Cristian Derosa

O monstro Lula: as ideias por trás da afirmação monstruosa https://www.estudosnacionais.com/40364/o-monstro-lula-as-ideias-por-tras-da-afirmacao-monstruosa/

O aborto, mesmo em caso de estupro, é não apenas equiparável ao assassinato como mil vezes pior do que o próprio estupro. Se a vida é um bem maior, o que é pior? Estuprar ou matar? A esquerda feminista cresceu com essa narrativa que igualava as coisas até chegar aonde chegou, quando o estupro parece ser um crime hediondo enquanto o assassinato de um bebê completamente inocente a ser estraçalhado no ventre da sua mãe, um direito inalienável. Mas é claro que ao ler isso, imediatamente muitos conservadores arrepiam os cabelos, pois sabem que se o disserem publicamente serão acusados de "defensores do estupro". Por essa razão, talvez demore um pouco, mas chegaremos à conclusão de que não há mais possibilidade de debate sobre este tema. E se não há possibilidade de debate, isso não quer dizer que nos calaremos, mas que devemos falar sem a intenção de "vencer o debate" pelas regras do adversário. O único objetivo de um católico é chegar ao céu, que tem a porta estreita e extremamente difícil, na qual só entram os violentos.

Os conservadores que trabalham no Judiciário brasileiro, especialmente alguns católicos (pois os evangélicos às vezes "se salvam"), costumam conservar a técnica jurídica e a letra da Constrituição de uma maneira incrivelmente "neutra". E parece ser imprescindível fazer isso especialmente DEPOIS que a esquerda distorceu suficientemente essa letra técnica e supostamente neutra. Um procurador, por exemplo, possui uma margem de discricionariedade capaz de fazer muitas coisas, mas qual tipo de procurador de fato o faz?. Os procuradores da esquerda exercem sabiamente essa liberdade, mas os da direita gabam-se de não serem "ideológicos" e aplicam tudo certinho conforme a jurisprudência criada e formalizada pelos ousados da esquerda. O resultado nós estamos vendo por toda a parte.

Chamar o PL 1904 de "projeto que equipara o aborto a assassinato" é uma falsificação e uma mentira inventada pela esquerda. Uma das formas corretas de se referir ao projeto seria "projeto que pune o crime de aborto", pois este já é um crime, já é assassinato, mas carecia apenas de punição. O excludente de punibilidade, que depois acabou dando origem ao que é chamado falaciosamente de "aborto legal", jamais legalizou o aborto e jamais o colocou em outra categoria que não fosse a do assassinato, muito embora o termo tivesse caído em desuso. Ao aceitarmos a mentira de que o projeto "equipara" o aborto ao assassinato, estamos acreditando numa mentira de que punir o aborto é algo novo e que essa lei estaria criando algo, quando na verdade ela é apenas uma tentativa de recolocar as coisas no seu devido lugar, voltando a punir o que deve ser punível. Mas da esquerda meramente jornalística, passamos para a militância abortista aberta, que classifica o projeto como "da gravidez da infância", ao dizer que adolescentes (ou crianças) abusadas iriam sofrer mais com a legislação. É claro que o que está por trás é a ideia de que uma menina matar um bebê que cresce no seu ventre é algo muito mais fácil de lidar psicologicamente do que um parto, normal ou cesária, de um filho, coisa para a qual o seu corpo está já preparado (ou nao teria nem mesmo engravidado). Mas é claro que a modernidade em geral, que inclui alguns conservadores, não está mais apta a lidar com a indissociável ligação entre ato sexual e a reprodução humana, assim como também não aceita mais a ideia de que a maternidade é um fato não humano, mas divino. Quando ele vem de um abuso, um estupro, a vida é uma maneira de Deus tirar algo bom de algo ruim. Mas para os abortistas, o bem proposto por Deus é muito mais intolerável até mesmo que o mal que veio antes. A prova disso é que os próprios abortistas é que protegem os abusadores, ao impedirem, por exemplo, que médicos que atendem as vítimas denunciem à polícia os abusadores. Segundo eles, é porque isso abalaria ainda mais o psicológico da vítima, ao fazê-la denunciar o seu agressor. Na verdade, sabemos muito bem a razão desse argumento. Sabemos que os abortistas desejam usar o drama do abuso sexual para mentir para médicos e fomentarem abortos por quaisquer razões, bastando a alegação sem provas de que houve abuso. Mas o aborto, seja em caso de estupro ou qualquer circunstância, é um assassinato queiramos ou não. E, como tal, deveria ser punido em todas as suas circunstâncias, uma vez que todas elas levam uma vítima totalmente inocente à morte. Mas, como falamos anteriormente, há um crime ainda pior que a morte de inocentes: o escândalo que mata a graça divina na sociedade ao normalizar este tipo de ato que ofende diretamente a Deus. Contra este pecado público, não há punição humana possível, sendo apenas esperada a ira de Deus contra um mundo que O ofende diuturnamente e ainda faz de tudo para disfarçar e tornar essa ofensa uma narrativa ou uma mera opinião, optando pela omissão deste fato em favor das "sensibilidades".