Cristian Derosa

O QUE É IMPORTANTE? Sem a Graça Santificante, não se cumpre os Dez Mandamentos. Ela ajuda, junto das virtudes alcançadas e enriquecidas por ela, a lutar contra as tentações que aparecem A TODO INSTANTE, que incluem as investidas sugestivas sobre o que devemos dizer, fazer ou pensar. Os anjos nos ajudam nisso, mas se não estivermos em estado de graça, sua ajuda é limitada pela Justiça de Deus, que concede aos demônios grande poder sobre nós. Imaginem, por exemplo, alguém que falta a missa no domingo. Isso representa a fatal perda do estado de Graça, ou seja, a entrada na situação objetiva de inimizade com Deus. A partir daí, basta que o indivíduo morra naquele estado para ir para o inferno sem escalas. Mas se a pessoa não dá importância para isso, vai então à missa e comunga, comungou em pecado mortal, cometeu Sacrilégio, pior ainda que o pecado. Se riu ou fez piada maldosa sobre o padre ou sobre algum fiel DENTRO da Igreja, também cometeu Sacrilégio, pois é pecar na presença de Deus. E depois comunga-se de novo no outro dia e de novo. Quem comunga em pecado mortal comunga o Corpo de Cristo, mas também o Demônio, que passa a estar dentro dele. Diz um santo que a comunhão sacrílega é uma das maiores causas de possessão ou obsessão demoníaca. E tudo pode ter começado com uma leve displicência, um descaso com a própria alma. O resto vocês imaginem.

https://estudosnacionais.com/40127/como-o-eurasianismo-engana-cristaos-com-uma-parodia-de-cristianismo/ Artigo com base na transcrição de uma verdadeira aula do Daniel Ferraz sobre o engodo do eurasianismo aos cristãos.

O revolucionário é, por definição, um cínico. O cinismo sempre foi a marca da expressão revolucionária e foi através dessa linguagem que se empurrou, como falamos no áudio, o processo de saturação. Nobres revolucionários que encarnavam a pompa monárquica com exageros irônicos, criavam estereótipos para os passos seguintes da revolução. Sem conhecer este tipo de atuação não se capta a intenção revolucionária e sua ação naturalmente dialética. Um exemplo dessa dialética como linguagem pode estar nas notícias e documentos da Agenda 2030, que tem dupla função: é um projeto real, que se quer efetivamente pôr em prática, mas também tem um elemento de gerar pânico e provocar uma indignação moral que saia do controle e leve a uma próxima etapa revolucionária, que por definição não precisa ser plenamente conhecida ou planejada por seus agentes.

Para compreender com profundidade o processo revolucionário, é preciso ampliar suas perspectivas. O curso Espírito Revolucionário, que ofereci há algum tempo e tem grande parte disponível no Observatório, tratava das origens das ideias. Mas seguindo o caminho inverso, isto é, buscando explicar as revoluções que mudaram o mundo, podemos observar a assinatura por trás delas e, por fim, antecipar alguns de seus passos por meio do seu efeito na alma humana. Pensando nisso, o próximo curso do Observatório, A estrutura das revoluções, oferece uma visão ampla que também serve de elemento indispensável a um bom exame de consciência para os católicos atentos aos sinais de Deus na história, assim como os do Seu inimigo, as tendências que foram conduzindo o Ocidente, a civilização cristã, a se tornar o seu inverso. Mas não se trata de pintar um quadro caótico e sem luz no fim do túnel, pelo contrário. Assim como é próprio da Revolução demover todas as esperanças da alma humana a fim de que se renda totalmente ao mal, ao jogarmos luz sobre este caminho vemos as verdades odiadas e ocultadas pelo pai da mentira ao longo da história humana, de maneira análoga com nossas histórias pessoais. Assine o Observatório que o curso começará nos próximos dias.

A maioria dos conservadores, incluindo católicos, é especialmente afetada pela decadência moral da sociedade, de maneira que é fácil estabelecer quase qualquer vínculo de causa e efeito ou explicações que dêem sensação de entendimento. Por muito tempo, soube-se que tudo era parte da subversão soviética, algo provado e confessado. Mas parece que o esquecimento dessa causa deixou um espaço justamente para a continuação desse processo, agora novamente sem a consciência das vítimas. A degeneração moral do Ocidente corresponde a uma nova fase de saturação, da qual virá da própria Rússia, inicialmente, e depois do Islã, a resposta pelo anseio generalizado e alimentado, por uma ordem social hierárquica e moralmente definida. Aí será choro e ranger de dentes.

Um jornalismo que considera a atualidade como um valor ou uma espécie de virtude social, está alinhado à ideia burguesa e iluminista da sociedade dos esclarecidos. Essa utopia diz respeito à suposta necessidade de participação popular em todas as decisões, o que é obviamente impossível. Mais do que isso, este é o ideal que leva ao indiferentismo e é por esta razão que ampliou na sociedade moderna a perda do senso de proporções na escala dos valores. Isso porque a necessidade de saber, opinar e decidir sobre uma quantidade inabarcável de questões, obriga o cidadão a escolher os temas mais práticos e diretos, relevando a salvação da sua alma, por exemplo, a um tema periférico. É claro que isso se deu na própria história da filosofia, mas não teria tido tanto efeito se não contasse com condições psicossociais advindas da própria estrutura da sociedade moderna, da qual o jornalismo é definidor de prioridades.

Enquanto a gnose que criou todo o processo revolucionário se pautou pelo igualitarismo libertário, o seu último estágio, o satanismo, se caracterizou pela restauração da hierarquia. A hierarquia do mais forte.