temperaturas mais altas aumentam tanto a evaporação da água do solo quanto a transpiração das plantas (evapotranspiração). Isso faz com que a umidade do solo caia rapidamente. A falta de chuva durante uma seca-relâmpago pode contribuir ainda mais para os processos de feedback. Nessas condições, as plantações e a vegetação começam a morrer muito mais rapidamente do que durante secas prolongadas típicas. . 🛰️ A seca severa de 2012 no Nordeste do Brasil, começou como uma seca-relâmpago que se tornou um evento severo quando uma onda de calor se instalou. Particularmente, secas-relâmpago no Semiárido brasileiro ocorrem durante todo o ano. Recentemente, no verão de 2023/24, a região Amazônica também tem sofrido secas-relâmpago, recebendo apenas uma fração de sua precipitação normal. . 🧐 Prever eventos de secas-relâmpago que ocorrem em escalas de de dias, semanas, ou meses, é muito mais difícil com os dados e ferramentas atuais, em grande parte devido à natureza caótica do clima e às limitações dos modelos climáticos global. . 🛰️ É aqui que entra a inteligência artificial. IA se destaca na identificação de padrões com grandes quantidades de dados e na previsão do que virá a seguir. Ela se destaca em “previsão de curto-curtíssimo prazo” (nowcasting), consiste na antecipação da ocorrência de fenômenos de tempo, em minutos a poucas horas (4 horas). Os dados que se destinam ao nowcasting são basicamente de satélites, radares e medidas meteorológicas locais (radiossondagens). . 🛰️ De acordo com o mapeamento atualizado do Laboratório Lápis, grande parte da Amazônia brasileira, Centro-Oeste, Sudeste e Sul continua sob impacto das secas-relâmpago (em tons de laranja e vermelho no mapa abaixo) . O mapa da umidade do solo é o produto de satélite mais indicado para se estimar a situação de secas-relâmpago em determinada região. Ele permite estimar a quantidade de água da superfície do solo, a uma profundidade de até 40 cm, a partir de satélites. . ✅ Saiba mais: https://www.letrasambientais.org.br/posts/estudo-desenvolve-modelo-com-inteligencia-artificial-para-detectar-secas-relampago

. 🌀 Nesta sexta-feira, dia 12 de julho, vamos ao giro meteorológico pelo Brasil. Confira as atualizações da previsão do tempo do LAPIS - Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites. . 🌀 DESTAQUE: a imagem do satélite Meteosat-10 mostra nuvens em SC e PR, associadas à corrente de jato superior, favorecendo chuva, devido à instabilidade causada pela passagem de uma frente fria, somada ao maior transporte de calor e umidade em altitude, vindo do norte do Brasil. Esses sistemas trazem condição para chuva, de fraca a moderada, com risco de temporais pontuais a qualquer momento. Massa de ar frio de origem polar é observada no RS, avançando em direção ao Sudeste do Brasil. Temperaturas apresentarão elevação mais lenta, sendo mantido a sensação de frio durante todo o dia. . 🌀 Áreas de instabilidade podem ocasionar chuvas isoladas no leste do Nordeste, devido ao deslocamento de áreas de instabilidade do leste do oceano Atlântico. O tempo volta a ficar instável, com previsão de chuvas. Em municípios do Semiárido brasileiro, a umidade relativa do ar mínima pode ficar entre 13 e 22%. . 📌 Receba esta previsão todos os dias em seu celular. Entre em nosso grupo exclusivo do Telegram: https://t.me/+WAmruATyHk70Avhs

🌳 Laboratório atualiza mapeamento da cobertura vegetal no Brasil . 🧐 O Laboratório Lapis monitora semanalmente a situação da cobertura vegetal nas regiões brasileiras, a partir de dados de satélites. O mapa atualizado foi gerado no software livre QGIS, a partir do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), com dados do período de 24 a 30 de junho deste ano. . ✅ Saiba mais: https://www.letrasambientais.org.br/posts/atlantico-norte-mais-quente-provoca-forte-seca-relampago-na-amazonia . 🌳 De acordo com o meteorologista Humberto Barbosa, fundador do Laboratório Lapis e responsável pelo mapeamento, chama-se atenção no mapa para a vegetação seca na região do Médio e Alto São Francisco, uma área que normalmente não era tão seca. “Em nossas pesquisas, constatamos um maior risco de secas nas regiões do Médio e Alto São Francisco nas últimas décadas, o que antes era mais comum se concentrar no Baixo São Francisco”, explica Humberto. . 🧐 Você pode observar no mapa que a vegetação da área central do Brasil e de Matopiba (sul e oeste do Nordeste) ficou mais seca. Desde o mês de abril, uma massa de ar seco persistente atinge essa área. . 🌳 Já no Rio Grande do Sul, é possível detectar os estragos das enchentes sobre a cobertura vegetal. As áreas em vermelho na Amazônia se referem à ausência de dados, em função da cobertura de nuvens durante toda a semana. . 🧐 O mapa foi processado com dados do satélite Meteosat-10 e resolução de 3 km. O NDVI é um dos indicadores mais importantes para monitoramento das áreas com vegetação saudável ou sob impactos da seca. . 🌳 Em 2009, o Laboratório implantou um protótipo para gerar o mapa de NDVI de frequência diária, para todo o Brasil. Esse modelo foi aperfeiçoado e calibrado, de modo que hoje, são divulgados mapas semanais cobrindo todo o território brasileiro. O produto foi processado com dados do satélite Meteosat-10 e resolução de 3 km.

📌 Como o Atlântico Norte mais quente afeta o clima da Amazônia? . 🗺 Desde o mês de maio, o Laboratório LÁPIS tem destacado a situação de seca na Amazônia brasileira, em razão do superaquecimento do Atlântico Norte. Com isso, os ventos alísios de sudeste mantêm a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) muito afastada da região, inibindo as chuvas. As queimadas e o atual estágio de aquecimento global pioram a situação. . 🗺 O Atlântico exerce uma influência decisiva no clima do Brasil. A imagem abaixo mostra a variação da temperatura da superfície do mar (TSM), na região do Atlântico tropical, no último dia 08 de julho. As áreas em tons amarelo, laranja e vermelho representam águas superficiais mais quentes que 26 graus Celsius, enquanto as cores que variam de verde a azul indicam águas mais frias que 26 graus Celsius. . 🥵No Oceano Caribenho (10-20N; 85-60W), as temperaturas se mantiveram mais quentes que 28 graus Celsius, as águas estão mais aquecidas que o normal, condição favorável à formação furacões e manutenção da seca na região Amazônica. . 🌀 Uma razão pela qual o furacão Beryl se intensificou para um furacão de categoria 5 mais de duas semanas antes de qualquer outra tempestade de categoria 5 do Atlântico, foi o conteúdo de calor excepcionalmente alto na camada superior do Oceano Caribenho. O gráfico para o conteúdo de calor do Oceano Caribenho indica o que geralmente o aquecimento ocorre em meados de setembro, não no início de julho. . ✅ Para mais informações, acesse o nosso Boletim climático atualizado: https://www.letrasambientais.org.br/posts/atlantico-norte-mais-quente-provoca-forte-seca-relampago-na-amazonia